segunda-feira, 30 de abril de 2012

Santos do Dia 30

30 de abril

São José Benedito Cotolengo
José Benedito Cotolengo nasceu em Brá, na província de Cuneo, no norte da Itália, no dia 3 de maio de 1786. Foi o mais velho dos doze filhos de uma família cristã muito piedosa. Ele tinha apenas cinco anos quando sua mãe o viu medindo os quartos da casa com uma vara, para saber quantos doentes pobres caberiam neles. Dizia que, quando crescesse, queria encher sua casa com esses necessitados, fazendo dela "seu hospital". O episódio foi um gesto profético. Na cidade de Brá, ainda se conserva tal casa.
Com dezessete anos, ingressou no seminário e, aos vinte e cinco, se ordenou sacerdote na diocese de Turim. Seu ministério foi marcado por uma profunda compaixão pelos mais desprotegidos, esperando sempre a hora oportuna para concretizar os ideais de sua vocação.
Em 1837, padre José Benedito foi chamado para ministrar os sacramentos a uma mulher grávida, vítima de doença fatal. Ela estava morrendo e, mesmo assim, os hospitais não a internaram, alegando que não havia leitos disponíveis para os pobres. Ele nada pôde fazer. Entretanto, depois de ela ter morrido e ele ter confortado os familiares, o padre se retirou para rezar. Ao terminar as orações, mandou tocar os sinos e avisou a todos os fiéis que era chegada a hora de "ajudar a Providência Divina".
Alugou uma casa e conseguiu colocar nela leitos e remédios, onde passou a abrigar os doentes marginalizados, trabalhando, ele mesmo, como enfermeiro e buscando recursos para mantê-la, mas sem abandonar as funções de pároco. Era tão dedicado aos seus fiéis a ponto de rezar uma missa às três horas da madrugada para que os camponeses pudessem ir para seus campos de trabalho com a Palavra do Senhor cravada em seus corações.
Os políticos da cidade, incomodados com sua atuação, conseguiram fechar a casa. Mas ele não desistiu. Fundou a Congregação religiosa da Pequena Casa da Divina Providência e as Damas da Caridade ou Cotolenguinas, com a finalidade de servir os pequeninos, os deficientes e os doentes. Os fundos deveriam vir apenas das doações e da ajuda das pessoas simples. Padre José Benedito Cotolengo tinha como lema "caridade e confiança": fazer todo o bem possível e confiar sempre em Deus. Comprou uma hospedaria abandonada na periferia da cidade e reabriu-a com o nome de "Pequena Casa da Divina Providência".
Diante do Santíssimo Sacramento, padre José Benedito e todos os leigos e religiosos, que se uniram a ele nessa experiência de Deus, buscavam forças para bem servir os doentes desamparados, pois, como ele mesmo dizia: "Se soubesses quem são os pobres, vós os servirias de joelhos!". Morreu de fadiga, no dia 30 de abril de 1842, com cinqüenta e seis anos.
A primeira casa passou a receber todos os tipos de renegados: portadores de doenças contagiosas, físicas e psíquicas, em estado terminal ou não. Ainda hoje abriga quase vinte mil pessoas, servidas por cerca de oitocentas irmãs religiosas e voluntárias. A congregação pode ser encontrada nos cinco continentes, e continua como a primeira: sem receber ajuda do Estado ou de qualquer outra instituição. O padre José Benedito Cotolengo foi canonizado por Pio XI em 1934, e sua festa litúrgica ocorre no dia 30 de abril.

domingo, 29 de abril de 2012

Santos do Dia 29

29 de abril

Santa Catarina de Sena
Catarina era apenas uma irmã leiga da Ordem Terceira Dominicana. Mesmo analfabeta, talvez tenha sido a figura feminina mais impressionante do cristianismo do segundo milênio. Nasceu em 25 de março de 1347, em Sena, na Itália. Seus pais eram muito pobres e ela era uma dos vinte e cinco filhos do casal. Fica fácil imaginar a infância conturbada que Catarina teve. Além de não poder estudar, cresceu franzina, fraca e viveu sempre doente. Mas, mesmo que não fosse assim tão debilitada, certamente a sua missão apostólica a teria fragilizado. Carregava no corpo os estigmas da Paixão de Cristo.
Desejando seguir o caminho da perfeição, aos sete anos de idade consagrou sua virgindade a Deus. Tinha visões durante as orações contemplativas e fazia rigorosas penitências, mesmo contra a oposição familiar. Aos quinze anos, Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. Durante as orações contemplativas, envolvia-se em êxtase, de tal forma que só esse fato possibilitou que convertesse centenas de almas durante a juventude. Já adulta e atuante, começou por ditar cartas ao povo, orientando suas atitudes, convocando para a caridade, o entendimento e a paz. Foi então que enfrentou a primeira dificuldade que muitos achariam impossível de ser vencida: o cisma católico.
Dois papas disputavam o trono de Pedro, dividindo a Igreja e fazendo sofrer a população católica em todo o mundo. Ela viajou por toda a Itália e outros países, ditou cartas a reis, príncipes e governantes católicos, cardeais e bispos, e conseguiu que o papa legítimo, Urbano VI, retomasse sua posição e voltasse para Roma. Fazia setenta anos que o papado estava em Avignon e não em Roma, e a Cúria sofria influências francesas.
Outra dificuldade, intransponível para muitos, que enfrentou serenamente e com firmeza, foi a peste, que matou pelo menos um terço da população européia. Ela tanto lutou pelos doentes, tantos curou com as próprias mãos e orações, que converteu mais algumas centenas de pagãos. Suas atitudes não deixaram de causar perplexidade em seus contemporâneos. Estava à frente, muitos séculos, dos padrões de sua época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou inexistente.
Em meio a tudo isso, deixou obras literárias ditadas e editadas de alto valor histórico, místico e religioso, como o livro "Diálogo sobre a Divina Providência", lido, estudado e respeitado até hoje. Catarina de Sena morreu no dia 29 de abril de 1380, após sofrer um derrame aos trinta e três anos de idade. Sua cabeça está em Sena, onde se mantém sua casa, e seu corpo está em Roma, na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva. Foi declarada "doutora da Igreja" pelo papa Paulo VI em 1970.

sábado, 28 de abril de 2012

Santos do Dia 28

28 de abril

      São Pedro Chanel
Pedro nasceu no dia 12 de julho de 1803, na pequena Cuet, França. Levado pelas mãos do zeloso pároco, iniciou os estudos no seminário local e, em 1824, foi para o de Bourg, onde três anos depois se ordenou sacerdote.
Desde jovem, queria ser missionário evangelizador, mas primeiro teve de trabalhar como pároco de Amberieu e Gex, pois havia carência de padres em sua pátria. Juntou-se a outros padres que tinham a mesma vocação e trabalhavam sob uma nova congregação, a dos maristas, dos quais foi um dos primeiros membros, e logo conseguiu embarcar para a Oceania, em 1827, na companhia de um irmão leigo, Nicézio.
Foi um trabalho lento e paciente. Os costumes eram muito diferentes, a cultura tão antagônica à do Ocidente, que primeiro ele teve de entender o povo para depois pregar a palavra de Cristo. Porém, assim que iniciou a evangelização, muitos jovens passaram a procurá-lo. O trabalho foi se expandindo e, logo, grande parte da população havia se convertido.
Ao perceber que vários membros de sua família haviam aderido ao cristianismo, Musumuso, o genro do cacique, matou Pedro Chanel a bordoadas de tacape. Era o dia 28 de abril de 1841.
Foi o fim da vida terrestre para o marista, entretanto a semente que plantara, Musumuso não poderia matar. Quando o missionário Pedro Chanel desembarcou na minúscula ilha de Futuna, um fragmento das ilhas Fiji entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, não se pode dizer que o lugar fosse um paraíso.
A pequena ilha é dividida em duas por uma montanha central, e cada lado era habitado por uma tribo, que vivia em guerra permanente, uma contra a outra. Hoje o local é, sim, um paraíso para os milhares de turistas que a visitam anualmente e para a população, que é totalmente católica e vive na paz no Senhor.
E se hoje é assim, muito se deve à semente plantada pelo trabalho de Pedro Chanel, que por esse ideal deu seu testemunho de fé. O novo mártir cristão foi beatificado em 1889 e inscrito no Martirológio Romano em 1954, sendo declarado padroeiro da Oceania.

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        São Luís Maria 
  Grignion de Montfort
Luís Maria Grignion nasceu em Montfort, França, em 1673. Descendente de uma família cristã bem situada, recebeu uma excelente instrução e educação. Ainda menino, decidiu seguir o caminho da fé e vestiu o hábito de sacerdote em 1700.
Seu maior desejo era ser um missionário no Canadá, mas acabou sendo enviado a Poitiers, ali mesmo na França. Logo ficou famoso devido à sua preparação doutrinal e o discurso fácil e atraente. Todos queriam ouvir suas palavras, mas sua caridade era outra: cuidar de pacientes com doenças repugnantes.
A idéia de ser missionário não o abandonava. Mesmo contrariando seu superior, foi pedir permissão diretamente ao papa. Para tanto, fez uma viagem a pé, ida e volta, de Poitiers a Roma. Entretanto, o papa Clemente XI disse-lhe que havia urgência, naquele momento, em pregar aos franceses, que viviam sob o conflito entre Roma e a doutrina jansenista, uma nova heresia.
Luís Maria obedeceu e passou a pregar nas cidades e no meio rural e, quando necessário, confrontava os doutores jansenistas com discurso igualmente douto, munido de sua autoridade teológica. Ainda assim, sua linguagem era extremamente acessível aos mais humildes, adaptado ao seu cotidiano, à sensibilidade popular, combinada com o exemplo de uma conduta coerente e cristã. Usava de um discurso fraterno, convidando o povo a adorar e confiar num Jesus amigo, em vez de temê-lo como um rígido juiz. Outra característica muito importante de sua pregação era a devoção extremada a Maria Santíssima.

