quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Evangelho do Dia 29

29 de fevereiro

Lucas 11, 29-32
Afluía o povo e ele continuou: "Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas não se  lhe dará outro sinal senão o sinal do profeta Jonas.  Pois, como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o Filho do Homem o será para esta geração.  A rainha do meio-dia se levantará no dia do juízo para condenar os homens desta geração, porque ela veio dos conflitos da terra ouvir a sabedoria de Salomão!  Ora, aqui está quem é mais que Salomão.  Os ninivitas se levantarão o dia do juízo para condenar os homens desta geração, porque fizeram penitência com a pregação de Jonas.  Ora, aqui está quem é mais do que Jonas.

COMENTÁRIO
"Nenhum sinal será dado a esta geração a não ser o sinal de Jonas".
No Evangelho de hoje encontramos Jesus usando ásperas palavras.  Ele se dirige ao povo que o ouve como a uma "perversa geração".  Mas por que tanta dureza?  Porque  eles não estão abertos para reconhecer o tempo de sua conversão.
Jesus é o sinal que é, ao mesmo tempo, um apelo à conversão, muito mias urgente do que o apelo que o profeta Jonas dirigiu aos habitantes de Ninive, que eram pagãos.
Para cada um, a conversão tem a sua "hora" certa.  É Jesus quem passa em nossas vidas em determinado momento.
As palavras de Jesus assumem um estilo profético e, ao mesmo tempo, um tom de julgamento.

Santos do Dia 29

29 de fevereiro

        Santo Leandro
Religioso espanhol nascido em Cartagena , Leandro foi bispo de Sevilha e fez parte de uma família de santos. Além dele, foram canonizados seus irmãos Fulgêncio e Isidoro, além da irmã Florentina.
Desde rapaz, Leandro era conhecido como dono de grande cultura e sua fama cresceu ainda mais quando entrou para a Ordem de São Bento, em Hispalis, Espanha. Assim, nada mais natural que, morto o bispo de Sevilha, fosse ele, Leandro, nomeado para o cargo, com grande aceitação popular e também do clero. Porém, teve que enfrentar os poderosos governantes que queriam destruí-lo, pois, graças a ele, Hermenegildo, filho mais velho do rei Leovegildo havia se convertido cristão. A conversão do príncipe real, que significava a futura conversão do reino, bem como de dezenas de outros pagãos, deixou irados os hereges arianos, que arquitetaram vários planos para matá-lo.
Os registros mostram que o bispo Leandro só escapou da morte pela Providencia Divina. Mas, se não conseguiram matar o bispo, os hereges passaram a pressionar tanto o rei, que até o príncipe convertido foi condenado à morte e levado ao martírio. Leandro, por sua vez, foi exilado e teve que deixar suas paróquias. No entanto, mesmo afastado de seu rebanho ele não parou de guiá-los. Enviava contínuas cartas e artigos orientando sobre o cristianismo e combatendo os arianos, além de dirigir e seguir as pastorais mesmo no exílio.
De repente, o vento voltou a soprar a seu favor. Diversos prodígios e graças passaram a ser registrados no túmulo do príncipe cristão martirizado, com o rei se arrependendo do que fizera. Mandou repatriar o bispo Leandro e a ele entregou a educação religiosa do segundo filho, Recaredo, que seria o futuro monarca.
A conversão do rei acabou com o poder dos hereges seguidores de Ário e fez com que quase toda a população se convertesse também. Por este trabalho de evangelização, o bispo Leandro, que morreu aos oitenta anos, na cidade de Sevilha, em 600, figura na História da Igreja, merecidamente, como o "Apóstolo dos Godos".

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Terço da Paixão

  • No princípio rezar:
Pai Nosso
Ave Maria
Credo


  • Nas contas grandes, no lugar Pai Nosso, reza-se:
Nós Vos adoramos e louvamos, Jesus Divino, porque pela Vossa Paixão e Morte remistes o mundo.
  • Nas contas pequenas, no lugar das Ave-Marias, reza-se:
Pelos merecimentos de Vossa Paixão e Morte, perdoai-nos Jesus!

  • Ao final de cada dezena:
Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós!

  • No final do terço dizer três vezes:
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.  Amém
     

Décima Primeira Aparição de Nossa Senhora à Bernadette em Lourdes - Penitência

28 de fevereiro de 1858

Mais de mil pessoas compareçam ao êxtase. Bernadette reza, beija o chão e rasteja de joelhos em penitência. Ela então foi levada até o juiz Ribes que ameaça prendê-la.

Evangelho do Dia 28

28 de fevereiro


Mateus 6, 7-15
Nos vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras.  Não os imiteis, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais.  Eis como deveis rezar:  Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.  O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.  Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará.  Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará.

COMENTÁRIO
"Eis como deveis rezar."
Nos evangelhos existem duas versões do Pai-Nosso.  Uma de Lucas, a mais breve e provavelmente a mais antiga.  E a outra de Mateus que por sua vez apresenta a que era recitada em sua comunidade.  A oração como as demais práticas religiosas, se transformaram, para os fariseus, em motivo de ostentação e reflexo externo; deixaram de ser um modo de louvar a Deus passando a ser instrumento para alcançar honra e prestígio.
A oração do cristão deve estabelecer uma relação íntima com o Pai; entra no teu quarto, fecha a porta; num clima de abandono e confiança em Deus: o teu Pai recompensar-te-á.  Os cristãos devem orar como Jesus orava.  Esse estilo de oração está presente de uma forma condensada no Pai-nosso.
O Pai-nosso é o modelo da oração cristã, a escola da oração de Jesus.  Nela se encontra, como dizia Tertuliano, um compêndio de todo o Evangelho

Santos do Dia 28

28 de fevereiro

       São Romano
Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França. No século IV, quando nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses.
Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos arredores da cidade. Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de alguns anos. Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos.
A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome. Depois construiu um de clausura, feminino, em Beaume, no qual Romano colocou como abadessa sua irmã. Os três ficaram sob as mesmas e severas regras disciplinares, como Romano achava que seria correto para a vida das comunidades monásticas. Romano e Lupicino se dividiam entre os dois mosteiros masculinos na orientação espiritual, enquanto no mosteiro de Beaume, Romano mantinha contato com a abadessa sua irmã, orientando-a pessoalmente na vida espiritual.
Consta nos registros da Igreja que, durante uma viagem de Romano ao túmulo de São Maurício, em Genebra, ele e um discípulo que o acompanhava, depois também venerado pela Igreja, chamado Pelade, tiveram de ficar hospedados numa choupana onde havia dois leprosos. Romano os abraçou, solidarizou-se com eles e, na manhã seguinte, os dois estavam curados.
A tradição, que a Igreja mantém, nos narra que este foi apenas o começo de uma viagem cheia de prodígios e milagres. Depois, voltando dessa peregrinação, Romano viveu recluso, na cela de seu mosteiro e se reencontrou na ansiada solidão. Assim ele morreu, antes de seu irmão e irmã, aos 73 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 463.
O culto de São Romano propagou-se velozmente na França, Suíça, Bélgica, Itália, enfim por toda a Europa. As graças e prodígios que ocorreram por sua intercessão são numerosos e continuam a ocorrer, segundo os fieis que mantêm sua devoção ainda muito viva, nos nossos dias.
                  •  
      Santo Osvaldo
Osvaldo figura entre os grandes nomes católicos da Inglaterra e da Europa ao final do primeiro milênio. De origem dinamarquesa, ele era sobrinho de Oto, arcebispo da Cantuária e parente de Osil, arcebispo de York. Para abraçar a religião escolheu a vida de monge beneditino e, por isso, ingressou no convento de Fleury-sur-Lofre, na França.
Entretanto, Osvaldo foi chamado por seu tio Oscil que, desejando fazer reformas em sua diocese, escolheu o sobrinho para encabeçá-las, por causa de seu senso de justiça e da generosidade para com os pobres.
Assim, ele foi nomeado bispo de Worcester e uniu-se a dois outros religiosos da mesma estirpe da região: Dunstan, arcebispo de Cantuária e Eteluolde , bispo de Winchester. Desse modo, Osvaldo conseguiu restabelecer a disciplina monástica que levou a diocese de seu tio a recuperar o caminho correto dentro do cristianismo. Fundou dois mosteiros em Westburi, perto de Bristol e o mais influente, o de Ramsei.
Por esta e muitas outras obras, o rei Edgar, o nomeou arcebispo de York, em 972. Osvaldo fundou ainda uma abadia de beneditinos em Worcester e desenvolveu muito o estudo científico nos mosteiros e conventos que dirigiu.
Mas, ao mesmo tempo em que dava grande importância aos estudos terrenos, em nenhum momento se desprendeu das obrigações e regras espirituais, alcançando a graça de receber dons especiais e vivenciar muitos fatos prodigiosos. Consta que ele operou diversas graças em vida.
No dia 28 de fevereiro de 992, como de hábito o bispo Osvaldo reproduzia durante a Quaresma a cerimônia do lava-pés e estava banhando ele próprio os pés de doze mendigos, quando morreu. O seu corpo foi transladado para uma nova sepultura na igreja de Santo Vulfistano, ele também bispo de Worcester de 1062 até 1095.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Décima Aparição de Nossa Senhora à Bernadette em Lourdes - Silêncio

27 de fevereiro de 1858

Oitocentas pessoas estavam presentes. A Aparição é silenciosa. Bernadette bebe da fonte de água e executa os gestos habituais de penitência.

