07 de maio
Santo Agostinho Roscelli

Aos dezessete anos, decidiu ser padre, entusiasmado por Antonio
Maria Gianelli, arcebispo de Chiavari, que se dedicava exclusivamente à
pregação aos camponeses, e hoje está inscrito no livro dos santos. Em
1835, Agostinho foi para Gênova, onde estudou enfrentando sérias
dificuldades financeiras, mas sempre ajudado pela sua força de vontade,
oração intensa e o auxílio de pessoas de boa vontade.
É ordenado sacerdote em 1846, e enviado para a cidade de São Martino
d´Alboro como padre auxiliar. Inicia o seu humilde apostolado a serviço
de Deus, dedicando-se com zelo, caridade e exemplo ao crescimento
espiritual e ao ministério da confissão.
Agostinho é homem de diálogo no confessionário da igreja genovesa da
Consolação, sendo muito procurado, ouvido e solicitado pela população.
Sua fama de bom conselheiro corre entre os fiéis, o que faz chegar gente
de todas as condições sociais em busca de sua ajuda. Ele passa a
conhecer a verdadeira realidade do submundo.
Desde o início, identifica-se nele um exemplo de sacerdote santo,
que encarna a figura do "pastor", do educador na fé, do ministro da
Palavra e do orientador espiritual, sempre pronto a doar-se na
obediência, humildade, silêncio, sacrifício e seguimento dócil e
abnegado de Jesus Cristo. Nele, a ação divina, a obra humana e a
contemplação fundem-se numa admirável unidade de vida de apostolado e
oração.
Em 1872, alarga o campo do seu apostolado, interessando-se não só
pelas misérias e pobrezas morais da cidade, e pelos jovens, mas também
pelos prisioneiros dos cárceres, a quem leva, com afeto, o conforto e a
misericórdia do Senhor. Dois anos mais tarde, passa a dedicar-se também
aos recém-nascidos, em favor das mães solteiras, vítimas de relações
enganosas, dando-lhes assistência moral e material, inserindo-as no
mundo do trabalho honesto.
Com a ajuda de algumas catequistas, padre Agostinho passa à ação.
Nasce um grupo de voluntárias, e acolhem os primeiros jovens em
dificuldades, para libertá-los do analfabetismo, dando-lhes orientação
moral, religiosa e, também, uma profissão. E a obra cresce, exatamente
porque responde bem à forte demanda social e religiosa do povo.
Em 1876, dessa obra funda a congregação das Irmãs da Imaculada,
indicando-lhes o caminho da santidade em Maria, modelo da vida
consagrada. Após o início difícil e incerto, a congregação se consolida e
se difunde em toda a Itália e em quase todos os continentes.
A vida terrena do "sacerdote pobre", como lhe costumam chamar, chega
ao fim no dia 7 de maio de 1902. O papa João Paulo II proclama santo
Agostinho Roscelli em 2001.
Gisela

Em 996, ela foi pedida em casamento por Estêvão, príncipe da
Hungria. Gisela aceitou e se tornou a primeira rainha católica húngara.
Logo depois, devido à sua atuação cristã, o rei, seu marido, se
converteu, e com ele todos os seus súditos. Gisela construiu muitas
igrejas, inclusive a catedral de Vezprim, decorando-a com trabalhos dos
mais importantes artistas da época, até mesmo de escultores gregos. Além
da importância religiosa e cultural que seu reinado obteve, há de
considerar-se, também, a importância política, que permitiu, graças a
seu casamento e à conversão da Hungria, que as boas relações com a
Alemanha chegassem até o século XXI.
Gisela cumpriu essa missão com muito sofrimento pessoal. Primeiro
morreu seu filho mais velho, depois uma filha. As duas outras filhas
seguiram seus maridos para terras distantes e ela nunca mais as viu. Seu
primogênito, Américo, que era o sucessor natural do trono, também
morreu quase ao mesmo tempo em que o marido, Estêvão. Mais tarde, os
dois seriam canonizados.
Embora tivesse enfrentado todas estas tragédias, foi a morte do
marido que mais a fez sofrer. Os húngaros da oposição que assumiram o
poder desejando neutralizar a sua influência junto ao povo a mantiveram
presa por vários anos, impossibilitando-a de qualquer contato com os
parentes do exterior.
Finalmente, depois de muitas negociações com o rei Henrique III, em
1042 Gisela pôde retornar para a Alemanha, onde se recolheu no mosteiro
beneditino de Niedernburg. Essa cidade era uma abadia principesca, isto
é, a abadessa eleita era, automaticamente, a princesa do Império Alemão.
Por seus dons e experiência, pouco depois de sua entrada, Gisela foi
eleita abadessa-princesa, governando até o dia 7 maio de 1060, quando
faleceu.
Assim, o fim do primeiro milênio assistiu à atuação dessa grande
figura feminina da história da Igreja: Beata Gisela, a rainha cristã,
que se fez abadessa-princesa da Alemanha, que patrocinou grandes obras
de caridade, construiu igrejas, ajudou a converter a Hungria e por isso
teve grande participação política na expansão do cristianismo.
O seu culto é muito antigo e ainda intenso em todo o norte da
Itália, Hungria, Alemanha, França, por todo o Oriente e pelos países
onde os beneditinos se instalaram, levando com eles essa comemoração
litúrgica.
Santa Flávia Domitila