Embora a Igreja daquele tempo estivesse questionando certos aspectos do culto mariano, ele pregava a veneração sem excessos, firme e constante a Maria, a Mãe de Deus. Por meio dela é que Jesus fez o seu primeiro milagre nas bodas de Caná. Esse argumento, de fato, sempre esteve muito presente em todos os seus escritos e exortações, como o tratado da "Verdadeira devoção à Santa Virgem", e todos eles relacionados com a prática do Rosário. Seus textos foram publicados em 1842 e tornaram-se os fundamentos da piedade mariana. Em meados de 1712, Luís Maria de Montfort elaborou as Regras e fundou uma nova ordem masculina: a dos Missionários da Companhia de Maria.
Esses religiosos, chamados habitualmente de montfortianos, estenderam, aos poucos, as suas atividades pela Europa, América e África. Contudo seu fundador acompanhou apenas o seu início, porque morreu no dia 28 de abril de 1716, poucos anos depois de sua aprovação. Em 1947, o papa Pio XII proclamou-o santo.
                  •  
   Santa Joana (Gianna)
         Baretta Molla
Na família italiana dos Baretta de Milão, os treze filhos foram reduzidos a oito pela epidemia da gripe espanhola e por duas mortes ocorridas na primeira infância. Desses oito, saíram uma pianista, dois engenheiros, quatro médicos e uma farmacêutica. Um dos engenheiros, José, depois se fez sacerdote, e dois médicos fizeram-se religiosos missionários: madre Virgínia e padre Alberto.
Gianna Baretta, para nós Joana, a penúltima dos oito, nasceu no dia 4 de outubro de 1922 na cidade de Magenta, onde cresceu e se formou médica cirurgiã, com especialização em pediatria, concluída 1952. Porém preferiu exercer clínica geral, atendendo especialmente os velhos abandonados e carentes. Para ela, tudo era dever, tudo era sagrado: "Quem toca o corpo de um paciente, toca o corpo de Cristo", dizia.
Em 1955, ela se casa com Pedro Molla. O casal vive na tradição religiosa familiar: missa, oração e eucaristia, inserida com harmonia na Modernidade. Joana ama esquiar na neve, pintar e a música também. Ela freqüenta o teatro e os concertos com o marido, importante diretor industrial, sempre muito ocupado.
Residem em Magenta mesmo, onde Joana participa ativamente também da vida local da Associação Católica Feminina. Os retiros espirituais são momentos de forte interiorização e ela é a verdadeira colaboradora dessas novidades felizes da comunidade católica. Vive essa atribuição como sua missão de médica.
Nascem os filhos: Pedro Luiz , Maria Rita e Laura . No mês de setembro de 1961, no início da quarta gravidez, é hospitalizada e então é descoberto um fibroma no útero. Diante da gravidade, sempre mais evidente, do caso, a única perspectiva de sobreviver é renunciar à gravidez, para não deixar órfãos os três filhos. Mas Joana possui valores cristãos firmemente consolidados e coloca em primeiro lugar o direito à vida. E assim decide, com o preço da sua vida, ter o bebê.
Joana Emanuela nasce e sua mãe ainda a segura nos braços antes de morrer, no dia 28 de abril de 1962. Uma morte que é uma mensagem iluminada do amor em Cristo.
Após sua morte, o marido lê as anotações pessoais de Joana que antecediam os retiros espirituais, e descobre sua conexão indissolúvel com o amor, o sacrifício e a fé inabalável.
Ao proclamar santa Joana Baretta Molla, em 2004, o papa João Paulo II quis exaltar, juntamente com seu heroísmo final, a sua existência inteira, os ensinamentos de toda uma vida no seguimento de Jesus, exemplo para os casais modernos.
Joana Emanuela, a filha nascida do seu sacrifício, em pronunciamento nessa ocasião, disse: "Sinto em mim a força e a coragem de viver, sinto que a vida me sorri". Ela ainda disse que rende homenagem à mãe "dedicando a minha vida à cura e assistência aos anciãos".

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Oração à Tiago Alberione

Senhor, glorificai na vossa Igreja o bem-aventurado Tiago Alberione.
Que ele seja para nós exemplo e intercessor no caminho
de nossa santificação e de nosso apostolado.
Ajudai-nos em nosso trabalho de evangelização,
a fim de que a presença de Jesus Mestre,
se irradie no mundo por meio de Maria, Mãe e Rainha dos Apóstolos.
Concedei-me a graças que agora vos peço...

Pai-nosso. Ave Maria, Glória ao Pai...

Santos do Dia 27

27 de abril

      Tiago Alberione
Padre Tiago Alberione, Fundador da Família Paulina, foi um dos mais carismáticos apóstolos do século XX. Nasceu em San Lorenzo di Fossano (Cuneo, Itália), no dia 4 de abril de 1884. Recebeu o batismo já no dia seguinte. A família Alberione, constituída por Miguel e Teresa Allocco e por seis filhos, era do meio rural, profundamente cristã e trabalhadora.
O pequeno Tiago, o quarto filho, desde cedo passa pela experiência do chamado de Deus: na primeira série do ensino primário, quando a professora Rosa perguntou o que seria quando se tornasse adulto, ele respondeu: Vou tornar-me padre! Os anos da infância se encaminham nessa direção.
Com 16 anos, Tiago foi recebido no Seminário de Alba. Desde logo se encontrou com aquele que para ele foi pai, guia, amigo e conselheiro por 46 anos: o cônego Francisco Chiesa.
No final do Ano Santo de 1900, já estimulado pela encíclica de Leão XIII Tametsi futura (Ainda que se trate de coisas futuras), Tiago viveu a experiência decisiva de sua existência. Na noite de 31 de dezembro de 1900, noite que dividiu os dois séculos, pôs-se a rezar por quatro horas diante do Santíssimo Sacramento e, na luz de Deus, projeta o seu futuro. Uma "luz especial" veio ao seu encontro, desprendendo-se da Hóstia e a partir daquele momento ele se sentiu "profundamente comprometido a fazer alguma coisa para o Senhor e para as pessoas do novo século": "o compromisso de servir à Igreja", valendo-se dos novos meios colocados à disposição pelo progresso.
No dia 29 de junho de 1907 foi ordenado sacerdote. Como passo seguinte, uma breve, mas significativa experiência pastoral em Narzole (Cuneo), na qualidade de vice-pároco. Lá encontrou o bem jovem José Giaccardo, que para ele será o que foi Timóteo para o Apóstolo Paulo. Ainda em Narzole, Padre Alberione amadureceu sua reflexão sobre o que pode fazer a mulher incluída no apostolado.
No Seminário de Alba desempenhou o papel de Diretor Espiritual dos seminaristas maiores (filósofos e teólogos) e menores (estudantes do ensino médio), e foi professor de diversas disciplinas. Dispôs-se a pregar, a catequizar, a dar conferências nas paróquias da diocese. Dedicou também bastante tempo ao estudo da realidade da sociedade civil e eclesial do seu tempo e às novas necessidades que se projetavam.
Concluiu que o Senhor o convocava para uma nova missão: pregar o Evangelho a todos os povos, segundo o espírito do Apóstolo Paulo, usando os modernos meios da comunicação. Justificam essa direção os seus dois livros: Apontamentos de teologia pastoral (1912) e A mulher associada ao zelo sacerdotal (1911-1915).
Essa missão, para ser desenvolvida com carisma e continuidade, devia ser assumida por pessoas consagradas, considerando-se que "as obras de Deus se edificam por meio das pessoas que são de Deus". Desse modo, no dia 20 de agosto de 1914, quando, em Roma morria o sumo pontífice, Pio X, em Alba, o Padre Alberione dava início à "Família Paulina" com a fundação da Pia Sociedade São Paulo. O começo foi marcado pela extrema pobreza, em conformidade com a pedagogia divina: "inicia-se sempre no presépio".
A família humana - na qual o Padre Alberione se inspira - é constituída por irmãos e irmãs. A primeira mulher a seguir o Padre Alberione foi uma jovem de vinte anos, de Castagnito (Cuneo): Teresa Merlo. Com o apoio dela, Alberione deu início à congregação das Filhas de São Paulo (1915) - Irmãs Paulinas. Pouco a pouco, a "Família" cresceu, as vocações masculinas e femininas aumentaram, o apostolado tomou seu curso e assumiu sua forma.
Em 1918 (dezembro) registrou-se o primeiro envio das "filhas" para Susa: iniciou-se uma história muito corajosa de fé e de empreendimento, que gerou também um estilo característico, denominado (estilo) "paulino".
Em 1923, quando o Padre Alberione adoeceu gravemente e o diagnóstico médico não sugeriu um quadro de esperanças, o Fundador, milagrosamente, retomou o caminho com saúde e afirmou: "Foi São Paulo quem me curou". A partir daquele período apareceu nas capelas paulinas a inscrição que em sonho ou em revelação o Divino Mestre Jesus Cristo dirigiu ao Fundador: Não temam - Eu estou com vocês - Daqui quero iluminar - Arrependam-se dos pecados.
Em 1924, veio à luz a segunda congregação feminina: as Pias Discípulas do Divino Mestre, para o apostolado eucarístico, sacerdotal e litúrgico. Para orientá-las na nova vocação, Padre Alberione chamou a jovem Úrsula - Irmã M. Escolástica Rivata.
Ao mesmo tempo cresceu o edifício espiritual: o Fundador inculcou o espírito de dedicação por meio de "devoções" de grande expressão apostólica: a Jesus Mestre e Pastor "Verdade, Caminho e Vida"; a Maria Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos; a São Paulo apóstolo. Foi exatamente a referência ao Apóstolo que caracterizou na Igreja as novas instituições como "Família Paulina". A meta a que o Fundador queria que fosse assumida como desafio primordial, é a conformidade plena com Cristo: abraçar por inteiro o Cristo Verdade Caminho e Vida em toda a pessoa, mente, vontade, coração e forças físicas. Diretriz sintetizada em um pequeno volume: Donec formetur Christus in vobis (1932).
Em outubro de 1938, Padre Alberione fundou a terceira congregação feminina: as Irmãs de Jesus Bom Pastor ou "Pastorinhas", que se dedicam ao apostolado pastoral destinado a auxiliar os Pastores.
O empenho do Fundador foi sempre o mesmo: queria que todos entendessem que "o primeiro cuidado da Família Paulina deve ser a santidade de vida, o segundo a pureza de doutrina". Sob essa luz devia ser entendido o seu projeto de uma enciclopédia sobre Jesus Mestre (1959).
O pequeno volume Abundantes divitiae gratiae suae (As abundantes riquezas da sua graça), é considerado como a "história carismática da Família Paulina".
A Família que foi se completando em 1954, com a fundação da quarta congregação feminina, o Instituto Rainha dos Apóstolos para as Vocações (Irmãs Apostolinas) e, em 1960, dos Institutos de vida secular consagrada: São Gabriel Arcanjo, Nossa Senhora da Anunciação, Jesus Sacerdote e Sagrada Família. Dez Instituições (inclusive os Cooperadores Paulinos) unidas entre si pelo mesmo ideal de santidade e de apostolado: viver e anunciar Jesus Cristo Caminho, Verdade e Vida.
Nos anos de 1962-1965, o Padre Alberione foi protagonista silencioso, mas atento do Concílio Vaticano II, de cujas sessões ele participou, diariamente.
Padre Alberione viveu 87 anos.
No dia 26 de novembro de 1971 deixou a terra para assumir o seu lugar na Casa do Pai. As suas últimas horas tiveram o conforto da visita e da bênção do papa Paulo VI, que jamais ocultou a sua admiração e veneração pelo Padre Alberione. Foi comovente o testemunho que deu na Audiência concedida à Família Paulina em 28 de junho de 1969 (o Fundador tinha 85 anos). Disse o papa Paulo VI:
«Aí está ele: humilde, silencioso, incansável, sempre vigilante, sempre entretido com os seus pensamentos, que se mobilizam entre a oração e a ação, sempre atento para perscrutar os "sinais dos tempos".
Em 25 de junho de 1996 o papa João Paulo II assinou o Decreto por meio do qual eram reconhecidas as virtudes heróicas de Alberione.  Foi beatificado por João Paulo II, no dia 27 de Abril de 2003, na Praça de S. Pedro, em Roma.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Santos do Dia 26