Santos do Dia 27

 27 de fevereiro
  São Gabriel de Nossa 
     Senhora das Dores
No dia primeiro de março de 1838 recebeu o nome de Francisco Possenti, ao ser batizado em Assis, sua cidade natal. Quando sua mãe Inês Friscioti morreu, ele tinha quatro anos de idade e foi para a cidade de Espoleto onde estudou em instituição marista e Colégio Jesuíta, até aos dezoito anos. Isso porque, como seu pai Sante Possenti era governador do Estado Pontifício, precisava a mudar de residência com freqüência, sempre que suas funções se faziam necessárias em outro pólo católico.
Possuidor de um caráter jovial, sólida formação cristã e acadêmica, em 1856 ingressou na congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou seja, os Passionistas. Sua espiritualidade foi marcada fortemente pelo amor a Jesus Crucificado e a Virgem Dolorosa
Depois foi acolhido para o noviciado em Morrovalle, recebendo o hábito e assumindo o nome de Gabriel de Nossa Senhora das Dores, devido à sua grande devoção e admiração que nutria pela Virgem Dolorosa. Um ano após emitiu os votos religiosos e foi por um ano para a comunidade de Pievetorina para completar os estudos filosóficos. Em 1859 chegou para ficar um período com os confrades da Ilha do Grande Sasso. Foi a última etapa da sua peregrinação. Morreu aos vinte e quatro anos, de tuberculose, no dia 27 de fevereiro de 1862, nessa ilha da Itália.
As anotações deixadas por Gabriel de Nossa Senhora das Dores em um caderno que foi entregue a seu diretor espiritual, padre Norberto, haviam sido destruídas. Mas, restaram de Gabriel: uma coleção de pensamentos dos padres; cerca de 40 cartas testemunhando sua devoção à Nossa Senhora das Dores e um outro caderno, este com anotações de aula contendo dísticos latinos e poesias italianas.
Foi beatificado em 1908, e canonizado em 1920 pelo Papa Bento XV, que o declarou exemplo a ser seguido pela juventude dos nossos tempos.
São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, teve uma curta existência terrena, mas toda ela voltada para a caridade e evangelização, além de um trabalho social intenso que desenvolvia desde a adolescência. Foi declarado co-patrono da Ação Católica, pelo Papa Pio XI, em 1926 e padroeiro principal da região de Abruzzo, pelo Papa João XXIII, em 1959.
O Santuário de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, é meta de incontáveis peregrinações e assistido pelos Passionistas, é um dos mais procurados da Itália e do mundo cristão. A figura atual deste Santo jovem, mais conhecido entre os devotos como o "Santo do Sorriso", caracteriza a genuína piedade cristã inserida nos nossos tempos e está conquistando cada dia mais o coração de muitos jovens, que se pautam no seu exemplo para ajudar o próximo e se ligar à Deus e à Virgem Mãe.

Evangelho do Dia 27

27 de fevereiro

Mateus 25, 31-46
Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, se sentará no seus trono glorioso (...).  Colocará as ovelhas a sua direita e os cabritos à sua esquerda.  Então, o Rei dirá aos que estão à direita:  "Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes: enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim".  Os justos lhe perguntarão: "Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber?  Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos?  Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?".  Responderá o Rei: "Em verdade eu os declaro: todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo o fizestes". (...)

COMENTÁRIO
"Todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizeste."
Este relato da descrição do juízo final pode ser interpretado de dois modois, dependendo de como entendermos a palavra irmão.  Entendida num sentido genérico designará qualquer homem.  Neste cedo a a exortação se refere a todos os homems:  Jesus está presente em qualquer faminto, sedento, forasteiro, sem roupa, enfermo ou encarcerado.  Entendida num snetido mais restrito, a palavra irmão designaria os membros da comunidade cristã e, portanto, a exortação se refere somente aos cristãos famintos, sedentos... Mas talvez as duas interpretações não sejam excludentes.
Mateus convida a sua comunidade a estar vigilante e preparada, o que consiste principalmente em viver segundo o mandamento do amor.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Angelus dia 26

26 de fevereiro de 2012

Piazza San Pietro

Amados irmãos e irmãs
Neste primeiro domingo de Quaresma encontramos Jesus que, depois de ter recebido o batismo de João Batista no rio Jordão (cf. Mc 1, 9), padece a tentação no deserto (cf. Mc 1, 12-13). A narração de São Marcos é concisa, desprovida dos pormenores que lemos nos outros dois Evangelhos, de Mateus e Lucas. O deserto de que se fala tem vários significados. Pode indicar a situação de abandono e de solidão, o "lugar" da debilidade do homem, onde não existem ajudas nem seguranças, onde a tentação se faz mais forte. Mas ele pode indicar também um lugar de refúgio e de amparo, como foi para o povo de Israel que se livrou da escravidão egípcia, onde se pode experimentar de modo particular a presença de Deus. Jesus, "permaneceu quarenta dias no deserto, onde foi tentado pelo demónio" (Mc 1, 13). São Leão Magno comenta que "o Senhor quis padecer o ataque do tentador para nos defender com a sua ajuda e para nos instruir com o seu exemplo" (Tractatus XXXIX, 3 De ieiunio quadragesimae: CCL 138/a, Turnholti 1973, 214-215).
Que nos pode ensinar este episódio? Como lemos no Livro da Imitação de Cristo, "o homem nunca está totalmente isento da tentação, enquanto viver... mas é com a paciência e com a verdadeira humildade que nos tornaremos mais fortes do que todos os inimigos" (Liber I, c. XIII, Cidade do Vaticano 1982, 37), a paciência e a humildade de seguir o Senhor todos os dias, aprendendo a construir a nossa vida sem O excluir, ou como se Ele não existisse, mas nele e com Ele, porque é a fonte da vida verdadeira. A tentação de eliminar Deus, de pôr ordem sozinho em si mesmo e no mundo, contando unicamente com as próprias capacidades, está sempre presente na história do homem.
Jesus proclama que "se completou o tempo e o Reino de Deus está próximo" (Mc 1, 15), anuncia que nele acontece algo de novo: Deus dirige-se ao homem de modo inesperado, com uma proximidade singular, concreta, cheia de amor; Deus encarna-se e entra no mundo do homem para assumir sobre si o pecado, para vencer o mal e restituir o homem ao mundo de Deus. Mas este anúncio é acompanhado pelo pedido de corresponder a um dom muito grande. Com efeito, Jesus acrescenta: "Arrependei-vos e acreditai no Evangelho" (Mc 1, 15); é o convite a ter fé em Deus e a converter todos os dias a nossa vida à sua vontade, orientando para o bem todas as nossas obras e pensamentos. O tempo da Quaresma é o momento propício para renovar e tornar mais sólida a nossa relação com Deus, através da oração quotidiana, dos gestos de penitência e das obras de caridade fraterna.
Supliquemos com fervor Maria Santíssima, a fim de que acompanhe o nosso caminho quaresmal com a sua tutela e nos ajude a imprimir no nosso coração e na nossa vida as palavras de Jesus Cristo, para nos convertermos a Ele. Além disso, confio à vossa oração a semana de Exercícios espirituais, que esta tarde começarei com os meus Colaboradores da Cúria Romana.

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Santos do Dia 26

26 de fevereiro

  Santa Paula M. Fornés 
de São José de Calazans
Na vila de Arenys de Mar, perto de Barcelona, Espanha, nasceu Paula Montal Fornés em 11 de outubro de 1799, que no mesmo dia recebeu o batismo. Paula passou a infância e a juventude em sua cidade natal, trabalhando desde os 10 anos de idade, quando seu pai morreu. O seu lazer era a vida espiritual da sua paróquia, onde se destacou por sua devoção à Virgem Maria.
Paula Montal, durante este período, constatou, por sua própria experiência, que as possibilidades de acesso à instrução e educação para as mulheres eram quase nenhuma. Um dia quando estava em profunda oração, se sentiu iluminada por Deus para desenvolver este dever. Decidiu deixar sua cidade natal para fundar um colégio inteiramente dedicado à formação e educação feminina.
Paula Montal se transferiu para a cidade de Figueras, junto com mais três amigas de espiritualidade Mariana, e iniciou sua obra. Em 1829, ela abriu a primeira escola para meninas, com amplos programas educativos, que superavam o sistema pedagógico dos meninos. Era uma escola nova.
Assim, Paula Montal com o seu apostolado totalmente voltado à formação feminina, se tornou a fundadora de uma família religiosa, inspirada no lema de São José de Calazans: "piedade e letras". Sempre fiel a sua devoção à Virgem Maria, deu o nome para a sua Congregação de Filhas de Maria. A estas religiosas transmitiu seu ideal de: "Salvar a família, educar as meninas no santo temor de Deus". E continuou se dedicando à promoção da mulher e da família.
Em 1842, abriu o segundo colégio em sua terra natal, Arenys de Mar. Nesta época, Paula Montal decidiu seguir os regulamentos da Congregação dos Padres Escolápios, fundada por São José de Calazans com quem se identificava espiritualmente. Um ano após abrir sua terceira escola, Paula Montal conseguiu a autorização canônica para, junto com suas três companheiras, se tornar religiosa escolápia. Em 1847, a congregação passou a ser Congregação das Filhas de Maria, Religiosas Escolápias, que ano após ano crescia e criava mais escolas por toda a Espanha.
Paula Montal deu a prova final de autenticidade, da coragem e da ternura do seu espírito modelado por Deus, em 1959. Neste ano, no pequeno e pobre povoado de Olesa de Montserrat, fundou sua última obra pessoal: um colégio ao lado do mosteiro da Virgem de Montserrat. Alí ficou durante trinta anos escondida, praticando seu apostolado. Morreu aos 26 de fevereiro de 1889 e foi sepultada na capela da Igreja da Matriz de Olesa Montserrat, Barcelona, Espanha.
Solenemente foi beatificada em 1993, pelo Papa João Paulo II que posteriormente a canonizou em Roma, no ano de 2001. A mensagem, do século XIX, de Santa Paula Montal Fornés de São José de Calazans será sempre atual e fonte de inspiração para a formação das gerações do terceiro milênio cristão.