Flávia Domitila teria sido convertida ao cristianismo por dois
eunucos. Enquanto ela se preparava para o casamento com o filho de um
cônsul, Nereu e Aquiles lhe falaram sobre Cristo e a beleza da
virgindade, "irmã dos Anjos". Ela teria abandonado o casamento e se
convertido imediatamente.
Contudo o próprio imperador, inconformado, tentou vencer a recusa
pelo compromisso da jovem com uma tarde dançante em sua homenagem. A
morte repentina do próprio noivo aconteceu em meio às danças. Segundo a
tradição, Flávia Domitila morreu queimada num incêndio criminoso que
destruiu sua casa, sendo provocado por um irmão do noivo.
Mas o que existe de real sobre a vida de santa Flávia Domitila é que
ela era uma nobre dama romana, esposa do cônsul Flávio Clemente e
sobrinha do imperador Vespasiano, pai de Domiciano. Esses dados foram
encontrados em uma inscrição da época, conservada na basílica dos santos
Nereu e Aquiles, que também morreram decapitados pelo testemunho em
Cristo.
No primeiro século, ela enfrentou a ira da corte por não esconder
sua fé em Cristo. Banida do convívio social, foi depois julgada e
condenada ao exílio, sendo deportada para a ilha de Ponza.
Sua morte aconteceu de forma lenta, cruel e dolorosa, numa ilha
abandonada, sem as menores condições de sobrevivência, conforme escreveu
sobre ela são Jerônimo.
Santa Rosa Venerini

Foi convivendo com essas pessoas que Rosa descobriu o grave estado
de ignorância religiosa e intelectual que atingia a juventude da época.
Decidiu, então, que seria seu dever combatê-la. Um padre jesuíta,
Ventura Bandinelli, percebendo a sua vocação natural para a
religiosidade e para o ensino, abre-lhe as portas da vida religiosa.
Rosa não perdeu a oportunidade e deu o primeiro passo, indo viver em
comunidade. Junto de mais duas amigas, cria a primeira escola primária
para crianças em 1685. Estava iniciada a sua grande obra.
Porém as oposições não tardaram a aparecer. Alguns padres acharam
que a obra de Rosa agredia a sua autoridade no ensino religioso. Os
nobres se posicionavam contra o ensino gratuito para os pobres. Rosa
enfrentava uma batalha em nome de Deus e de um ideal. Felizmente, o
bispo de Montefiascone intervém e a convida para fundar em sua diocese
uma nova escola. Para lá Rosa Venerini se dirige, junto de uma
colaboradora muito especial: a futura santa Lúcia Filippini.
As escolas, então, se expandem e chegam a muitas cidades, inclusive a
Roma. Mas os problemas apareceriam novamente. Rosa tem de enfrentar
discussões dolorosas, ambições e divisões dentro de sua instituição,
problemas provocados pela inveja e ganância das pessoas.
Em 1716, uma visita do papa Clemente XI foi o reconhecimento do
valor de sua obra. O apoio do papa foi um fator importante para o
desenvolvimento de sua instituição, que não era uma congregação, e agora
é chamada "Mestras Pias Venerini".
O fim de sua vida foi marcado por uma doença que a consumiu por
quatro anos. Rosa veio a falecer no dia 7 de maio de 1728. Em 1909, é
fundada a primeira Casa nos Estados Unidos. O reconhecimento canônico
para essas professoras chegou apenas em 1941, quando, finalmente, se
tornam uma congregação.
O papa Pio XII proclama bem-aventurada Rosa Venerini em 1952, quando
a congregação já operava em muitos países do mundo todo. Suas relíquias
estão guardadas na capela da Casa mãe da congregação em Roma.
Em 15 de outubro de 2006 o papa Bento XVI, na praça de São Pedro, proclama Rosa Venerini, santa.
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