26 de abril

        Santo Anacleto
Eis uma curiosidade com relação ao santo venerado nesta data: seus dados biográficos se embaralharam ao serem transcritos século após século.
Papa Anacleto teve sua vida contada como se ele "fosse dois": papa Anacleto e papa Cleto, comemorados em datas diferentes, 26 de abril e 13 de julho.
O engano, que passou também pelo cuidadoso Barônio, parece ter sido de um copista, que teria visto abreviado em alguma lista dos papas o nome de Anacleto por Cleto e julgou que deveria colocar novamente o nome apagado de Anacleto sem excluir a abreviação. Após a revisão dos anos 1960, como conseqüência dos estudos de Duchesne, verificou-se que se tratavam da mesma pessoa e a data de julho foi eliminada.
Ele foi o segundo sucessor de são Pedro e foi o terceiro papa da Igreja de Roma, governou entre os anos 76 e 88. Anacleto nasceu em Roma e, durante o seu pontificado, o imperador Domiciano desencadeou a segunda perseguição contra os cristãos.
Ele mandou construir uma memória, isto é, um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir no ano 88 e foi sepultado ao lado de são Pedro.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Audiência Papal do Dia 25

25 de Abril de 2012


Praça de São Pedro

Queridos irmãos e irmãs,A Igreja, desde o início, se deparou com situações imprevistas, às quais procurou dar resposta à luz da fé, guiada pelo Espírito Santo. Assim, com o crescimento do número dos discípulos, os fiéis de língua grega começaram a queixar-se que as suas viúvas estavam sendo deixadas de lado. Os Apóstolos, embora cientes de que a prioridade da sua missão era o anúncio da Palavra de Deus, todavia não ignoravam a necessidade de dar assistência aos fracos, pobres e indefesos, segundo o mandato de Jesus: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Por isso, foram escolhidos sete homens de boa fama para o serviço da caridade, ao passo que os Apóstolos se dedicariam inteiramente à oração e ao serviço da Palavra. Este exemplo nos ensina que, no meio das atividades de cada dia, não devemos perder de vista a prioridade da nossa relação com Deus na oração. Num mundo acostumado a avaliar tudo segundo os critérios da produtividade e eficiência, é importante lembrar que, sem a oração, a nossa atividade se esvazia, convertendo-se em puro ativismo, que nos deixa insatisfeitos. A oração deve ser para nós como que a respiração da alma e da vida.

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Inscrições para a Jornada Mundial da Juventude Rio 201


Esta semana a página oficial da Jornada Mundial da Juventude 2013, que será realizada na cidade do Rio de Janeiro, informou que as inscrições para o evento terão início no mês de julho deste ano, um ano antes da Jornada, exclusivamente através do portal oficial www.rio2013.com disponível em português e outros idiomas.
Segundo o Setor de comunicações da próxima JMJ, o Rio já está se organizando para receber os milhares de peregrinos de todas as partes do mundo que desejam participar “deste sonho do coração de Deus”.
Segundo a Irmã M. Shaiane Machado, diretora do Setor de Inscrições, “todo peregrino que vem a jornada precisa fazer sua inscrição. O Setor de Inscrições é a porta de entrada à JMJ Rio 2013, é a partir dele que a JMJ acolhe a todos e dá as boas vindas”.
Os jovens farão sua inscrição em grupos, tendo no máximo 50 peregrinos. Os grupos com um número superior a esta cifra deverão dividir-se em grupos de até 50 pessoas e no momento da inscrição, fazer a vinculação entre eles.
Os valores e as datas exatas para as inscrições ainda não foram definidos. Os pacotes para os peregrinos deverão ser semelhantes aos das jornadas anteriores, com variações de preços para as alternativas que podem incluir: kit peregrino, alimentação, hospedagem e transporte.

“O Rio espera você de braços abertos. Venha participar desse grande evento e mostrar a força da juventude de todo o mundo!”.

Santos do Dia 25

25 de abril

           São Marcos
O evangelho de são Marcos é o mais curto se comparado aos demais, mas traz uma visão toda especial, de quem conviveu e acompanhou a paixão de Jesus quando era ainda criança. 
Ele pregou quando seus apóstolos se espalhavam pelo mundo, transmitindo para o papel, principalmente, as pregações de são Pedro, embora tenha sido também assistente de são Paulo e são Barnabé, de quem era sobrinho. 
Marcos, ou João Marcos, era judeu, da tribo de Levi, filho de Maria de Jerusalém, e, segundo os historiadores, teria sido batizado pelo próprio são Pedro, fazendo parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém. Ainda menino, viu sua casa tornar-se um ponto de encontro e reunião dos apóstolos e cristãos primitivos. Foi na sua casa, aliás, que Cristo celebrou a última ceia, quando instituiu a eucaristia, e foi nela, também, que os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após a ressurreição. 
Mais tarde, Marcos acompanhou são Pedro a Roma, quando o jovem começou, então, a preparar o segundo evangelho. Nessa piedosa cidade, prestou serviço também a são Paulo, em sua primeira prisão. Tanto que, quando foi preso pela segunda vez, Paulo escreveu a Timóteo e pediu que este trouxesse seu colaborador, no caso, Marcos, a Roma, para ajudá-lo no apostolado. 
Ele escreveu o Evangelho a pedido dos fiéis romanos e segundo os ensinamentos que possuía de são Pedro, em pessoa. O qual, além de aprová-lo, ordenou sua leitura nas igrejas. 
Seu relato começa pela missão de João Batista, cuja "voz clama no deserto". Daí ser representado com um leão aos seus pés, porque o leão, um dos animais símbolos da visão do profeta Ezequiel, faz estremecer o deserto com seus rugidos. 
Levando seu Evangelho, partiu para sua missão apostólica. Diz a tradição que são Marcos, depois da morte de são Pedro e são Paulo, ainda viajou para pregar no Chipre, na Ásia Menor e no Egito, especialmente na Alexandria, onde fundou uma das igrejas que mais floresceram. 
Ainda segundo a tradição, ele foi martirizado no dia da Páscoa, enquanto celebrava o santo sacrifício da missa. Mais tarde, as suas relíquias foram trasladadas pelos mercadores italianos para Veneza, cidade que é sua guardiã e que tomou são Marcos como padroeiro desde o ano 828.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Santos do Dia 24