Evangelho do Dia 26

1° Domingo da Quaresma
26 de fevereiro de 2012

PRIMEIRA LEITURA
Gênesis 9, 8-15
Disse também Deus a Noé e a seus filhos: "Vou fazer uma aliança convosco e com vossa posteridade, assim como com todos os seres vivos que estão convosco: as aves, os animais domésticos, todos os animais selvagens que estão convosco, desde todos aqueles que saíram da arca até todo animal da terra.  Faço esta aliança convosco: nenhuma criatura será destruída pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvios para devastar a terra".  Deus disse: "Eis o sinal da aliança que eu faço convosco e com todos os seres vivos que vos cercam, por todas as gerações futuras.  Ponho o meu arco nas nuvens, para que ele seja o sinal da aliança entre mim e a terra. (...)".

SEGUNDA LEITURA
1Pedro 3, 18-22
Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados - o Justo pelos injustos - para nos conduzir a Deus.  Padeceu a morte em sua carne, mas foi vivificado quanto ao espirito.  É nesse mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos no cárcere, àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes, quando Deus aguardava com paciência, enquanto se edificava a arca, na qual poucas pessoas, isto é, apenas oito se salvaram por meio da água.  Essa água prefigurava o batismo de agora, que vos salva também a vós, não pela purificação das impurezas do corpo, mas pela que consiste em pedir a Deus uma consciência boa. pela Ressurreição de Jesus Cristo.  Esse Jesus Cristo, tendo subido ao céu, está assentado à direita de Deus, depois de ter recebido a submissão dos anjos, dos principados e das potestades.

EVANGELHO
Marcos 1, 12-15
E logo o Espírito o impeliu para o deserto.  Aí esteve quarenta dias.  Foi tentado pelo demônio e esteve em companhia dos animais selvagens.  E os anjos o serviam.  Depois que João foi preso, Jesus dirigiu-se para a Galiléia.  Pregava o Evangelho de Deus e dizia:  "Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo;  fazei penitência e crede no Evangelho".

COMENTÁRIO
'Fazei penitência e crede no Evangelho."
Estamos iniciando um novo tempo litúrgico, a Quaresma.  É um tempo privilegiado de quarenta dias de preparação para a maior festa  do cristianismo: a Páscoa.  Há uma série de símbolos próprios na liturgia deste tempo da Quaresma:  a cor roxa dos paramentos; não é rezado o hino de louvor (glória), a temática das leituras, os cantos, etc... O texto de hoje nos apresenta um resumo da pregação inaugural de Jesus.  O lugar geográfico onde Jesus inaugura a sua apresentação é a Galiléia, uma região até então insignificante e sem  relevo.  Aqui se faz ouvir a sua voz, aparecendo não como um profeta a mais, mas como aquele em quem, chegada a plenitude dos tempos, o esperado Reino de Deus passa a ser uma realidade.
A pregação de Jesus não é em torno de sua pessoa, mas é o anúncio da chegada do Reino de Deus.  Diante disso exige conversão: "convertam-se".  Exige uma mudança de vida.  Enfim, Jesus pede que os injustifiçados não se acomodem à ordem existente, mas ingressem na nova dinâmica do Reino.
Essa realidade é oferecimento e o dom de Deus em nada fica excluído.  Se Deus outorga, espera, por sua vez, uma resposta de acolhida por parte do homem.  A resposta exigida é apresentada em duas atitudes concretas: conversão e fé.
A liturgia nos convida ao jejum, não somente para cumprir uma lei, mas é uma forma de nos tornarmos solidários com aquelas pessoas que passam fome, não tem o alimento necessário para o sustento de seu corpo.  É tempo de mortificação, de renúncia, de sacrifício (se bem que esses termos na atualidade são muito poucos usados, para não dizer desconhecidos).  É tempo de conversão, mudança de mentalidade e de coração.

PARA REFLETIR
"Completou-se o tempo..."  Todo ano nos deparamos com este texto.  Levo a sério meus propósitos de conversão ou deixo para outro dia?

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Nona Aparição de Nossa Senhora à Bernadette em Lourdes - A Fonte

25 de fevereiro de 1858
 

Trezentas pessoas estavam presentes. A Senhora pede a Bernadette: "Vá beber à fonte e lave-se" e "vá comer da erva que há lá" e depois desaparece.  Bernadette então escava um buraco que se enche de água lamacenta.  Tenta beber, mas só na quarta tentativa consegue beber uma golada. Depois lava o rosto e leva um punhado de erva à boca.  Ao ver Bernadette desfigurada pela lama, a multidão lhe pergunta o que está fazendo, se ficou louca.  Ela responde: " É para os pecadores ".  Nessa mesma tarde, Bernadette foi interrogada pelo governador Dutour, que ameaça prendê-la.

Padre Horácio Brito, o reitor do Santuário de Lourdes, evoca o encontro entre a Virgem Maria e Bernadete Soubirous - 25 de fevereiro de 1858, a nona aparição

Evangelho do Dia 25

25 de fevereiro

Lucas 5, 27-32
Depois disse, ele saiu e viu sentado ao balcão um coletor de impostos, por nome Levi, disse-lhe: "Segue-me."  Deixando ele tudo, levantou-se e o seguiu.  Levi deu-lhe um grande banquete em sua casa; vários desses fiscais e outras pessoas estavam sentados à mesa com eles.  Os fariseus e os seus escribas puseram-se a criticar e a perguntar aos discípulos:  "Por que comeis e bebeis com os publicanos e pessoas de má vida?".  Respondeu-lhes Jesus:  "Não são os homens de boa saúde que necessitam de médico, mas sim os enfermos.  Não vim chamar à conversão os justos, mas sim os pecadores".

COMENTÁRIO
Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores para a conversão.
A mensagem de Jesus e o anúncio de penitência e conversão eram um apelo à alegria e à esperança. Por isso, Jesus olhou para Mateus (Levi) com amor, com esperança, devolvendo-lhe a alegria, a estima de si mesmo, a vontade de se superar.  Se Jesus se deteve nele com tanto amor, é porque ele ainda poderia ser pessoa de valor.  Jesus lhe estava restituindo a saúde do espírito, estava fazendo dele uma nova criança.
Quem passa por essa experiência, como Mateus, pode anunciar as maravilhas que Jesus realiza em sua vida, a experiência embriagadora da libertação, da vida e da ressurreição.  A conversão e a penitência de Mateus terminam com um ritual de alegria para ele e Jesus, e de escândalo para os fariseus: um banquete.  São os doentes e pecadores que precisam de seu amor.

Santos do Dia 25

25 de fevereiro

        Santa Valburga
Valburga nasceu em Devonshire, na Inglaterra meridional em 710. Era uma princesa dos Kents, cristãos que desde o século III se sucediam no trono. Ela viveu cercada de nobreza e santidade. Seus parentes eram reverenciados nos tronos reais, mas muitos preferiram trilhar o caminho da santidade e foram elevados ao altar pela Igreja, como seu pai, são Ricardo e os irmãos Vilibaldo e Vunibaldo.
Valburga tinha completado dez anos quando seu pai entregou o trono ao sobrinho, que tinha atingido a maioridade e levou a família para viver num mosteiro. Poucos meses depois, o rei e os dois filhos partiram em peregrinação para Jerusalém, enquanto ela foi confiada à abadessa de Wimburn. Dois anos depois seu pai morreu em Luca, Itália. Assim ela ficou no mosteiro onde se fez monja e se formou. Depois escreveu a vida de Vunibaldo e a narrativa das viagens de Vilibaldo pela Palestina, pois ambos já eram sacerdotes.
Em 748, foi enviada por sua abadessa à Alemanha, junto com outras religiosas, para fundar e implantar mosteiros e escolas entre populações recém-convertidas. Na viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas preces de Valburga, por ela Deus já operava milagres. Naquele país, foi recebida e apoiada pelo bispo Bonifácio, seu tio, que consolidava um grande trabalho de evangelização, auxiliado pelos sobrinhos missionários.
Designou a sobrinha para a diocese de Eichestat onde Vunibaldo que havia construído um mosteiro em Heidenheim e tinha projeto para um feminino na mesma localidade. Ambos concluíram o novo mosteiro e Valburga eleita a abadessa. Após a morte do irmão, ela passou a dirigir os dois mosteiros, função que exerceu durante dezessete anos. Nessa época transpareceu a sua santidade nos exemplos de sua mortificação, bem como no seu amor ao silêncio e na sua devoção ao Senhor. As obras assistenciais executadas pelos seus religiosos fizeram destes mosteiros os mais famosos e procurados de toda a região.
Valburga se entregou a Deus de tal forma que os prodígios aconteciam com freqüência. Os mais citados são: o de uma luz sobrenatural que envolveu sua cela enquanto rezava, presenciada por todas as outras religiosas e o da cura da filha de um barão, depois de uma noite de orações ao seu lado.
Morreu no dia 25 de fevereiro de 779 e seu corpo foi enterrado no mosteiro de Heidenheim, onde permaneceu por oitenta anos. Mas, ao ser trasladado para a igreja de Eichestat, quando de sua canonização, em 893, o seu corpo foi encontrado ainda intacto. Além disso, das pedras do sepulcro brotava um fluído de aroma suave, como um óleo fino, fato que se repetiu sob o altar da igreja onde o corpo foi colocado.
Nesta mesma cerimônia, algumas relíquias da Santa foram enviadas para a França do Norte, onde o rei Carlos III, o Simples, havia construído no seu palácio de Atinhy, uma igreja dedicada a Santa Valburga. O seu culto, em 25 de fevereiro, se espalhou rápido, porque o óleo continuou brotando. Atualmente é recolhido em concha de prata e guardado em garrafinhas distribuídas para o mundo inteiro. Os devotos afirmam que opera milagres. 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Oitava Aparição de Nossa Senhora à Bernadette em Lourdes - Penitência

24 de fevereiro de 1858

Mensagem de Nossa Senhora: "Penitência! Penitência! Penitência!  Ore a Deus para os pecadores ! Beije a terra em penitência pelos pecadores!"

