18 de março
São Cirilo de Jerusalém
Desde o
início dos tempos cristãos a heresia se infiltrara na Igreja, mas, foi
no século IV, que ocorreram as do arianismo e do nestorianismo causando
profundas divisões. Cirilo viveu nesse período em Jerusalém, perto de
onde nascera em 315, de pais cristãos e bem situados financeiramente.
Muito preparado, desde a infância, nas Sagradas Escrituras e nas
matérias humanísticas, em 345, foi ordenado sacerdote.
Em 348, foi consagrado, bispo de Jerusalém. Ocupou o cargo durante
aproximadamente trinta e cinco anos, dezesseis dos quais passou no
exílio, em três ocasiões diferentes. A primeira porque o bispo Acácio,
de grande influencia na Igreja, cuja obra foi citada por São Jerônimo,
acusou Cirilo de heresia. A segunda por ordem do imperador Constâncio
que entendeu ser Cirílo realmente um simpatizante dos hereges, mas em
sua defesa atuaram os bispos, Atanásio e Hilário, ambos Padres da Igreja
assim como o próprio bispo Cirilo o é. A terceira, foi a mais longa ,
porque o imperador Valente, este sim herege, decidiu mandar de volta ao
exílio todos os bispos anistiados, fato que fez Cirilo peregrinar
durante onze anos, por várias cidades da Ásia, até a morte do soberano,
em 378.
O seu trabalho, entretanto resistiu a tudo e chegou até nossos dias e
especialmente porque ele sabia ensinar o Evangelho, como poucos. Em
sua cidade, logo que se tornou sacerdote e no início do episcopado era o
responsável por preparar os catecúmenos, isto é, os adultos que se
convertiam e iriam ser batizados. Foi nesse período que escreveu
dezoito discursos catequéticos, um sermão, a carta ao imperador
Constantino e outros pequenos fragmentos. Treze escritos eram dedicados à
exposição geral da doutrina e cinco dedicados ao comentário dos ritos
Sacramentais da iniciação cristã . Assim, seus escritos explicam
detalhadamente os "como" e os "porquês" de cada oração, do batismo, da
crisma, da penitência, dos sacramentos e dos mistérios do Cristianismo,
ditos dogmas da Igreja..
Cirilo também soube viver a religião na prática. Numa época de
grande carestia, por exemplo, não hesitou em vender valiosos vasos
litúrgicos e outras preciosidades eclesiásticas, para matar a fome dos
pobres da cidade. Ele morreu no ano 386.
Desde o início de sua vida religiosa, Cirilo cujo caráter era afável
e suave, sempre preferiu a catequese aos assuntos polêmicos, chegando
quase a se comprometer com os arianos e semi-arianos. Porém, de maneira
contundente aderiu à doutrina ortodoxa da Igreja no III Concílio
ecumênico de Constantinopla, em 382, no qual ficou clara sua sempre fiel
postura à Santa Sé e à Verdade de Cristo. Nessa oportunidade teve em
seu favor a eloqüência das vozes dos sinceros bispos e amigos, Atanásio e
Hilário, que o chamaram "valente lutador para defender a Igreja dos
hereges que negam as verdades de nossa religião".
Sua canonização demorou porque, durante muito tempo, seu pensamento
teológico foi considerado vascilante, como dizem os registros. Em 1882, o
Papa Leão XIII, na solenidade em que instituiu sua veneração, honrou
São Cirilo de Jerusalém, com os títulos de doutor da Igreja e príncipe
dos catequistas católicos.
Bem-aventurado
Faustino Miguez
Nascido
no dia 24 de março de 1831 em Xamirás, província de Orense, Espanha,
era o quarto filho do casal Benito Miguez e Maria Gonzalez, agricultores
pobres e cristãos. Foi batizado com o nome de Miguel e assumiu o nome
de Faustino da Encarnação ao ser consagrado sacerdote. A sua vida
transcorreu como a de todos da sua idade, dividida entre os estudos, o
trabalho rural, o encontro com os amigos, a família e as orações.
Estudou latim e ciências humanas no Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, em Orense, no qual se sentiu chamado por Deus para se tornar sacerdote e professor segundo o espírito de São José Calazans. No ano de 1850 ingressou no Noviciado das Escolas Pias de São Fernando, em Madrid, onde tomou o hábito, professou os seus votos perpétuos e se ordenou sacerdote, em 1856.