24 de abril

        São Fidelis de 
        Sigmaringen
Ele nasceu numa família de nobres em 1577, na cidade de Sigmaringen, na Alemanha, e foi batizado com o nome de Marcos Reyd. Na Universidade de Friburgo, na Suíça, estudou filosofia, direito civil e canônico, onde se formou professor e advogado em 1601. 
Durante alguns anos, exerceu a profissão de advogado em Colmar, na Alsácia, recebendo o apelido de "advogado dos pobres", porque não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não tinham dinheiro para lhe pagar. 
Até os trinta e quatro anos, não tinha ainda encontrado seu caminho definitivo, até que, em 1612, abandonou tudo e se tornou sacerdote. Ingressou na Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos de Friburgo, vestindo o hábito e tomando o nome de Fidelis. Escreveu muito, e esses numerosos registros o fizeram um dos mestres da espiritualidade franciscana. 
Como era intelectual atuante, acabou assumindo missões importantes em favor da Igreja e, a mando pessoal do papa Gregório XV, foi enviado à Suíça, a fim de combater a heresia calvinista. Acusado de espionagem a serviço do imperador austríaco, os calvinistas tramaram a sua morte, que ocorreu após uma missa em Grusch, na qual pronunciara um fervoroso sermão pela disciplina e obediência dos cristãos à Santa Sé. 
Em suas anotações, foi encontrado um bilhete escrito dez dias antes de sua morte, dizendo que sabia que seria assassinado, mas que morreria com alegria por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. 
Quando foi ferido, por um golpe de espada, pelos inimigos, pôs-se de joelhos, perdoou os seus assassinos e, rezando, abençoou a todos antes de morrer, no dia 24 de abril de 1622. 
O papa Bento XIV canonizou são Fidelis de Sigmaringen em 1724.

      São Bento Menni
Ângelo Hércules Menni nasceu no dia 11 de março de 1841, em Milão, na Itália, sendo o quinto dos quinze irmãos. A família do casal de negociantes Luiz e Luiza era de cristãos fervorosos, onde se rezava o Rosário todas as noites, se praticava a caridade e todos os sacramentos.
Foi esse ambiente familiar, somado a quatro episódios, que fizeram o jovem Ângelo optar por tornar-se um sacerdote. Foram eles: a oração diária diante de um quadro de Maria, a Santíssima Mãe de Jesus; alguns exercícios espirituais aos dezessete anos de idade; os conselhos de um eremita de sua cidade natal; e o exemplo dos irmãos de São João de Deus tratando os soldados que chegavam à estação de Milão, feridos na batalha de Magenta, serviço que ele próprio praticou.
Aos dezenove anos de idade, entrou na Ordem Hospitaleira de São João de Deus, trocando o nome de batismo pelo de Bento. Iniciou os estudos filosóficos e teológicos no Seminário de Lodi e depois foi concluí-los no Colégio Romano, atual Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado sacerdote em 1866.
Nessa ocasião, o papa Pio IX confiou-lhe a difícil missão de restaurar a Ordem Hospitaleira na Espanha; aliás, a escolha não poderia ter sido mais feliz. Este jovem religioso, que tinha apenas vinte e cinco anos, chegou em Barcelona em 1867. Ali começou a restauração da Ordem, que tinha sido suprimida pelo liberalismo, tanto na Espanha como em Portugal. Depois de dar nova vida à Ordem na Espanha, continuou com a sua restauração em Portugal e no México, já no princípio do século XX.
Bento foi um homem de generosidade e caridade inesgotáveis e de excepcionais predicados de comando e administração. Em 31 de maio de 1881, juntamente com duas religiosas, fundou a Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, especializada na assistência aos doentes psiquiátricos.
Estava em Paris quanto adoeceu, vindo a falecer no dia 24 de abril de 1914, na cidade de Dinan. As suas relíquias mortais estão guardadas na capela da Casa-mãe de Ciempozuelos, em Madri, Espanha.
Em 1985, o papa João Paulo II declarou-o beato, e, em 1999, o mesmo pontífice canonizou são Bento Menni, proclamando-o "profeta da hospitalidade".

Maria Isabel Hesselblad
Maria Isabel Hesselblad nasceu no dia 4 de junho de 1870, na cidade de Faglavik, na Suécia. Foi a quinta dos treze filhos do casal Augusto Roberto e Caisa, uma família luterana muito pobre. Desde a sua adolescência, ao ver suas amigas freqüentando diversas igrejas, questionava-se qual seria o único rebanho a que se referia o evangelho de São João.
Para ajudar a manter sua família, aos dezesseis anos de idade trabalhava como doméstica e, dois anos depois, emigrou para os Estados Unidos, onde adoeceu. Nessa ocasião, fez uma promessa a Jesus: caso ficasse curada, tornar-se-ia enfermeira. E de fato assim aconteceu, passando a trabalhar como enfermeira num hospital de Nova Iorque. O contato com os doentes católicos e o grande desejo de encontrar a verdade mantiveram viva na sua alma a busca do rebanho de Cristo.
A oração, o estudo e a devoção filial para com a Virgem Maria, o exemplo visto no hospital católico e a influência decisiva do padre jesuíta João Hagen, do convento da Visitação, de Washington, que se tornou seu diretor espiritual, fazendo-a estudar com paixão a doutrina cristã, levaram-na a abraçar o catolicismo. Assim, por opção, foi batizada "sob condição", nesse mesmo convento, no dia 15 de agosto de 1902.
Dois anos depois, foi para Roma, onde recebeu a confirmação e ali, com muita clareza, compreendeu que sua missão seria trabalhar pela unidade dos cristãos. Sentiu que o caminho seria pela Ordem de Santa Brígida da Suécia, Casa que visitou e de onde saiu profundamente impressionada. Lá, enquanto rezava, sentiu que Deus lhe dizia: "É aqui que desejo que te ponhas ao meu serviço".
No dia 25 de março de 1904, estabeleceu-se definitivamente em Roma e, com uma especial permissão do papa Pio X, vestiu o hábito brigidino na Casa de Santa Brígida, então ocupada pelas carmelitas. No dia 9 de setembro de 1911, começando com três jovens postulantes inglesas, restabeleceu a Ordem do Santíssimo Salvador e de Santa Brígida, com a missão de orar e trabalhar, de modo especial, pela união dos cristãos na Escandinávia com a Igreja católica. Desde o início, incutiu nas suas filhas espirituais a necessidade da união dos cristãos, o amor à Igreja e ao papa romano, a necessidade de orar para que haja um único rebanho e um só pastor. Restabeleceu a Casa de Santa Brígida na Suécia em 1923, na Itália em 1931 e a expandiu para a Índia em 1937.
Viveu como pioneira do diálogo ecumênico até o dia 24 de abril de 1957, quando morreu após uma longa vida, marcada pelo sofrimento e pela doença. O papa João Paulo II beatificou-a em 2000, em Roma.

    Santa Maria Eufrásia
             Pelletier
Batizada com o nome de Rosa Virginia Pelletier, ela nasceu na ilha de Noirmontier, região da Vandea, França, no dia 31 de julho de 1796. Cresceu onde foi o centro da Revolução Francesa, sendo educada pelas ursulinas de Chavanhe e, depois, freqüentou o Instituto da Associação Cristã de Tours.
Aos dezesseis anos, entrou no mosteiro de Tours, na Ordem de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, fundada, em 1641, por são João Eudes, destinada à reabilitação das jovens e das mulheres em perigo moral e para a reeducação cristã de todas que lá pediam abrigo e proteção.
Em 1817, fez os votos de profissão de fé e tomou o nome de Maria de Santa Eufrásia e, aos vinte e nove anos, foi nomeada superiora desse mosteiro. Ali fundou a Obra das "Madalenas", onde as moças que voltavam para o caminho correto podiam aderir à vida religiosa, nos moldes das carmelitas, seguindo relativamente o Regulamento, vestindo o hábito e tendo uma ala própria no mosteiro.
Em 1829, fundou, em Angers, um novo Refúgio, nome usado pelas carmelitas para designar uma Casa da sua ordem, do qual se tornou superiora depois de dois anos. Dessa forma, deu um grande impulso para a continuação do trabalho de redenção das moças no desvio da vida. Assim, a Casa de Angers tornou-se a Casa-mãe de uma organização paralela à ordem de Nossa Senhora da Caridade, submetida a essa ordem, mas com mosteiros com autonomia separada.
Estava fundada a Ordem de Nossa Senhora do Bom Pastor, da qual se tornou a superiora geral até o fim da vida. Ela encontrou muitas resistências, porém, em 1835, o papa Gregório XVI, que concordava com ela, aprovou a nova ordem.
A sua obra foi tão vigorosa que Maria Eufrásia fundou mais Casas do que todos os fundadores de ordens da Igreja. Foram 111 entre 1829 e 1868, ano em que morreu, vitimada por um tumor que lhe causou muito sofrimento, no dia 24 de abril.
Foi beatificada em 1933 e canonizada sete anos depois. Uma estátua de santa Maria Eufrásia Pelletier foi colocada na basílica de São Pedro, no Vaticano, com muita justiça entre os grandes fundadores de ordens da Igreja. Sua festa é realizada no dia de sua morte.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Santos do Dia 23