Evangelho do Dia 24

24 de fevereiro

Mateus 9, 14-15
Então os discípulos de João, dirigindo-se a ele, perguntaram:  "Por que jejuamos nós e os fariseus, e os teus discípulos não?".  Jesus respondeu: "Podem os amigos do esposo afligir-se, enquanto o esposo está com eles?  Dias virão em que lhes será tirado o esposo.  Então eles jejuarão".

COMENTÁRIO
"Por que jejuamos nós e os fariseus e teus discípulos não?"
Logo após o relato da vocação de Mateus, encontramos na narrativa duas controvérsias que devem ser entendidas a partir do significado que tinham as refeições e o jejum na época de Jesus.
O texto de hoje versa sobre a segunda controvérsia, que tem como temática o jejum.  O jejum era uma prática para os diversos grupos religiosos na época de Jesus.  Jesus, em sua resposta, distingue entre a hora - os discípulos não jejuam, porque a alegria da presença de Jesus (o esposo) lhe impede- e o depois, reflete a prática da Igreja de Mateus.
Para conservar o mundo em constante vida nova é preciso assumir a novidade do Evangelho com todas as suas implicâncias e consequências.
O sentido do jejum de que fala o texto é, acima de tudo, uma renúncia aos velhos conceitos, às velhas estruturas sociais, às velhas mentalidades de vida que impedem a libertação daquilo que não nos faz ver Deus.
O Reino que chega não pode ser acolhidoo como uma simples reforma, mas requer uma mudança e uma renovação radical, requer a conversão.  Ignoramos que a verdade é eterna, dinâmica, reveladora, jamais se esgota nas estruturas.

Santos do Dia 24

24 de fevereiro

           São Sérgio
Sérgio, mártir da Cesarea, na Capadócia, por muito pouco não se manteve totalmente ignorado na história do cristianismo. Nada foi escrito sobre ele nos registros gregos e bizantinos da Igreja dos primeiros tempos. Entretanto, ele passou a ter popularidade no Ocidente, graças a uma página latina, datada da época do imperador romano Diocleciano, onde se descreve todo seu martírio e o lugar onde foi sepultado.
O texto diz que no ano 304, vigorava a mais violenta perseguição já decretada contra os cristãos, ordenada pelo imperador Diocleciano. Todos os governadores dos domínios romanos, sob pena do confisco dos bens da família e de morte, tinham de executá-la. Entretanto alguns, já simpatizantes dos cristãos, tentavam em algum momento amenizar as investidas. Não era assim que agia Sapricio, um homem bajulador, oportunista e cruel que administrava a Armênia e a Capadócia, atual Turquia.
A narrativa seguiu dizendo que durante as celebrações anuais em honra do deus Júpiter, Sapricio, estava na cidade de Cesarea da Capadócia, junto com um importante senador romano. Num gesto de extrema lealdade, ordenou que todos os cristãos da cidade fossem levados para diante do templo pagão, onde seriam prestadas as homenagens àquele deus, considerado o mais poderoso de todos, pelos pagãos. Caso não comparecessem e fossem denunciados seriam presos e condenados à morte.
Poucos conseguiram fugir, a maioria foi ao local indicado, que ficou tomado pela multidão de cristãos, à qual se juntou Sérgio. Ele era um velho magistrado, que há muito tempo havia abandonado a lucrativa profissão para se retirar à vida monástica, no deserto. Foi para Cesarea, seguindo um forte impulso interior, pois ninguém o havia denunciado, o povo da cidade não se lembrava mais dele, podia continuar na sua vida de reclusão consagrada, rezando pelos irmãos expostos aos martírios. A sua chegada causou grande surpresa e euforia, os cristãos desviaram toda a atenção para o respeitado monge, gerando confusão. O sacerdote pagão que preparava o culto ficou irado. Precisava fazer com que todos participassem do culto à Júpiter, o qual, segundo ele, estava insatisfeito e não atendia as necessidades do povo. Desta forma, o imperador seria informado pelo seu senador e o cargo de governador continuaria com Sapricio. Mas, a presença do monge produziu o efeito surpreendente de apagar os fogos preparados para os sacrifícios. Os pagãos atribuíram imediatamente a causa do estranho fenômeno aos cristãos, que com suas recusas haviam irritado ainda mais o seu deus.
Sérgio, então se colocou à frente e explicou que a razão da impotência dos deuses pagãos era que estavam ocupando um lugar indevido e que só existia um único e verdadeiro Deus onipotente, o venerado pelos cristãos. Imediatamente foi preso, conduzido diante do governador, que o obrigou a prestar o culto à Júpiter. Sérgio não renegou a Fé, por isto morreu decapitado naquele mesmo instante. Era o dia 24 de fevereiro. O corpo do mártir, recolhido pelos cristãos, foi sepultado na casa de uma senhora muito religiosa. De lá as relíquias foram transportadas para a cidade andaluza de Ubeda, na Espanha.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Quando deres uma esmola...

Iniciamos o tempo da Quaresma com a imposição das cinzas sobre nossas cabeças e ouvindo este apelo de Jesus: “convertei-vos e crede no Evangelho!” Estas palavras, que indicam um inteiro programa de vida, ressoam de maneira forte no início deste período litúrgico, durante o qual nos preparamos para celebrar a Páscoa.
Já aderimos a Deus, pelo Batismo, mas temos a necessidade de ouvir sempre de novo este apelo para nos voltarmos a Ele, pois as “distrações” da vida, que não são poucas, nos levam a esquecer de Deus e a nos afastar de seus caminhos.  Esse é um tempo especialmente favorável para o retorno a Deus, de todo o coração, mediante a escuta de sua palavra, a oração, a penitência e a invocação de sua misericórdia.
No Evangelho da Quarta-Feira de Cinzas, Jesus aponta para três atitudes religiosas, que podem acabar desviadas e, por isso, não ser mais do agrado de Deus (cf Mt 6,1-6.16-18). Na Quaresma nos exercitamos na revisão de vida e na conversão nas nossas práticas religiosas, para que elas não sejam apenas manifestações formais e exteriores de religiosidade – “para serem vistos pelos homens” – mas sejam a expressão de uma vida que se volta sinceramente para Deus.
“Quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti” (Mt 6,2). Dar esmola significa, mais amplamente, toda a caridade para com o próximo. Evidentemente, a justiça precede a caridade e esta vai além da justiça: a Igreja incentiva a exercitar-nos em ambas. A palavra de Jesus aponta para a reta intenção na caridade: que não seja praticada em vista de compensações imediatas, pois nem seria caridade, mas troca de favores. A Caridade precisa ser sincera, desapegada e generosa. Feita assim, ela não instrumentaliza o pobre ou a pessoa necessitada e agrada a Deus.
Durante a Quaresma, a Campanha da Fraternidade indica um desafio específico para nos exercitarmos na caridade; neste ano, é a questão da saúde pública. Somos chamados a unir esforços para que o bem da saúde esteja ao alcance de todos; e que haja políticas públicas adequadas a promover esse bem para todos. Mas, de maneira muito concreta, exercitemo-nos nas atenções e cuidados para com os doentes que estiverem perto de nós. Sejamos fraternos em relação a eles, especialmente aos que têm maiores privações e sofrimentos. A caridade, durante a Quaresma, exercita-se também pela prática da obras de misericórdia - corporais e espirituais.
“E quando orardes, não sejais como os hipócritas” (Mt 6,5). Jesus alerta para a oração mal-feita - “para serem vistos pelos homens”. Tal oração teatral não é homenagem a Deus, mas visa a própria homenagem. Não agrada a Deus. Oração boa é feita com fé sincera, humildade e confiança em Deus. Deus despreza a oração do soberbo, do orgulhoso e do auto-suficiente. A Quaresma, de vários modos, nos convida a uma revisão do nosso modo de rezar, a rezar mais e melhor; na oração verdadeira buscamos a Deus e a sintonia com Ele. Jesus rezou e nos ensinou a rezar; quando o cristão fica sem rezar, vai se distanciando de Deus, até se sentir um estranho diante d’Ele.
“E quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste, como os hipócritas” (Mt 6,16). Como já haviam feito os profetas, Jesus também denuncia o jejum feito como encenação, só para que os outros vejam... Isso não comove a Deus, nem muda o coração humano para melhor. Jejum é toda forma de penitência, mediante a qual nos abstemos de algo para ser oferecido em homenagem a Deus e em benefício do próximo. No jejum experimentamos os nossos limites e que a saciedade do estômago e dos sentidos não é tudo na vida: “não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”. Praticar o jejum ainda tem sentido em nosso tempo? Certamente que sim! A Igreja recomenda que o façamos com assiduidade durante a Quaresma, prescrevendo dois dias de jejum para serem observados por todos os que estão aptos a fazê-lo: a Quarta Feira de Cinzas e a Sexta Feira Santa.
O jejum verdadeiro deve ser acompanhado pela mortificação dos sentidos, mesmo quando se trata de coisas boas e lícitas; a busca quase obsessiva de prazeres e satisfações dos sentidos pode iludir-nos e levar a pensar que todo o sentido da vida consiste em buscar e alcançar esses bens, esquecendo de procurar o Bem Supremo com todo o empenho. Não devemos nunca perder de vista que, antes e acima de tudo, é preciso buscar o Reino de Deus e a sua justiça”.
Fica o convite: durante a Quaresma, exercitemo-nos na esmola, na oração e no jejum. Se forem feitos bem, esses exercícios ajudam na nossa conversão maior e mais profunda a Deus.