Durante alguns anos, padre Miguez desenvolveu seu apostolado em Cuba, no Colégio de Guanabacoa, onde começou a se entusiasmar pelos estudos de Botânica e a se dedicar a uma atividade que, com o tempo, viria a se constituir em uma de suas ocupações prediletas: a produção e distribuição de ervas medicinais, que curavam múltiplas doenças e com as quais recuperou importantes personalidades da sua época.
Depois, retornou à Espanha, e como padre escolápio, lecionou em muitas escolas das mais variadas dioceses do país. Nos cinqüenta anos de magistério, quis sempre ocupar o lugar comum de professor, sem cargos de destaque, para se dedicar diretamente na formação e instrução das crianças e jovens. Em algumas ocasiões chegou a ser o diretor dos alunos internos, para os quais foi amigo, pai, companheiro e conselheiro. Escreveu vários livros de fácil compreensão, sobre ciências naturais e botânica. Como sacerdote escolheu o ministério do confessionário se tornando diretor espiritual de muitos paroquianos.
Ao mesmo tempo, para ajudar os doentes se dedicou à preparação de produtos fitoterapeuticos, com os quais obteve curas surpreendentes. Enfrentou muitos opositores, entretanto, muitos o procuravam porque já haviam sido curados pelas propriedades das ervas que ele indicara. Após as polêmicas e oposições, doze medicamentos foram aprovados pela Diretoria Geral da Sanidade Pública e vendidos nas farmácias.
Transferido para a diocese de Getafe, padre Faustino fundou para o bem da humanidade, o Instituto Miguez, com a aprovação do Vaticano, passando a cultivar e a produzir os medicamentos aprovados. Com isto, trouxe muitas divisas para a Ordem. Em 1885, com a permissão dos seus superiores, fundou o Instituto Calazanciano Filhas da Divina Pastora, este com o intuito de dar às mulheres condições para uma melhor formação possibilitando sua promoção familiar, pessoal e social.
Aos noventa e quatro anos, morreu no dia 18 de março de 1925, em Getafe, Espanha. Padre Faustino Miguez, foi beatificado pelo Papa João Paulo II, em 1998. A sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.
Estudou latim e ciências humanas no Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, em Orense, no qual se sentiu chamado por Deus para se tornar sacerdote e professor segundo o espírito de São José Calazans. No ano de 1850 ingressou no Noviciado das Escolas Pias de São Fernando, em Madrid, onde tomou o hábito, professou os seus votos perpétuos e se ordenou sacerdote, em 1856.
Durante alguns anos, padre Miguez desenvolveu seu apostolado em Cuba, no Colégio de Guanabacoa, onde começou a se entusiasmar pelos estudos de Botânica e a se dedicar a uma atividade que, com o tempo, viria a se constituir em uma de suas ocupações prediletas: a produção e distribuição de ervas medicinais, que curavam múltiplas doenças e com as quais recuperou importantes personalidades da sua época.
Depois, retornou à Espanha, e como padre escolápio, lecionou em muitas escolas das mais variadas dioceses do país. Nos cinqüenta anos de magistério, quis sempre ocupar o lugar comum de professor, sem cargos de destaque, para se dedicar diretamente na formação e instrução das crianças e jovens. Em algumas ocasiões chegou a ser o diretor dos alunos internos, para os quais foi amigo, pai, companheiro e conselheiro. Escreveu vários livros de fácil compreensão, sobre ciências naturais e botânica. Como sacerdote escolheu o ministério do confessionário se tornando diretor espiritual de muitos paroquianos.
Ao mesmo tempo, para ajudar os doentes se dedicou à preparação de produtos fitoterapeuticos, com os quais obteve curas surpreendentes. Enfrentou muitos opositores, entretanto, muitos o procuravam porque já haviam sido curados pelas propriedades das ervas que ele indicara. Após as polêmicas e oposições, doze medicamentos foram aprovados pela Diretoria Geral da Sanidade Pública e vendidos nas farmácias.
Transferido para a diocese de Getafe, padre Faustino fundou para o bem da humanidade, o Instituto Miguez, com a aprovação do Vaticano, passando a cultivar e a produzir os medicamentos aprovados. Com isto, trouxe muitas divisas para a Ordem. Em 1885, com a permissão dos seus superiores, fundou o Instituto Calazanciano Filhas da Divina Pastora, este com o intuito de dar às mulheres condições para uma melhor formação possibilitando sua promoção familiar, pessoal e social.
Aos noventa e quatro anos, morreu no dia 18 de março de 1925, em Getafe, Espanha. Padre Faustino Miguez, foi beatificado pelo Papa João Paulo II, em 1998. A sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.
0 comentários:
Postar um comentário