23 de abril

           São Jorge
A existência do popularíssimo são Jorge, por vezes, foi colocada em dúvida. Talvez porque sua história sempre tenha sido mistura entre as tradições cristãs e lendas, difundidas pelos próprios fiéis espalhados entre os quatro cantos do planeta.
Contudo encontramos na Palestina os registros oficiais de seu testemunho de fé. O seu túmulo está situado na cidade de Lida, próxima de Tel Aviv, Israel, onde foi decapitado no século IV, e é local de peregrinação desde essa época, não sendo interrompida nem mesmo durante o período das cruzadas. Ele foi escolhido como o padroeiro de Gênova, de várias cidades da Espanha, Portugal, Lituânia e Inglaterra e um sem número de localidades no mundo todo. Até hoje, possui muitos devotos fervorosos em todos os países católicos, inclusive no Brasil.
A sua imagem de jovem guerreiro, montado no cavalo branco e enfrentando um terrível dragão, obviamente reporta às várias lendas que narram esse feito extraordinário. A maioria delas diz que uma pequena cidade era atacada periodicamente pelo animal, que habitava um lago próximo e fazia dezenas de vítimas com seu hálito de fogo. Para que a população inteira não fosse destruída pelo dragão, a cidade lhe oferecia vítimas jovens, sorteadas a cada ataque.
Certo dia, chegou a vez da filha do rei, que foi levada pelo soberano em prantos à margem do lago. De repente, apareceu o jovem guerreiro e matou o dragão, salvando a princesa. Ou melhor, não o matou, mas o transformou em dócil cordeirinho, que foi levado pela jovem numa corrente para dentro da cidade. Ali, o valoroso herói informou que vinha da Capadócia, chamava-se Jorge e acabara com o mal em nome de Jesus Cristo, levando a comunidade inteira à conversão.
De fato, o que se sabe é que o soldado Jorge foi denunciado como cristão, preso, julgado e condenado à morte. Entretanto o momento do martírio também é cercado de muitas tradições. Conta a voz popular que ele foi cruelmente torturado, mas não sentiu dor. Foi então enterrado vivo, mas nada sofreu. Ainda teve de caminhar descalço sobre brasas, depois jogado e arrastado sobre elas, e mesmo assim nenhuma lesão danificou seu corpo, sendo então decapitado pelos assustados torturadores. Jorge teria levado centenas de pessoas à conversão pela resistência ao sofrimento e à morte. Até mesmo a mulher do então imperador romano.
São Jorge virou um símbolo de força e fé no enfrentamento do mal através dos tempos e principalmente nos dias atuais, onde a violência impera em todas as situações de nossas vidas. Seu rito litúrgico é oficializado pela Igreja católica e nunca esteve suspenso, como erroneamente chegou a ser divulgado nos anos 1960, quando sua celebração passou a ser facultativa. A festa acontece no dia 23 de abril, tanto no Ocidente como no Oriente.

domingo, 22 de abril de 2012

Santo do Dia 22

22 de abril

             São Caio
No livro dos papas da Igreja, encontramos registrado que o papa Caio nasceu na Dalmácia, atual território da Bósnia, de família cristã da nobreza romana, ligada por parentesco ao imperador Diocleciano, irmão do padre Gabino e tio de Suzana, ambos canonizados.
Caio foi eleito no dia 17 de dezembro de 283. Governou a Igreja durante treze anos, num período de longa trégua nas perseguições anticristãs, que já vinham sendo bem atenuadas. Também ocorria uma maior abertura na obtenção de concessões para as construções de novas igrejas, bem como para as ampliações dos cemitérios cristãos. Ele contou com a ajuda de seu irmão, padre Gabino, e da sobrinha Suzana, que se havia consagrado a Cristo.
Antes de ser escolhido papa, os dois irmãos sacerdotes tinham transformado em igreja a casa em que residiam. Lá, ouviam os aflitos, pecadores; auxiliavam os pobres e doentes; celebravam as missas, distribuíam a eucaristia e ministravam os sacramentos do batismo e do matrimônio. Isso porque a Igreja não tinha direito à propriedade, pois não era reconhecida pelo Império.
O grande contratempo enfrentado pelo papa Caio deu-se no âmbito interno do próprio clero, devido à crescente multiplicação de heresias, criando uma grande confusão aos devotos cristãos. A última, pela ordem cronológica, na época, foi a de "Mitra". Esta heresia era do tipo maniqueísta, de origem asiática, pela qual Deus assumia em si a contraposição celeste da luz e da treva. Tal heresia e outras ele baniu por completo, criando harmonia entre os cristãos.
Conforme antigos escritos da Igreja, apesar do parentesco com o imperador o papa se recusou a ajudar Diocleciano, que pretendia receber a sobrinha dele como sua futura nora Segundo se verificou nos antigos escritos, esse teria sido o motivo da ira do soberano ao assinar o severo decreto que mandou matar todos os cristãos, começando pelos três parentes.
Papa Caio morreu decapitado em 22 de abril de 296. A Igreja confirmou a sua santificação e o seu martírio, até pelo fato de Diocleciano ter encerrado por completo as perseguições somente no ano 303.
As suas relíquias foram depositadas primeiro no cemitério de São Calisto. Depois, em 631, foram trasladadas para a igreja que foi erguida no local da casa onde ele viveu, em Roma. A Igreja o reverencia com o culto litúrgico marcado para o dia de sua morte.

sábado, 21 de abril de 2012

Oração à Jesus

Meu  Amável Jesus, permiti que eu me dirija a Vós, para Vos testemunhar o reconhecimento pela graça que me tendes feito, dando-me a vossa Santa Mãe pela devoção da escravidão, para ser minha advogada junto à vossa majestade e o complemento universal da minha grande miséria. Infeliz de mim, Senhor, que sou tão miserável que, sem esta boa Mãe, estaria infalivelmente perdido. Sim, em tudo Maria me é necessária junto de Vós: necessária, para Vos aplacar em vossa justa cólera, pois Vos tenho ofendido tanto, todos os dias; necessária, para sustar os castigos eternos de vossa justiça, que mereço; necessária, para Vos olhar, para Vos falar, Vos pedir, Vos tornar propício e Vos agradar; necessária, para salvar a minha alma e as dos outros; necessária, em uma palavra, para fazer sempre a vossa santa vontade e buscar em tudo a vossa maior glória.
Ah! se eu pudesse publicar pelo universo esta misericórdia que tivestes comigo; se todo o mundo soubesse que, sem Maria, eu já estaria condenado; se eu pudesse dar dignas ações de graças por tão grande benefício! Maria está em mim, hæc facta est mihi. Oh! que tesouro! que consolação! E, depois disto, não me entregaria eu todo a Ela? Oh! que ingratidão, meu caro Salvador! Antes morrer do que esta desgraça! Prefiro morrer a viver sem ser todo de Maria.
Mil e mil vezes A tomei por todo o meu bem, como São João Evangelista ao pé da cruz, e outras tantas vezes me entreguei a Ela. Mas, meu bom Jesus, se ainda não o fiz conforme os vossos desejos, faço-o agora como quereis que o faça. Se vedes alguma coisa em minha alma e meu corpo que não pertença a esta augusta Princesa, peço-Vos arrancá-la e jogá-la longe, porque tudo que não pertence a Maria é indigno de Vós.
Ó Espírito Santo, concedei-me todas estas graças; e plantai, orvalhai e cultivai em minha alma a amável Maria, que é a árvore de vida verdadeira, a fim de que cresça, floresça e dê fruto de vida em abundância. Ó Espírito Santo, dai-me uma grande devoção e uma grande predileção por vossa Esposa divina, um grande apoio em seu seio de mãe e um recurso contínuo em sua misericórdia, para que nela formeis em mim Jesus Cristo ao vivo, grande epoderoso, até a plenitude de sua idade perfeita. Assim seja.