Publicado no jornal O SÃO PAULO, edição de  23/02/2012
Arcebispo de São Paulo

Mensagem do Papa para a Campanha da Fraternidade 2012


Como todos os anos, o Vaticano expressa sua adesão e apoio à Campanha da Fraternidade promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Foi divulgada na manhã desta quarta-feira, dia 22, a carta enviada pelo papa ao Presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis:



Ao Venerado Irmão
CARDEAL RAYMUNDO DAMASCENO ASSIS
Arcebispo de Aparecida (SP) e Presidente da CNBB
Fraternas saudações em Cristo Senhor!
De bom grado me associo à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que lança uma nova Campanha da Fraternidade, sob o lema "que a saúde se difunda sobre a terra" (cf. Ecio 38,8), com o objetivo de suscitar, a partir de uma reflexão sobre a realidade da saúde no Brasil, um maior espírito fraterno e comunitário na atenção dos enfermos e levar a sociedade a garantir a mais pessoas o direito de ter acesso aos meios necessários para uma vida saudável.
Para os cristãos, de modo particular, o lema bíblico é uma lembrança de que a saúde vai muito além de um simples bem-estar corporal. No episódio da cura de um paralítico (cf. Mi_ 9, 2-8), Jesus, antes de fazer com que esse voltasse a andar, perdoa-lhe os pecados, ensinando que a cura perfeita é o perdão dos pecados, e a saúde por excelência é a da alma, pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua alma?» (Mi 16,26). Com efeito, as palavras saúde e salvação têm origem no mesmo termo latino ‘salus' e não por outra razão, nos Evangelhos, vemos a ação do Salvador da humanidade associada a diversas curas: “Jesus andava por toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo o tipo de doença e enfermidades do povo” (Mt 4,23).
Com o seu exemplo diante dos olhos, segundo o verdadeiro espírito quaresmal, possa esta Campanha inspirar no coração dos fiéis e das pessoas de boa vontade urna solidariedade cada vez mais profunda para com os enfermos, tantas vezes sofrendo mais pela solidão e abandono do que pela doença, lembrando que o próprio Jesus quis Se identificar com eles: (pois Eu estava doente e cuidastes de Mim» (Mt 2536). Ajudando-lhes ao mesmo tempo a descobrir que se, por um lado, a doença é prova dolorosa, por outro, pode ser, na união com Cristo crucificado e ressuscitado, uma participação no mistério do sofrimento d'Ele para a salvação do mundo. Pois, «oferecendo o nosso sofrimento a Deus por meio de Cristo, nós podemos colaborar na vitória do bem sobre o mal, porque Deus toma fecunda a nossa oferta, o nosso ato de amor» (Bento XVI, Discurso aos enfermos de Turim, 2/V/2010).
Associando-me, pois, a esta iniciativa da CNBB e fazendo minhas as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias de cada um, saúdo fraternalmente quantos tomam parte, física ou espiritualmente, na Campanha «Fraternidade e Saúde Pública», invocando — pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida — para todos, mas de modo especial para os doentes, o conforto e a fortaleza de Deus no cumprimento do dever de estado, individual, familiar e social, fonte de saúde e progresso do Brasil, tornando-se fértil na santidade, próspero na economia, justo na participação das riquezas, alegre no serviço público, equânime no poder e fraterno no desenvolvimento, e, para confirmar-lhes nestes bons propósitos, envio uma propiciadora Bênção Apostólica.

Vaticano, 11 de fevereiro de 2012
 

Missa na Catedral da Sé abre Quaresma e Campanha da Fraternidade em São Paulo

Na tarde de ontem, dia 22, quarta-feira, na Catedral da Sé, dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, presidiu missa com a imposição de cinzas, marcando o início da Quaresma. Na mesma celebração, ele abriu, na Arquidiocese de São Paulo, a Campanha da Fraternidade que, este ano, tem a saúde pública como tema. Concelebram com ele os bispos auxiliares de São Paulo, dom Tarcísio Scaramussa, Região Sé; e dom Julio Endi Akamine, Região Lapa; além do vigário episcopal de Santana, padre Zacarias Paiva, bem como centenas de fiéis.
Dom Odilo, na homilia, falou da Quaresma como tempo de jejum e abstinência de carne, de esmola e de oração. Ele explicou que a penitência não é um castigo que nos impomos, mas é um esforço para corresponder a Deus, na busca da coerência em nossa vida de cristãos. Quaresma é tempo de escutar o chamado de Deus à revisão de vida, à conversão, à penitência. O arcebispo lembrou a dificuldade do homem, hoje, de reconhecer seus pecados e a necessidade do perdão de Deus. Daí ser necessário repetir sempre o convite à reconciliação com Deus.
O Cardeal refletiu também sobre as três atitudes que Jesus recomenda e ao mesmo tempo convida a rever: a oração, a esmola e o jejum. “A Quaresma nos convida a ver como estamos praticando a religião. A oração não pode ser feita tocando trombetas, nem querendo convencer a Deus. Jesus manda corrigir isso. A esmola também seja feita não para todos verem quanto somos bons. Que a caridade não seja para a própria glorificação. Deve ser praticada em todas as suas dimensões, inclusive no campo da justiça e do direito. Enfim, o jejum seja feito na perspectiva da fé sem fazer como os hipócritas criticados por Jesus. Que só Deus saiba da nossa penitência”, orientou.
Em seguida, dom Odilo citou Bento 16 que, em sua mensagem para esta Quaresma baseia-se na Carta aos Hebreus e exorta a todos a se preocuparem uns com os outros e reverem as boas obras, estimulando mutuamente a prática do bem. “É preciso preocuparmo-nos com o irmão, o filho, o marido, o vizinho. A pergunta ‘o que fizeste de teu irmão?’ deve nos incomodar. O irmão doente, que vive na pobreza, na cadeia, caído nas ruas da Cracolândia, deve merecer nossa atenção”.
Sobre a Campanha da Fraternidade, o arcebispo de São Paulo lembrou que todos têm direito à saúde. Só que este direito não é respeitado. A saúde na periferia é precária e se faz necessário o esforço de todos, para que as condições de saúde mudem para todos os brasileiros, particularmente para os mais pobres.
Para dom Odilo, esta Campanha da Fraternidade tem um cunho político, pois é preciso que se faça tudo para que todos tenham melhores condições de saúde e que isso chegue aos que têm poder de decisão. Ele está convencido de que a Campanha vai ajudar a melhorar a saúde no Brasil, cujas condições estão “de arrepiar”. Mas ele alertou também que ninguém deve imaginar que o problema é só do governo.
“O doente perto de mim é problema meu. Que todos possamos ouvir o apelo de Jesus: ‘Estive doente e fostes me visitar’. Pior será se um dia ouvirmos de Jesus a repreensão: ‘Estive doente e não me fostes visitar’”. Dom Odilo convidou todos a visitarem os doentes em nome de Jesus, a estarem presentes junto a todo irmão que sofre, porque isso também faz parte da Campanha da Fraternidade. E concluiu: “Convido todos a vivermos com intensidade este tempo da Quaresma, tempo de graça, tempo favorável”.
A procissão das oferendas foi feita por três profissionais da saúde. No final da celebração, o texto-base da Campanha da Fraternidade foi entregue aos responsáveis por ela nas seis regiões episcopais.

Fonte: http://www.arquidiocesedesaopaulo.org.br/?q=node/84450

Sétima Aparição de Nossa Senhora à Bernadette em Lourdes - O Segredo

23 de fevereiro de 1858
 

Rodeada por cento e cinqüenta pessoas, Bernadette chega à Gruta. A Aparição lhe revela um segredo "só para ela".

Evangelho do Dia 23

23 de fevereiro


Lucas 9, 22-25
Ele acrescentou:  "É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciões, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas.  É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia".  Em seguida, dirigiu-se a todos:  "Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.   Porque, quem quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas quem sacrificar a sua vida por amor de nim, irá salvá-la.  Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder-se a si mesmo e se causa a sua própria ruína?

COMENTÁRIO
Quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará.
Jesus anuncia seus sofrimentos, sua paixão e morte e também sua ressurreição.  E nos convida a seguir o mesmo caminho, tomar a cruz e imitá-lo.  Não que tenhamos de procurar sofrimentos, mas que o imitemos na fidelidade à vontade do Pai, à missão que lhe foi confiada de revelar o grande amor de Deus para com os homens.
Se seguirmos idêntico caminho, certamente teremos o mesmo destino:  a cruz, que é a morte de nosso orgulho, de nosso egoísmo, de nossa segurança pessoal; as tribulações, os incômodos, os desgastes com a convivência humana e, às vezes, as perseguições por parte dos que se sentem prejudicados.  Mas não podemos esquecer que tudo isso nos leva à ressurreição.

Santos do Dia 23

23 de fevereiro

  São Policarpo de Esmirna
Nascido em uma família cristã da alta burguesia no ano 69, em Esmirna, Ásia Menor, atual Turquia. Os registros sobre sua vida nos foram transmitidos pelo seu biógrafo e discípulo predileto, Irineu, venerado como o "Apóstolo da França" e sucessor de Timóteo em Lion. Policarpo foi discípulo do apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer outros apóstolos que conviveram com o Mestre. Ele se tornou um exemplo íntegro de fé e vida, sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos depois, Policarpo foi escolhido e consagrado para ser o bispo de Esmirna para a Ásia Menor, pelo próprio apóstolo João, o Evangelista.
Foi amigo de fé e pessoal de Inácio Antioquia, que esteve em sua casa durante seu trajeto para o martírio romano em 107. Este escreveu cartas para Policarpo e para a Igreja de Esmirna, antes de morrer, enaltecendo as qualidades do zeloso bispo. No governo do papa Aniceto, Policarpo visitou Roma, representando as igrejas da Ásia para discutirem sobre a mudança da festa da Páscoa, comemorada em dias diferentes no Oriente e Ocidente. Apesar de não chegarem a um acôrdo, se despediram celebrando juntos a liturgia, demonstrando união na fé, que não se abalou pela divergência nas questões disciplinares.
Ao contrário de Inácio, Policarpo não estava interessado em administração eclesiástica, mas em fortalecer a fé do seu rebanho. Ele escreveu várias cartas, porém a única que se preservou até hoje foi a endereçada aos filipenses no ano 110. Nela, Policarpo exaltou a fé em Cristo, a ser confirmada no trabalho diário e na vida dos cristãos. Também citou a Carta de Paulo aos filipenses, o Evangelho, e repetiu as muitas informações que recebera dos apóstolos, especialmente de João. Por isto, a Igreja o considera "Padre Apostólico", como foram classificados os primeiros discípulos dos apóstolos.
Durante a perseguição de Marco Aurélio, Policarpo teve uma visão do martírio que o esperava, três dias antes de ser preso. Avisou aos amigos que seria morto pelo fogo. Estava em oração quando foi preso e levado ao tribunal. Diante da insistência do pro cônsul Estácio Quadrado para que renegasse a Cristo, Policarpo disse: "Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão"! Foi condenado e ele mesmo subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos". Mas a profecia de Policarpo não se cumpriu: contam os escritos que, mesmo com a fogueira queimando sob ele e à sua volta, o fogo não o atingiu.
Os carrascos foram obrigados a matá-lo à espada, depois quando o seu corpo foi queimado exalou um odor de pão cosido. Os discípulos recolheram o restante de seus ossos que colocaram numa sepultura apropriada. O martírio de Policarpo foi descrito um ano depois de sua morte, em uma carta datada de 23 de fevereiro de 156,enviada pela igreja de Esmirna à igreja de Filomélio. Trata-se do registro mais antigo do martirológio cristão existente.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Quaresma: Propostas litúrgicas para 2012

Lisboa, 22 fev 2012 (Ecclesia) – Os cinco domingos que compõem a Quaresma deste ano vão ser preenchidos com propostas de felicidade, conversão, mudança de vida e serviço aos outros, destaca a equipa portuguesa do Evangelho Quotidiano. Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, dedicado ao tempo litúrgico que hoje se inicia, rumo à Páscoa, este serviço online desafia os cristãos a “partilharem” com os outros a riqueza destas mensagens, em consonância com o novo fulgor evangelizador defendido pela Igreja Católica.
Criado em França, em 2000, o Evangelho Quotidiano é composto por “uma equipa de pessoas católicas e voluntárias que desejam propagar o Evangelho o mais possível”, contando atualmente com milhares de subscritores em todo o mundo.
A Quaresma é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa (celebrada este ano a 8 de abril), a principal festa do calendário cristão.

Agencia Ecclesia de Portugal

Fonte:http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=89691

Audiência Papal do dia 22

22 de fevereiro

Quarta-feira de Cinzas

Queridos irmãos e irmãs,
Nos próximos quarenta dias, que nos levarão até ao Tríduo Pascal – celebração da paixão, morte e ressurreição de Cristo –, somos convidados a viver um caminho de conversão e renovação espiritual, que nos faça sair de nós mesmos para ir ao encontro do Senhor. Este período será um tempo propício para uma experiência mais profunda de Deus, que torne forte o espírito, confirme a fé, alimente a esperança e anime a caridade. Poderemos assim ver e recordar tudo aquilo que Ele fez por nós. Daí concluiremos que só o Senhor nos merece; e, sem mais adiamentos nem hesitações, entregar-nos-emos nas suas mãos. E Cristo tornar-nos-á participantes da vitória sobre o pecado e a morte, que Ele nos alcançou com o seu amor levado até ao extremo da imolação por nós na cruz. Seguindo o caminho da cruz com Jesus, ser-nos-á aberto o mundo luminoso de Deus, o mundo da luz, da verdade e da alegria. Inundados por esta luz, ganharemos nova coragem para aceitar, com fé e paciência, todas as dificuldades, aflições e provações da vida, sabendo que, das trevas, o Senhor fará surgir a alvorada nova da ressurreição.

Evangelho do Dia 22

22 de fevereiro

Mateus 6, 1-6.16-18
"Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles.  Do contrário, não tereis recompensas junto de vosso Pai que está no céu (...).  Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita.  Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, irá recompensar-te.  Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens.  Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.  Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai que vê num lugar oculto, te recompensará (...).  Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto.  Assim, não paracerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto; e teu Pai, que vê num lugar oculto, te recompensará."

COMENTÁRIO
"Quando jejuares, não fiques com ar triste e sombrio."
Iniciamos um novo tempo litúrgico,  a Quaresma.  No Evangelho de hoje, Jesu,ensina-nos a interiorizar a observância da Quaresma.  O que torna válidos nossos sacrifícios, donativos e orações é a atitude interior de conversão em relação a Deus e a nossos irmãos.
É um momento importante para refletirmos um pouco sobre a nossa caminhada de cristãos.  O ritual das Cinzas expressa uma atitude de conversão e arrependimento que precisamos reforçar durante a Quaresma.
Ente os fariseus, na época de Mateus, estes atos de piedade eram fundamentalmente três:  a esmola, a oração e o jejum; mas para muitos essas práitcas haviam se convertido em uma questão puramente  externa e motivo de orgulho, até o ponto de alguns fazerem exibição pública de sua religiosidade.

Santos do Dia 22

22 de fevereiro

Santa Margarida de Cortona
A penitência marcou a vida de Margarida que nasceu em 1247, em Alviano, Itália. Foi por causa de sua juventude, período em que experimentou todos os prazeres de uma vida voltada para as diversões mais irresponsáveis.
Margarida ficou órfã de mãe, quando ainda era muito criança. O pai se casou de novo e a pequena menina passou a sofrer duramente nas mãos da madrasta. Sem apoio familiar, ela cresceu em meio a toda sorte de desordens, luxos e prazeres. No início da adolescência se tornou amante de um nobre muito rico e passou a desfrutar de sua fortuna e das diversões mundanas.
Um dia, porém, o homem foi vistoriar alguns terrenos dos quais era proprietário e foi assassinado. Margarida só descobriu o corpo, alguns dias depois, levada misteriosamente até ele pela cachorrinha de estimação que acompanhara o nobre na viagem. Naquele momento, a moça teve o lampejo do arrependimento. Percebeu a inutilidade da vida que levava e voltou para a casa paterna, onde pretendia passar o resto da vida na penitência.
Para mostrar publicamente sua mudança de vida, compareceu à missa com uma corda amarrada ao pescoço e pediu desculpas a todos pelos excessos da sua vida passada. Só que essa atitude encheu sua madrasta de inveja, que fez com que ela fosse expulsa da paróquia. Margarida sofreu muito com isso e chegou a pensar em retomar sua vida de luxuria e riqueza. No entanto, com firmeza conseguiu se manter dentro da decisão religiosa, procurando os franciscanos de Cortona e conseguindo ser aceita na Ordem Terceira.
Para ser definitivamente incorporada à Ordem teria que passar por três anos de provação. Foi nesta época que ela se infligiu as mais severas penitências, que foram vistas como extravagantes, relatadas nos antigos escritos, onde se lê também que a atitude foi tomada para evitar as tentações do demônio. Seus superiores passaram a orienta-la e isso a impediu de cometer excessos nas penitências.
Aos vinte e três anos Margarida de Cortona, como passou a ser chamada, foi premiada com várias experiências de religiosidade que foram presenciadas e comprovadas pelos seus orientadores espirituais franciscanos. Recebeu visitas do anjo da guarda, teve visões, revelações e mesmo aparições de Jesus, com quem conversava com freqüência durante suas orações contemplativas.
Ela percebeu que o momento de sua morte se aproximava e foi ao encontro de Jesus serenamente, no dia 22 de fevereiro de 1297. Margarida de Cortona foi canonizada pelo Papa Bento XIII em 1728 e o dia de sua morte indicado para a sua veneração litúrgica.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Evangelho do Dia 21

21 de fevereiro

Marcos 9, 30-37
Tendo partido dali, atravessaram a Galiléia.  Não queria, porém, que ninguém o soubesse.  E ensinava os seus discípulos:  "O Filho Do Homem será entregue nas mãos dos homens, eo matarão; e ressuscitará três dias depois da sua morte".  Mas não entendiam esss palavras; e tinham medo de lho perguntar.  Em seguida, voltaram para Cafarnaum.  Quando já estava em casa, Jesus perguntou-lhes:  "De que faláveis pelo caminho?".  Mas eles calaram-se, porque pelo caminho haviam discutido entre si qual deles seria o maior .  Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes:  "Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos". (...)

COMENTÁRIO
"Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos."
Jesus com o grupo de discípulos atravessava a Galiléia.  No caminho faz com eles uma verdadeira catequese sobre temáticas importantes na vida de uma comunidade.  Anuncia pela segunda vez a sua paixão e morte (a primeira apareceu em 8, 31-33).
A repetição da palavra "morte" sugere que os seus seguidores terão o mesmo destino que ele.  A reação dos discípulos é de incompreensaão e medo.  Eles se calam porque, à medida que Jesus se dá a conhecer, aparecem as exigências do seu seguimento.
Para os discípulos, conforme o costume da época, era importante determinar o dirigente do grupo, sobretudo por se tratar de algo importante .  Jesus percebe, adianta-se e pergunta sobre o motivo da discussão.  O silêncio dos discípulos é o reconhecimento do constrangimento por terem sido flagrados numa situação incômoda.

Sexta Aparição de Nossa Senhora à Bernadette em Lourdes - "Aquerò"

21 de fevereiro de 1858

A Senhora se apresentou a Bernadette nas primeiras horas da manhã. Uma centena de pessoas estava com ela. Bernadette é questionada pelo comissário de polícia Jacomet. Ele quer que ela diga o que está vendo. Bernadette só fala de "Aquerò" (este).