 São Luís Maria Grignion de Montfort

Santos do Dia 21

21 de abril

       Santo Anselmo
Anselmo fugiu de casa para poder tornar-se um religioso. Para ele o significado do ato ia além de abandonar a proteção paterna, significava esquecer toda a fortuna e influência que sua família possuía.
Anselmo nasceu em Aosta, no norte da Itália, em 1033, e seu pai freqüentava as rodas da nobreza reinante. Por isso projetou para o filho uma carreira que manteria e até aumentaria a fortuna do clã, razão pela qual se opunha rigidamente à vontade do filho de tornar-se sacerdote. Como Anselmo perdera a mãe muito cedo, e tinha um coração doce e manso, como registram os escritos, fez a vontade do pai até os vinte anos.
Mas, dentro de si, a tristeza crescia. Anselmo queria dedicar-se de corpo e alma à sua fé, contrária à vida mundana de festas em meio ao luxo e à riqueza. Estudava com os beneditinos e sua vocação o chamava a todo instante. Assim, um dia não agüentou mais e fugiu de casa.
Vagou pela Borgonha e pela França até chegar à Normandia, onde, então, se entregou aos estudos religiosos, sob a orientação do monge Lanfranco. Em pouco tempo, ordenou-se e formou-se teólogo. Tão rapidamente quanto sua alma desejava, viu-se eleito abade do mosteiro e professor. Passou, então, a pregar pelas redondezas e, como o cargo o permitia, a liderar a implantação de uma grande reforma monástica.
Como seu trabalho lhe trouxe renome, passou a influenciar intelectualmente na sua época, tanto espiritual quanto materialmente, por meio do que escrevia. Foram tantos os escritos deixados por ele que é considerado o fundador da ciência teológica no Ocidente.
Chegou a arcebispo-primaz da Inglaterra. Conta-se que enfrentou duras perseguições do rei Guilherme, o Vermelho, e de Henrique I. Mas tinha a fala tão mansa e argumentos tão pacíficos que com eles desarmava seus inimigos e virava o jogo a seu favor.
Anselmo morreu em Canterbury, com setenta e seis anos, no dia 21 de abril de 1109, e foi declarado "doutor da Igreja" pelo papa Clemente XI em 1720.
                  •  
       Santo Apolônio
Não foram muitos os senadores romanos que colocaram em risco não só o tipo de vida que levavam, luxo, poder e riqueza, mas também a própria vida por abraçarem a fé em Cristo, da qual o Império era inimigo ferrenho.
O senador Apolônio gozava de enorme prestígio entre os poderosos da cidade e do Império no ano 180. Era considerado um intelectual muito bem informado e formado, inteligente, além de ter reputação de grande orador, tudo isso aliado ao fino trato social que o distinguia dos demais. Pois foi justamente sua cultura e sabedoria que fizeram com que começasse a ler o Novo Testamento, vindo a mudar de opinião quanto ao cristianismo, e passasse a imitar a vida austera e exemplar dos cristãos. Acabou fazendo contato pessoal com o papa Eleutério, que o catequizou e batizou pessoalmente.
O imperador da época era Cômodo, um indivíduo até indulgente para com os católicos, mas as leis que vigoravam ainda eram as editadas por Nero. Sabendo disso, seus inimigos, que, segundo os registros escritos, tinham, na verdade, inveja do respeito com que ele era tratado na sociedade romana, denunciaram o senador Apolônio como cristão, e ele foi levado à presença do juiz Perenis.
O juiz, conhecedor dos talentos de Apolônio, propôs que ele apenas renunciasse à condição de cristão e pronto, estaria em liberdade. Mas o recém-batizado, em resposta, pregou com tanta seriedade e entusiasmo, que quase converteu ali mesmo outros membros do governo e do parlamento. Percebendo o perigo que o Império corria, o juiz rapidamente determinou a sentença de morte.
Mas não adiantou muito, mesmo depois de ter a cabeça decepada, a postura do mártir Apolônio levou durante muito tempo centenas de cidadãos romanos a se converterem ao cristianismo, entusiasmando os próprios integrantes do poder pagão dos idólatras.
Santo Apolônio morreu no ano 185 e o Martirológio Romano celebra sua veneração litúrgica no dia 21 de abril.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Santos do Dia 20

20 de abril

         São Teodoro
O significado de seu nome, "dom de Deus", tem tudo a ver com os talentos especiais que Teodoro demonstrou durante toda a vida. O religioso, nascido na segunda metade do século VI na Galícia, hoje França, desde pequeno demonstrou ter realmente vindo ao mundo para a edificação da Igreja, terminando seus dias como instrumento dos prodígios e graças que brotavam à sua volta.
Diz a tradição que, já aos oito anos, procurava lugares escondidos e solitários para rezar. Depois, quando adolescente, chegou a cavar uma gruta na capela de São Jorge, especialmente para ali entregar-se à oração e a contemplação.
É preciso esclarecer que, além de tudo, seus pais pediram para o filho a proteção de são Jorge desde o instante do seu nascimento, pois sua mãe teve um parto muito difícil. Teodoro foi agradecido ao santo, que tinha como padrinho, pelo resto de seus dias.
Todavia seus pais também não esperavam que ele se dedicasse tanto assim à religião e se preocupavam, pois ele era muito diferente dos outros meninos da sua idade, principalmente por ter cavado "sua" caverna na capela.
Dizem os devotos que o próprio são Jorge apareceu num sonho a sua mãe, para que ficasse tranqüila quanto ao futuro de Teodoro. Logo depois alguns prodígios e graças começaram a acontecer na gruta, pois que, em pouco tempo, todos os dias, grande parte dos moradores locais eram atraídos para lá.
Teodoro ainda não tinha idade para isso, mas o bispo da cidade vizinha de Anastasiópolis assumiu a tutela do rapaz e o ordenou sacerdote. E mal voltou para sua cidade natal, o povo o elegeu bispo. No cargo ele permaneceu por dez anos, quando abandonou tudo e voltou à sua vida solitária de penitência e oração contemplativa.
Novamente as graças passaram a fazer parte do cotidiano da gruta de Teodoro, onde grandes multidões o procuravam. Teodoro ali ficou até o dia 20 de abril de 613, quando morreu. Sua festa é muito celebrada pelos católicos do mundo todo, especialmente na França, Alemanha e entre os cristãos de língua eslava.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Santos do Dia 19

19 de abril

      Santo Expedito
Expedito, era chefe da 12a Legião romana, então estabelecida em Melitene, sede de uma das províncias romanas da Armênia. Ocupava esse alto posto porque o imperador Diocleciano tinha-se mostrado, no começo de seu reinado, favorável aos cristãos, confiando-lhes postos importantes na administração e no exército.
Essa legião era conhecida como a "Fulminante", nome que lhe havia sido dado em memória de uma façanha que se tornou célebre. Foi sob Marco Aurélio, durante a campanha da Alemanha. O imperador, estabelecido em um campo fortificado, na região dos Quades, isto é, na atual Hungria, se havia deixado cercar pelos bárbaros. Era pleno verão.
A água faltava e a 12a Legião, recrutada, era em grande parte cristã. Seus soldados se reuniram fora do campo, ajoelharam e oraram, como oram os cristãos. Depois, retomaram logo a ofensiva, mas, mal tinham começado, uma chuva abundante se pôs a cair, e fez recuar os inimigos. Subitamente, os raios e o granizo caíram sobre o exército inimigo com tal violência, que os soldados debandaram em pânico indescritível. O exército romano estava salvo e vencedor.
Como se vê, santo Expedito estava à testa de uma das mais gloriosas legiões romanas, encarregada de guardar as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos. Mas a história da Igreja é bastante pobre em detalhes sobre a vida de seus chefes que se distinguiram no comando pelas virtudes de cristãos e de lealdade à causa por que lutavam, como exemplo das mais belas virtudes.
"Expedito" ficou sendo o nome do chefe, apelido dado por exprimir perfeitamente o traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão com que agia e se portava, então, no cumprimento de seu dever de estado e, também, na defesa da religião que professava. Era assim que os romanos davam, freqüentemente, a certas pessoas um apelido, o qual designava um traço de seu caráter.
Desse modo, Expedito designa, para nós, o chefe da 12a Legião romana, martirizado com seus companheiros em Melitene, no dia 19 de abril de 303, sob as ordens do imperador Diocleciano. Seu nome, qualquer que seja a origem de sua significação, é suficiente para ser reconhecido no mundo cristão, pois condiz, com a generosidade e com o ardor de seu caráter, que fizeram desse militar um mártir.
Desde seu martírio, Expedito tem se revelado um santo que continua atraindo devotos em todo o mundo. Além de padroeiro das causas urgentes, santo Expedito também é conhecido como padroeiro dos militares, dos estudantes e dos viajantes. Ele era militar e, se já não bastasse a tradição que envolve o seu nome, temos a da sua conversão. Conta-se que, assim que resolveu se converter, uma tentação se manifestou em forma de corvo. O animal gritava "Crás! Crás!", que significa, em latim, "Amanhã! Amanhã!". O que se esperava era que ele adiasse o batismo, mas Expedito teria pisoteado o corvo e gritado: "Hodie! Hodie!", ou seja, "Hoje! Hoje!". E assim agiu.
                  •  
        São Leão IX
Bruno nasceu no ano 1002 na nobre família dos Dagsburgo, ou Asburgo, como ficou sendo grafado depois, e veio ao mundo com algumas manchas no corpo, como que predestinado, naquele início de segundo milênio. Sua mãe, santa Heilwiges, era uma católica fervorosa, viu que a pele do menino apresentava, ao nascer, muitas manchas vermelhas, formando cruzes por todo o corpo.
Ficou na casa paterna, freqüentada pela nobreza da corte, até os cinco anos de idade, quando sua mãe o confiou ao bispo de Toul, Bertoldo, que, com o passar dos anos, o fez doutorar em direito canônico. Ordenando-se sacerdote, foi atuar junto ao seu primo Conrado, que tinha posição de destaque no Império, ali trabalhando pela religião e pela comunidade, cuidando de complicadas tarefas administrativas. Seu trabalho o fez ser eleito bispo de Trèves em 1026, quando implantou e desenvolveu uma reforma profunda nos conventos e na própria forma de evangelização na sua diocese.
Está registrado que, paralelamente ao trabalho desenvolvido em favor da Igreja nas altas rodas do governo e da sociedade, Bruno mantinha, ao mesmo tempo, uma atitude disciplinada e fervorosa quanto aos preceitos da caridade. Para dar exemplo de humildade, diariamente recebia pobres em seu palácio, alimentava-os e repetia a cerimônia do lava-pés, tendo-os como seus discípulos. Liderava também, anualmente, uma peregrinação aos túmulos de são Pedro e são Paulo, em Roma.
Nada disso passou despercebido. Quando faleceu o papa Dâmaso II, Bruno foi eleito, por unanimidade, para o trono de Pedro. Mas recusou. É que a eleição ocorreu em um Concílio convocado pelo imperador da Alemanha, Henrique III, em Worms. Compareceu enorme número de bispos, prelados, embaixadores e príncipes, referendando o nome de Bruno, mas o bispo só aceitou o cargo depois que o mesmo ocorreu em Roma, quando seu nome foi de novo consagrado por unanimidade, em 1049, na própria basílica de São Pedro.
Ele assumiu e adotou o nome de Leão IX, passando para a história por sua atuação memorável como papa. Citando alguns exemplos: reorganizou a disciplina eclesiástica, implantando nova disciplina e a volta dos preceitos originais do cristianismo nos sínodos de Latrão, Pavia, Reims e Mogúncia; acabou com os abusos da simonia, isto é, com a cobrança para as indulgências dos pecados, e o casamento dos clérigos; criou cardeais de outras nações e não só italianos, como se fazia então; selou a paz entre a Hungria e a Alemanha, evitando uma guerra iminente.
Há duas passagens mais na vida do papa Leão IX, uma dolorosa e outra heróica. A dolorosa se refere ao cisma provocado por Miguel Cerulário, patriarca de Constantinopla, que rompeu com Roma e separou a Igreja em duas, e que este papa não conseguiu evitar.
A heróica, também triunfal, foi quando os normandos buscavam dominar a Europa e invadiram a Itália. Já haviam capturado as províncias de Apulia e Calábria, quando o papa conseguiu reforços do imperador, pegou em armas e liderou os soldados contra os invasores. Evitou a tomada de Roma, mas caiu prisioneiro dos inimigos. Embora tratado com muito respeito pelos adversários, a batalha minara sua saúde.
De volta a Roma, morreu em 19 de abril de 1054. Celebrado neste dia, daquela época até hoje, são milhares as graças e milagres ocorridos, por sua intercessão, aos pés de seu túmulo.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Audiência Papal do Dia 18