Padre Horácio Brito, o reitor do Santuário de Lourdes, evoca o encontro entre a Virgem Maria e Bernadete Soubirous (em francês) - 21 fevereiro de 1858, a sexta aparição

Santos do Dia 21

21 de fevereiro

      São Pedro Damião
Pedro nasceu em Ravena, em 1007. Teve uma infância muito sofrida, ficou órfão muito cedo e foi criado de forma improvisada pelos irmãos que eram em grande número. Mesmo assim, o irmão mais velho, Damião, acabou por se responsabilizar sozinho por seus estudos. Estudou em Ravena, Faenza e Pádua e depois de ter ensinado em Parma, ingressou no mosteiro camaldulense de Fonte Avelana, na Úmbria, que se tornou o centro de suas atividades reformadoras. Pedro, em retribuição à seu irmão Damião, assumiu também o seu nome ao se ordenar sacerdote.
Pedro Damião, aos vinte e um anos, então na Ordem Camaldulense, por seus méritos logo tornou o superior diretor. As regras da Ordem já eram duras, mas ele as tornou mais rígidas ainda. Passou a criticar severamente conventos onde não havia pobreza e sua influência se estendeu por mosteiros da Itália e da França, entre eles Montecassino e Cluny, que passaram a seguir seus conceitos. Com seu reformismo, trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na austeridade da solidão e da penitência.
Pedro Damião era um sacerdote contemplativo, de vida simples, adepto à vida monástica e desse modo singular atacava o luxo dos cardeais. Citava os apóstolos Pedro e Paulo como exemplos, pois percorreram o mundo para evangelizar, sendo magros e andando descalços, ou seja, para levar a Palavra de Deus, era necessário sobretudo se despojar dos apegos materiais. Foi desse modo que solidificou a austeridade religiosa e como viveu toda sua existência terrena.
Seu trabalho não parou aí. Havia, na época, a venda de títulos, funções e cargos da Igreja, como se fazia com os títulos feudais. A essa troca de favores se deu o nome de simonia clerical. O ato de comprar ou vender benesses espirituais, era antigo e esse nome deriva de Simão, o Mago, que procurou comprar dos Apóstolos graças espirituais. Dessa forma, cargos da Igreja acabavam ocupados por pessoas despreparadas e indignas que se rebelavam contra a disciplina exigida deles, principalmente com relação ao celibato.
A Igreja, assim dilacerada, vitimada pelas discórdias e cismas, tinha necessidade de homens cultos e austeros como padre Pedro Damião. Por isso, ele foi chamado à Santa Se para auxiliar nesses combates. Esteve ao lado de seis papas, como viajante da paz, e em particular colaborou com o cardeal Hildebrando, o grande reformador que se tornou o Papa Gregório VII.
Pedro Damião após várias peregrinações à cidade de Milão, à França e à Alemanha, se tornou cardeal e foi designado para a diocese de Óstia. Seus escritos, após a sua morte, prosseguiram doutrinando religiosos importantes. Aos poucos, a situação da Igreja foi se normalizando. Já velho, foi enviado à Ravena para recompor a questão do antipapa. Morreu em 1072, na cidade italiana de Faenza, quando voltava de uma missão de paz.
A fama de sua santidade em vida se cristalizou junto aos fiéis, que então passaram a venerá-lo como santo. Em 1828 o papa Leão XII declarou Santo Pedro Damião e o proclamou também doutor da Igreja, por seus numerosos escritos teológicos e pela incansável e eficiente atuação para a unidade da Santa Mãe, a Igreja Católica de Roma.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Bispo de Leiria - Fátima aprova a Ladainha dos Beatos Francisco e Jacinta Marto

Hoje,  dia 20 de fevereiro, dia do 92° aniversário da morte da beata Jacinta Marto, a Igreja celebra o dia dos pastorinhos beatos de Fátima,  Francisco e Jacinta Marto.  Este ano, o Santuário de Fátima preparou um programa especialmente direcionado para as crianças, adolescentes, jovens e seus familiares. Neste dia,  D. Antonio Marto, Bispo de Leiria - Fátima, aprovou a Ladainha oficial dos pastorinhos.  Para a composição da oração  foram utilizados, além de vários textos litúrgicos,  a homilia do Papa João Paulo II na cerimônia de Beatificação dos Veneráveis Francisco e Jacinta em maio de 2000, a Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa sobre a Beatificação dos Pastorinhos de Fátima Francisco e Jacinta Marto e as Memórias da Irmã Lúcia.  "Deus de infinita bondade, que amais a inocência e exaltais os humildes, concedei, pela intercessão da Imaculada Mãe de vosso Filho, que, à imitação dos bem-aventurados Francisco e Jacinta, a Vos sirvamos na simplicidade de coração para podermos entrar no reino dos Céus", diz a oração conclusiva, no final da Ladainha.
Numa primeira apresentação pública, a ladainha foi rezada na noite de ontem,  na vigília realizada na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, momento em que foi distribuída oficialmente. Esta manhã, a celebração da festa litúrgica teve início na Capelinha das Aparições com a recitação do rosário.  Seguiu-se uma procissão até a Igreja da Santíssima Trindade onde se celebrou a eucaristia.  Durante a missa, todas as crianças presentes foram convidadas a subir ao altar onde receberam a bênção de Deus.  A todas, o Reitor do Santuário de Fátima, que presidiu à celebração, relembrou o desafio que Nossa Senhora deixou aos Pastorinhos videntes e, através deles, a todos: “Quereis oferecer-vos a Deus?”. A nossa resposta não custa nada, o que custa é depois que as nossas atitudes, com os nossos pais e na escola, sejam também o “sim” a Deus”, disse o Padre Carlos Cabecinhas.   No momento da homilia o Reitor disse que a santidade é possível a todos. “A santidade não é, de fato, um privilégio reservado a alguns eleitos: todos somos chamados a ser santos”, disse, acrescentando que “se hoje a santidade parece pouco atrativa, é sobretudo porque quando falamos de santos, pensamos em figuras exóticas, em pessoas estranhas e com vidas ainda mais estranhas”.
Antes da eucaristia e à semelhança do que aconteceu pela primeira vez no ano passado, duas telas dos beatos Francisco e Jacinta Marto foram levadas em procissão deste a Capelinha das Aparições, onde foi recitado o Rosário, até à Igreja da Santíssima Trindade.

 

Os dois quadros, datados de Maio de 1999, são da autoria de Marcello Cassinari Vettor. As duas pinturas a óleo e folha de ouro sobre tela foram oferecidos a João Paulo II pela Associação Difendere la vita com Maria, quando da peregrinação deste papa ao Santuário de Fátima, a 13 de Maio de 2000, data da beatificação dos videntes, e foram legados ao Santuário de Fátima pelo mesmo.

Ladainha dos Beatos Francisco e Jacinta


Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós. Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós.
Nossa Senhora do Rosário de Fátima, rogai por nós.
Nossa Senhora das Dores, rogai por nós.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.
Virgem dos Pastorinhos, rogai por nós.
Beato Francisco Marto, rogai por nós.
Beata Jacinta Marto, rogai por nós.
Crianças chamadas por Jesus Cristo, rogai por nós.
Crianças chamadas a contemplar a Deus no Céu, rogai por nós.
Pequeninos a quem o Pai revela os mistérios do Reino, rogai por nós.
Pequeninos privilegiados do Pai, rogai por nós.
Louvor perfeito das maravilhas de Deus, rogai por nós.
Imagens do abandono filial, como crianças ao colo da mãe, rogai por nós.
Vítimas de reparação em benefício do Corpo de Cristo, rogai por nós.
Confidentes do Anjo da Paz, rogai por nós.
Custódios, como o Anjo da Pátria, rogai por nós.
Adoradores com o Anjo da Eucaristia, rogai por nós.
Videntes da Mulher revestida com o Sol, rogai por nós.
Videntes da Luz que é Deus, rogai por nós.
Filhos prediletos da Virgem Mãe, rogai por nós.
Ouvidos atentos à solicitude materna da Virgem Maria, rogai por nós.
Advogados da Mensagem da Senhora mais brilhante que o Sol, rogai por nós.
Arautos da palavra da Mãe de Deus, rogai por nós.
Profetas do triunfo do Coração Imaculado de Maria, rogai por nós.
Cumpridores dos desígnios do Altíssimo, rogai por nós.
Fiéis depositários da Mensagem, rogai por nós.
Emissários da Senhora do Rosário, rogai por nós.
Missionários dos pedidos de Maria, rogai por nós.
Portadores dos apelos do Céu, rogai por nós.
Zeladores do Vigário de Cristo, rogai por nós.
Confessores da vida heroica na verdade, rogai por nós.
Consoladores de Jesus Cristo, rogai por nós.
Exemplos da caridade cristã, rogai por nós.
Servos dos doentes e dos pobres, rogai por nós.
Reparadores das ofensas dos pecadores, rogai por nós.
Amigos dos homens junto do trono da Virgem Maria, rogai por nós.
Lírios de candura a exalar santidade, rogai por nós.
Pérolas brilhantes a resplandecer beatitude, rogai por nós.
Serafins de amor aos pés do Senhor, rogai por nós.
Oblações a Deus para suportar os sofrimentos em acto de reparação, rogai por nós.
Exemplo admirável na partilha com os pobres, rogai por nós.
Exemplo incansável no sacrifício pela conversão dos pecadores, rogai por nós.
Exemplo de fortaleza nos tempos da adversidade, rogai por nós.
Enamorados de Deus em Jesus, rogai por nós.
Pastorinhos que nos guiais ao Cordeiro, rogai por nós.
Discípulos da escola de Maria, rogai por nós.
Interpeladores da humanidade, rogai por nós.
Frutos da árvore da santidade, rogai por nós.
Dom para a Igreja Universal, rogai por nós.
Sinal divino para o Povo de Deus, rogai por nós.
Testemunhas da graça divina, rogai por nós.
Estímulo à vivência do batismo, rogai por nós.
Experiência da presença amorosa de Deus, rogai por nós.
Eloquentes na intimidade de Deus, rogai por nós.
Intercessores, junto de Deus, pelos pecadores, rogai por nós.
Construtores da Civilização do Amor e da Paz, rogai por nós.
Lâmpadas a alumiar a humanidade, rogai por nós.
Luzes amigas a iluminar as multidões, rogai por nós.
Luzeiros a refulgir no caminho da humanidade, rogai por nós.
Chamas ardentes nas horas sombrias e inquietas, rogai por nós.
Candeias que Deus acendeu, rogai por nós.
Cristo, ouvi-nos. Cristo, ouvi-nos.
Cristo, atendei-nos. Cristo, atendei-nos.