18 de abril de 2012

Piazza San Pietro


Amados irmãos e irmãs!
Depois das grandes festas, voltamos agora às catequeses sobre a oração. Na audiência antes da Semana Santa reflectimos sobre a figura da Bem-Aventurada Virgem Maria, presente no meio dos Apóstolos em oração no momento em que aguardavam a descida do Espírito Santo. Uma atmosfera orante acompanha os primeiros passos da Igreja. O Pentecostes não é um episódio isolado, porque a presença e a acção do Espírito Santo guiam e animam constantemente o caminho da comunidade cristã. Com efeito, nos Actos dos Apóstolos, são Lucas, além de narrar a grande efusão que se deu no Cenáculo cinquenta dias depois da Páscoa (cf. Act 2, 1-13), refere outras irrupções extraordinárias do Espírito Santo, que se repetem na história da Igreja. E hoje desejo analisar aquela que foi definida o «pequeno Pentecostes», que se verificou no ápice de uma fase difícil na vida da Igreja nascente.
Os Actos dos Apóstolos narram que, depois da cura de um paralítico junto do Templo de Jerusalém (cf. Act 3, 1-10), Pedro e João foram presos (cf. Act 4, 1) porque anunciavam a Ressurreição de Jesus a todo o povo (cf. Act 3, 11-26). Depois de um processo sumário e de terem sido libertados, foram ao encontro dos seus irmãos e contaram-lhes tudo o que tiveram que suportar por causa do testemunho dado de Jesus o Ressuscitado. Naquele momento, diz são Lucas, «todos elevaram unânimes a sua voz a Deus» (Act 4, 24). Aqui são Lucas refere a oração mais ampla da Igreja que encontramos no Novo Testamento, no final da qual, como ouvimos, «o lugar no qual se encontravam reunidos tremeu e todos ficaram cheios do Espírito Santo e proclamavam a Palavra de Deus com franqueza» (Act 4, 31).
Antes de considerar esta bonita oração, observamos uma atitude de fundo importante: diante do perigo, da dificuldade, da ameaça, a primeira comunidade cristã não procura analisar o modo como reagir, como encontrar estratégias, como se defender, quais medidas adoptar, mas, diante da prova, põe-se em oração, entra em contacto com Deus.
E que característica tem esta oração? Trata-se de uma oração unânime e concorde de toda a comunidade, que enfrenta uma situação de perseguição por causa de Jesus. No original grego são Lucas usa a palavra «homothumadon» — «todos juntos», «concordes» — uma palavra que é usada noutras partes dos Actos dos Apóstolos para ressaltar esta oração perseverante e concorde (cf. Act 1, 14; 2, 46). Esta concórdia é o elemento fundamental da primeira comunidade e deveria ser sempre fundamental para a Igreja. Não é então só a oração de Pedro e de João, que se encontraram em perigo, mas de toda a comunidade, porque quanto os dois Apóstolos vivem não diz respeito só a eles, mas a toda a Igreja. Face às perseguições suportadas por causa de Jesus, a comunidade não só não se assusta nem se divide, mas está profundamente unida na oração, como uma só pessoa, para invocar o Senhor. Diria que este é o primeiro prodígio que se realiza quando os crentes são postos à prova por causa da sua fé: a unidade consolida-se, em vez de ser comprometida, porque é apoiada por uma oração inabalável. A Igreja não deve recear as perseguições que na sua história é obrigada a suportar, mas ter sempre confiança, como Jesus no Getsémani, na presença, na ajuda e na força de Deus, invocado na oração.
Façamos mais um passo: o que pede a Deus a comunidade cristã no momento de prova? Não pede a incolumidade da vida diante da perseguição, nem que o Senhor puna aqueles que aprisionaram Pedro e João; pede unicamente que lhe seja concedido «proclamar com toda a franqueza» a Palavra de Deus (cf. Act 4, 29), ou seja, reza para não perder a coragem da fé, a coragem de anunciar a fé. Mas antes procura compreender em profundidade o que aconteceu, procura ler os acontecimentos à luz da fé e faz isto precisamente através da Palavra de Deus, que nos faz decifrar a realidade do mundo.
Na oração que eleva ao Senhor, a comunidade começa por recordar e invocar a grandeza e a imensidade de Deus: «Senhor, tu que criaste o céu e a terra, o mar e todas as coisas que nele habitam» (Act 4, 24). E a invocação ao Criador: sabemos que tudo provém d'Ele, que tudo está nas Suas mãos. É esta a consciência que nos dá certeza e coragem: tudo provém d'Ele, tudo está nas Suas mãos. Em seguida reconhece o modo como Deus agiu na história — por conseguinte começa com a criação e prossegue na história — como esteve próximo do seu povo mostrando-se um Deus que se interessa pelo homem, que não se retirou, que não abandona o homem sua criatura; e neste ponto é citado explicitamente o Salmo 2, à luz do qual é lida a situação de dificuldade que a Igreja está a viver naquele momento. O Salmo 2 celebra a entronização do rei de Judá, mas refere-se profeticamente à vinda do Messias, contra o qual nada poderão fazer a rebelião, a perseguição, a injustiça dos homens: «Por que as nações agitar-se-ão e os povos tramaram coisas vãs? Insurgiram os reis da terra e os príncipes aliaram-se juntos contra o Senhor e contra o seu Cristo» (Act 4, 25). Profeticamente o Salmo já diz isto acerca do Messias, e é característica em toda a história esta rebelião dos poderosos contra o poder de Deus. Precisamente lendo a Sagrada Escritura, que é Palavra de Deus, a comunidade pode dizer a Deus na sua oração: «deveras nesta cidade... reuniram-se contra o teu santo servo Jesus, que tu consagraste, para cumprir o que a tua mão e a tua vontade tinham decidido que acontecesse» (Act4, 27). O que aconteceu é lido à luz de Cristo, que é a chave para compreender também a perseguição; a Cruz, que é sempre a chave para a Ressurreição. A oposição a Jesus, a sua Paixão e Morte, são relidas, através do Salmo 2, como realização do projecto de Deus Pai para a salvação do mundo. Encontra-se aqui também o sentido da experiência de perseguição que a primeira comunidade cristã está a viver; esta primeira comunidade não é uma simples associação, mas uma comunidade que vive em Cristo; portanto, o que lhe acontece faz parte do desígnio de Deus. Como aconteceu com Jesus, também os discípulos encontram oposição, incompreensão, perseguição. Na oração, a meditação sobre a Sagrada Escritura à luz do mistério de Cristo ajuda a ler a realidade presente no interior da história de salvação que Deus realiza no mundo, sempre à sua maneira.
Precisamente por isto o pedido que a primeira comunidade cristã de Jerusalém formula a Deus na oração não é para ser defendida, poupada à prova, ao sofrimento, não é a prece para ter sucesso, mas unicamente a de poder proclamar com «parresia», isto é, com franqueza, com liberdade, com coragem, a Palavra de Deus (cf. Act 4, 29).
Acrescenta depois o pedido que este anúncio seja acompanhado pela mão de Deus, para que se cumpram curas, sinais, prodígios (cf. Act 4, 30), isto é, que a bondade de Deus seja visível, como força que transforma a realidade, que muda o coração, a mente, a vida dos homens e traga a novidade radical do Evangelho.
No final da oração — escreve são Lucas — «o lugar onde estavam reunidos tremeu e todos foram colmados do Espírito Santo e proclamavam a palavra de Deus com franqueza» (Act 4, 31), o lugar tremeu, isto é, a fé e a força de transformar a terra e o mundo. O mesmo Espírito que falou por meio do Salmo 2 na oração da Igreja, irrompe na casa e enche o coração de todos os que invocaram o Senhor. Isto é o fruto da oração coral que a comunidade cristã eleva a Deus: a efusão do Espírito, dom do Ressuscitado que ampara e guia o anúncio livre e corajoso da Palavra de Deus, que estimula os discípulos do Senhor a sair sem receio para levar a boa nova até aos confins do mundo.
Também nós, queridos irmãos, devemos saber levar os acontecimentos da nossa vida quotidiana à nossa oração, para procurar o seu significado profundo. E como a primeira comunidade cristã, também nós, deixando-nos iluminar pela Palavra de Deus, através da meditação sobre a Sagrada Escritura, podemos aprender a ver que Deus está presente na nossa vida, presente também e precisamente nos momentos difíceis, e que tudo — até as coisas incompreensíveis — faz parte de um desígnio superior de amor no qual a vitória final sobre o mal, sobre o pecado e sobre a morte é deveras a vitória do bem, da graça, da vida, de Deus.
Como para a primeira comunidade cristã, a oração ajuda-nos a ler a história pessoal e colectiva na perspectiva mais justa e fiel, a de Deus. E também nós queremos renovar o pedido do dom do Espírito Santo, que aqueça o coração e ilumine a mente, para reconhecer como o Senhor realiza as nossas invocações segundo a sua vontade de amor e não segundo as nossas ideias. Guiados pelo Espírito de Jesus Cristo, seremos capazes de viver com serenidade, coragem e alegria qualquer situação da vida e com são Paulo orgulhar-nos «nas tribulações, sabendo que a tribulação produz paciência, a paciência a virtude provada e a virtude provada a esperança»: aquela esperança que «não desilude, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações por meio do Espírito Santo que nos foi doado» (Rm 5, 3-5). Obrigado.


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Santos do Dia 18

18 de abril

           São Galdino
Galdino nasceu em 1096 e cresceu em Milão, na Porta Oriental, no início do século XII, e ali também se tornou religioso, passando logo a auxiliar diretamente o arcebispo Oberto de Pirovano. Juntos enfrentaram um inimigo pesado, o antipapa Vitor IV, que, apoiado pelo imperador Frederico, o Barbaroxa, oprimia violentamente para dominar o mundo.
Como Milão fazia oposição, a cidade foi simplesmente arrasada em 1162. O arcebispo e Galdino só não morreram porque procuraram abrigo junto ao papa oficial, Alexandre III.
Mas logo depois Oberto morreu, e o arcebispado precisava de alguém que continuasse sua luta. O papa não teve nenhuma dúvida em nomear o próprio Galdino e consagrou-o bispo, pessoalmente, em 1166.
Galdino não decepcionou sua diocese católica. Praticava a caridade e instigava todos a fazê-lo igualmente. Pregava contra os hereges, convertia multidões e socorria também os pobres que se encontravam presos por causa de dívidas, geralmente vítimas de agiotagem.
A esses serviu tanto que suas visitas de apoio receberam até um apelido: "o pão de são Galdino". Uma espécie de "cesta básica" material e espiritual, pois dava pão para o corpo e orações, que eram o pão para o espírito. Foi uma fonte de força e fé para lutar contra os opressores.
Mas tudo isso era feito paralelamente ao trabalho político, pois no plano da diplomacia defendia seu povo e sua terra em tudo o que fosse preciso. Morreu no dia 18 de abril de 1176, justamente no instante em que fazia, no púlpito, um sermão inflamado contra os pecadores, os hereges, inimigos da Igreja, e os políticos, inimigos da cidade. Quando terminou o sermão emocionado, diante de um grande número de fiéis e religiosos, caiu morto de repente.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Santos do Dia 17

17 de abril

        Santo Aniceto
Aniceto nasceu na Síria e foi sucessor do papa são Pio I, em 155, no tempo em que Antonio era o imperador romano. Entretanto, além da perseguição sistemática por parte do Império, o papa Aniceto teve de enfrentar, também, cismas internos que abalaram o cristianismo.
A começar por Valentim, passando por Marcelina, que fundou a seita dos carpocratitas, considerada muito imoral pela Igreja, e chegando a Marcion, um propagador, com dotes de publicitário, que arregimentou muita gente, e muitos outros.
Sem contar a questão da celebração da Páscoa. Todos eles formaram seitas paralelas dentro do catolicismo, dividindo e confundindo os fiéis e até colocando-os contra a autoridade do papa, desrespeitando a Igreja de Roma. Contudo o papa Aniceto tinha um auxiliar excepcional, Policarpo, que depois também se tornou um santo pelo testemunho da fé, e o ajudou a enfrentar todas essas dificuldades. Policarpo exerceu, também, um papel fundamental para que pagãos se convertessem, por testemunhar que a Igreja de Roma era igual à de Jerusalém.
Outro de seus auxiliares foi Hegesipo, que escreveu um livro defendendo o papa Aniceto e provando que ele, sim, seguia a doutrina cristã correta, e não os integrantes das seitas paralelas. Mesmo com tão excelente ajuda, o papa Aniceto teve uma árdua missão durante os quase onze anos de seu pontificado, morrendo no ano 166, quase aniquilado pela luta diária em favor da Igreja.
Embora tenha morrido num período de perseguição aos cristãos, a Igreja não cita a sua morte como a de um mártir. Mas pelo sofrimento que teve ao enfrentar, durante todo o seu governo, os inimigos do cristianismo e da Igreja de Roma, por si só se explica o porquê da reverência a seu nome.
O seu corpo - aliás, foi a primeira vez que ocorreu com um bispo de Roma -, foi sepultado nas escavações que depois se transformaram nas catacumbas de São Calisto, na Itália.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Santos do Dia 16

16 de abril


      Santa Bernadete
          Soubirous
Bernarda, era o nome a filha de Francisco Soubirous e Luisa Casterot, nascida em 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, uma região montanhosa da França, os famosos Pirineus. Mas era chamada pela forma carinhosa do nome no diminutivo: Bernadete. A família de camponeses era numerosa, religiosa e muito pobre. Desde a infância, a pequena tinha problemas de saúde em conseqüência da asma. Era analfabeta, mas tinha aprendido a rezar o terço, o que fazia diariamente enquanto cuidava dos afazeres da casa.
Numa tarde úmida e fria, Bernadete foi, junto com a irmãzinha e algumas companheiras, procurar gravetos. Tinham de atravessar um riacho, mas ela se atrasou porque ficou com receio de molhar os pés, quando ouviu um barulho nos arbustos, ergueu os olhos e viu uma luz, dentro da gruta natural na encosta da montanha. Olhando melhor, viu Nossa Senhora vestida de branco, faixa azul na cintura, terço entre as mãos, que a chamou para rezar. Era o dia 11 de fevereiro de 1858.
Quando chegaram em casa, a sua irmãzinha contou o ocorrido para os pais, que a proibiram de sair de casa. Bernadete chorou muito e adoeceu, então os pais deixaram que ela voltasse para lá. A aparição se repetiu, sete dias depois, quando Nossa Senhora lhe disse: "Não te prometo a felicidade neste mundo, mas no outro". Voltou mais dezessete vezes, até 16 de julho, na gruta de Massabielle, nos montes Pirineus.
O pároco da diocese, no início, mostrou-se incrédulo quanto às aparições, por isso disse a Bernadete: "Peça a essa senhora que diga o seu nome". A resposta foi: "Eu sou a Imaculada Conceição". O que mais se admirou em Bernadete foi a sua modéstia, autenticidade e simplicidade. Compreendeu que tinha sido escolhida como instrumento para a mensagem que a Virgem queria transmitir ao mundo, que era a conversão, a necessidade de rezar o terço e o seu próprio nome: "Imaculada Conceição".
Bernadete sofreu muitas e pesadas provações para ser acreditada em suas visões, que só os numerosos milagres confirmaram como obra divina. Enquanto o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes se tornava um dos lugares mais visitados pelos peregrinos do mundo e a água da fonte era considerada milagrosa pelos devotos, Bernadete se recolhia na sombra.
Ingressou na Congregação das Irmãs de Caridade de Nevers, sendo admitida no noviciado seis anos depois por motivo de saúde. Ao tomar o hábito definitivo, recebeu o nome de Maria Bernarda. Mas nunca recebeu um privilégio das irmãs, parecia que essa frieza fazia parte de sua provação. Sempre bem-humorada, trabalhou como enfermeira no interior do convento, depois foi sacristã. Contudo sua doença se agravou e ela viveu nove anos numa cama, entre a vida e a morte.
Rezava não para livrar-se do sofrimento, mas para ter paciência e forças para tudo suportar, pois queria purificar-se para poder rever Nossa Senhora. Bernadete morreu em 16 de abril de 1879. O papa Pio XI canonizou-a em 8 de dezembro de 1933, dia da Imaculada Conceição, designando sua festa para o dia de sua morte.