Oração conclusiva
Deus de infinita bondade,
que amais a inocência e exaltais os humildes,
concedei, pela intercessão da Imaculada Mãe do vosso Filho,
que, à imitação dos bem-aventurados Francisco e Jacinta,
Vos sirvamos na simplicidade de coração
para podermos entrar no reino dos Céus.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amen

Quinta Aparição de Nossa Senhora à Bernadette em Lourdes - A Grande Tristeza

20 de fevereiro de 1858

A Senhora lhe ensina uma oração pessoal. No fim da visão, uma grande tristeza invade Bernadette.

Padre Horácio Brito, o reitor do Santuário de Lourdes, evoca o encontro entre a Virgem Maria e Bernadete Soubirous - 20 de fevereiro de 1858, a quinta aparição

Evangelho do Dia 20

20 de fevereiro

Marcos 9, 14-29
Todo aquele povo, vendo de surpresa Jesus, acorreu a ele para saudá-lo.  Ele lhes perguntou:  "Que estais discutindo com eles?".  Respondeu um homem dentre a multidão:  "Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo.  Este, onde quer que o apanhe, lança-o por terra e ele espuma, range os dentes e fica endurecido.  Roguei a teus discípulos que o expelissem, mas não o puderam" (...).  Jesus perguntou ao pai:  "Há quanto tempo lhe acontece isso?" "Desde a infância  - respondeu-lhe - (...).  Se tu, porém, podes alguma coisa, ajuda-nos, compadece-te de nós!".  Disse-lhe Jesus:  "Se podes alguma coisa!... Tudo é possível ao que crê".  Imediatamente exclamou o pai do menino:  "Creio!  Vem em socorro à minha falta de fé!".  Vendo Jesus que o povo afluía, intimou o espírito imundo e disse-lhe:  "Espírito mudo e surdo, eu te ordeno:  sai deste menino e não tornes a entrar nele". (...)

COMENTÁRIO
"Tudo é possível ao que crê."
O texto do menino epiléptico revela-nos um Jesus cheio de misericórida e atento às necessidades daqueles que o rodeavam.  Marcos nos apresenta todo o desespero paterno e a importância dos discípulos para resolver o problema.
Observe a ordem forte e segura de Jesus:  "Eu te ordeno", em oposição clara e tímida dos discípulos no início da narrativa.  Mas tal milagre só acontece porque o pai do menino se coloca numa atitude de humildade e aceitação.
Existe uma reação por parte dos discípulos; querem saber por que não conseguiram o mesmo feito de Jesus. 
O verbo "curar" não deve ser entendido somente para patologias, mas também para "doenças" tais como  o ódio, o comodismo , a alienação... O projeto de Deus, ao qual todos somos chamados a participar, não admite fracos mas homens de fé.

Santos do Dia 20

20 de fevereiro

   Jacinta de Jesus Marto
Jacinta de Jesus Marto nasceu em Aljustrel, Fátima, a 11 de março de 1910. Foi batizada uma semana depois. Á ela junto com o irmão Francisco e a prima Lúcia, três simples crianças pastoras analfabetas, foi dada a graça de presenciar as aparições de Nossa Senhora, na sua pequenina aldeia. Além das cinco aparições da Cova da Iria e uma dos Valinhos, Nossa Senhora apareceu à Jacinta mais quatro vezes em casa durante a doença, uma grave pneumonia que a acometeu juntamente com seu irmão Francisco.
Nessa primeira aparição, quando ambos já estavam acamados, assim descreve a pequenina: "Nossa Senhora veio nos ver e diz que vem buscar o Francisco muito em breve. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-lhe que sim". De fato, logo depois Francisco morreu santamente.
Nessa ocasião, ao aproximar-se o momento da partida de Francisco, Jacinta recomenda-lhe: "Leve muitas saudades minhas a Nosso Senhor e a Nossa Senhora e diz-lhes que sofro tudo quanto Eles quiserem para converter os pecadores". Jacinta ficara tão impressionada com a visão do inferno durante uma das aparições da Virgem em Fátima, ocorrida em 13 de julho de 1917, que nenhuma mortificação e penitência era demais para salvar os pecadores.
A vida da pequena Jacinta foi caracterizada por esse extremo espírito de sacrifício, o amor ao Coração de Maria, ao Santo Padre e aos pecadores. Sempre levada pela preocupação da salvação dos pecadores e do desagravo ao Coração Imaculado de Maria, de tudo oferecia um sacrifício a Deus, dizendo sempre a oração que Nossa Senhora lhes ensinara: "Ò Jesus, é por Vosso Amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria".
Quase um ano depois da morte de Francisco, Jacinta faleceu, era 20 de fevereiro de 1920. O seu corpo foi enterrado no cemitério de Ourém, sendo transladado em 1935 para o cemitério de Fátima. Em 1951 foi finalmente transferida para a Basílica do Santuário.
No dia 13 de maio de 2001, dia da festa de Nossa Senhora de Fátima, foi um dia muito especial não só para os portugueses, mas para a família católica inteira. O Papa João Paulo II, esteve na cidade portuguesa para beatificar Jacinta de Jesus Marto, marcando sua celebração para a data de sua morte. A cerimônia ocorreu na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, com a presença da Irmã Lúcia de Jesus.
Os acontecimentos de Fátima e os pastorzinhos são porta-vozes do convite materno de Maria ao acolhimento, ao amor, à confiança, à pureza de vida e de coração e à entrega de si mesmo a Deus e aos outros, em atitude de solidariedade e de fé inquebrantável. A beatificação de Jacinta de Jesus Marto nos lembra a vocação última da Igreja e a comunhão dos santos.

         Santo Euquério
O bisco francês Euquério foi um grande defensor da Igreja em seu tempo. Defensor não só de seus conceitos e dogmas, mas também dos seus bens, que tanto atraíam os poderosos.
Euquério nasceu em Órleans, na França, e recebeu disciplina e educação cristã desde o berço. Assim que a idade o permitiu, entrou para o mosteiro de Lumièges, às margens do rio Sena. Seus sete anos de atuação ali foram marcados pela autopenitência que, de tão severa, chegava a lembrar os monges eremitas do Oriente. Esse período fez dele o candidato natural à sucessão do bispo de sua cidade natal. Humilde, Euquério tentou recusar, mas foram tantos os pedidos de seus irmãos de hábito e do povo em geral, que acabou aceitando.
Seu bispado foi marcado pelo respeito às tradições e à disciplina. Euquério chegou a enfrentar o rei francês Carlos Martel, que pretendia se apossar de bens da Igreja, dirigindo-lhe censuras graves, como faria a qualquer outra ovelha de seu rebanho, se fosse necessário. O rei, apesar de precisar dos bens para aumentar as finanças e continuar a guerra contra os sarracenos muçulmanos, deixou de lado sua intenção. Entretanto, tramou a transferência do bispo, para afastá-lo de sua querida cidade de Órleans.
Euquério foi transferido para Colônia, na Alemanha, aonde também conquistou o respeito e o carinho do povo e do clero. Então o vingativo rei conseguiu que fosse mandado para mais longe, Liège. Ele viveu seis anos no exílio e passou seus últimos dias no convento de São Trondom. O bispo Euquério morreu no dia 20 de fevereiro de 738 e suas relíquias permaneceram guardadas na igreja desse convento, na diocese de Mastrichiti. O seu culto se perpetua pela devoção dos fiéis tanto na França, quanto na Alemanha e em todo o mundo cristão. Sua festa litúrgica se dá no dia de sua morte.
                  •  
          Santo Ulrico
Ulrico nasceu em Bristol, Inglaterra. Sabemos muito pouco a respeito de sua vida. Inicialmente Ulrico estava entregue aos vícios da nobreza inglesa. Muitos sacerdotes não observavam as normas da Igreja. Certa vez, Ulrico foi abordado por um mendigo. Este o advertiu a respeito de seus atos e da decadência dos costumes daquela época. Ulrico reconheceu envergonhado a verdade nas palavras daquele mendigo. 
Resolveu juntar-se a um grupo de padres que viviam disciplinadamente, trabalhando na agricultura e na indústria de lã. Eles trabalhavam, estudavam e pregavam o evangelho, distanciando-se da vida mundana. Ulrico desaparece das festas e penitencia seu corpo, vestindo uma malha de ferro sobre a pele nua. Passa a celebrar missas, pregar apaixonadamente, trabalhar pela Igreja e copiar livros. Enfim, ele havia reencontrado o caminho que o levaria de volta a Deus.
O padre Ulrico ficou muito conhecido entre os pobres e humildes, tornando-se um dos poucos que os escutavam. Tornou-se a voz dos pobres, pregando a esperança. Alguns diziam que ele tinha o dom da profecia e o próprio rei Henrique II fora visitá-lo a fim de ouvir seus conselhos.
O sacerdote Ulrico viveu os últimos anos de sua vida numa pequena cela na Igreja de Haselbury. Tinha conquistado a fama de um homem santo e gente de todo o país vinha em peregrinação para vê-lo e ouví-lo. Quando da sua morte, aos 20 de fevereiro de 1154, uma grande comoção tomou conta do povo humilde que o amava. Sua cela tornou-se sacristia da Igreja de Haselbury.