terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Guardian Angel Prayer

Angel of God, my Guardian Dear, to whom God's love commits me here.
Ever this day be at my side, to light and guard and rule and guide. Amen.

Terço das Almas

  • Nas contas grandes, no lugar do Pai Nosso:
Meu Jesus Misericordioso, meu Deus, creio em Vós, porque sois a mesma verdade. Espero em Vós, porque sois fiel às Vossas promessas. Amo-Vos, porque sois infinitamente bom e amável.
  • Nas dezenas, rezar:
Doce Coração de Maria, sede a minha salvação.

  • Nas três contas junto da Cruz, rezar:
Meu bom Jesus, não me deixeis morrer sem receber os últimos sacramentos.

Este terço, que se reza em cinco minutos, tem trinta mil dias de indulgência aplicável às almas do purgatório. É um verdadeiro tesouro.

Novena das Almas

Eterno Pai, eu Vos ofereço o Preciosíssimo Sangue, as Santas Chagas e todos os méritos da Paixão e Morte de Jesus, juntamente com as lágrimas e as dores de Sua Mãe santíssima, pedindo-Vos alívio para as almas do purgatório.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por elas.
São José, rogai por elas.
São Miguel Arcanjo, rogai por elas.
E vós, almas santas e benditas, ide perante a Deus apresentar minha súplica. Amém.

Oração de Proteção

Senhor Deus, criador do céu e da terra! Poderoso é o Vosso nome, grande é a Vossa misericórdia! Em nome de Vosso Filho, Jesus Cristo, recorro à vós, neste momento, para pedir bençãos para a minha vida. Que Vossa Divina Luz insida sobre mim. Com Vossas mãos retirai todo o mal, todos os problemas e todos os perigos que estejam ao meu redor. Que as forças negativas que me abatem e entristecem se desfaçam ao sopro de Vossa benção. O Vosso poder destrua todas as barreiras que impedem o meu progresso. E do céu, Vossas virtudes penetrem no meu ser, dando a paz, saúde e prosperidade. Abra Senhor, os meus caminhos. Que meus passos sejam dirigidos por Vós para que eu não tropece na caminhada da vida. Meu viver, meu lar e meu trabalho, sejam por Vós abençoados. Entrego-me em Vossas mãos poderosas, na certeza de que tudo vou alcançar. Agradeço em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. 
Amém.

Santos do Dia 31

31 de janeiro

        Santo João Bosco
João Melquior Bosco, nasceu no dia 16 de agosto de 1815, numa família católica de humildes camponeses em Castelnuovo d'Asti, no norte da Itália, perto de Turim. Órfão de pai aos dois de idade, cresceu cercado do carinho da mãe, Margarida, e amparo dos irmãos. Recebeu uma sólida formação humana e religiosa, mas a instrução básica ficou prejudicada, pois a família precisava de sua ajuda na lida do campo.
Aos nove anos, teve um sonho que marcou a sua vida. Nossa Senhora o conduzia junto a um grupo de rapazes desordeiros que o destratava. João queria reagir, mas a Senhora lhe disse: "Não com pancadas e sim com amor. Torna-te forte, humilde e robusto. À seu tempo tudo compreenderás". Nesta ocasião decidiu dedicar sua vida a Cristo e a Mãe Maria; quis se tornar padre. Com sacrifício, ajudado pelos vizinhos e orientado pela família, entrou no seminário salesiano de Chieri, daquela diocese.
Inteligente e dedicado, João trabalhou como aprendiz de alfaiate, ferreiro, garçom, tipógrafo e assim, pôde se ordenar sacerdote, em 1841. Em meio à revolução industrial, aconselhado pelo seu diretor espiritual, padre Cafasso, desistiu de ser missionário na Índia. Ficou em Turim, dando início ao seu apostolado da educação de crianças e jovens carentes. Este "produto da era da industrialização", se tornou a matéria prima de sua Obra e vida.
Neste mesmo ano, criou o Oratório de Dom Bosco, onde os jovens recebiam instrução, formação religiosa, alimentação, tendo apoio e acompanhamento até a colocação em um emprego digno. Depois, sentiu necessidade de recolher os meninos em internatos-escola, em seguida implantou em toda a Obra as escolas profissionais, com as oficinas de alfaiate, encadernação, marcenaria, tipografia e mecânica, repostas às necessidades da época. Para mestres das oficinas, inventou um novo tipo de religioso: o coadjutor salesiano.
Em 1859, ele reuniu esse primeiro grupo de jovens educadores no Oratório, fundando a Congregação dos Salesianos. Nos anos seguintes, Dom Bosco criou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e os Cooperadores Salesianos. Construiu, em Turim, a basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, e fundou sessenta casas salesianas em seis países. Abriu as missões na América Latina. Publicou as Leituras Católicas para o povo mais simples.
Dom Bosco agia rápido, acompanhou a ação do seu tempo e viveu o modo de educar, que passou à humanidade como referência de ensino chamando-o de "Sistema Preventivo de Formação". Não esqueceu do seu sonho de menino, mas, sobretudo compreendeu a missão que lhe investiu Nossa Senhora. Quando lhe recordavam tudo o que fizera, respondia com um sorriso sereno: "Eu não fiz nada. Foi Nossa Senhora quem tudo fez".
Morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Foi beatificado em 1929 e canonizado por Pio XI em 1934. São João Bosco, foi proclamado "modelo por excelência" para sacerdotes e educadores. Ecumênico, era amigo de todos os povos, estimado em todas as religiões, amado por pobres e ricos; escreveu: "Reprovemos os erros, mas respeitemos as pessoas" e se fez , ele próprio, o exemplo perfeito desta máxima.

                  •  
    Santo Pedro Nolasco
Além da humildade, caridade, amor ao próximo e fé irrestrita em Cristo e Maria, virtudes inerentes à alguém que é declarado Santo, Pedro Nolasco se notabilizou também pela luta em favor da libertação de cristãos tornados escravos sempre movido pelos ensinamentos do Cristianismo, num período conturbado para a humanidade, nos idos dos séculos XII e XIII. Procedente de uma cristã e nobre família francesa, Pedro Nolasco nasceu num castelo no sul da França, próximo de Carcassone, próximo ao ano 1182. Desde pequeno demonstrou grande solidariedade com os pobres e desamparados. Todos os dias fazia os pais lhe darem dinheiro para as esmolas e até a merenda que levava quando estudante era dividida com eles. Assim cresceu, vivendo em intima comunhão com Jesus Cristo e a Virgem Maria, de quem era um devoto extremado. Aos quinze anos de idade, quando seu pai morreu, foi com a família para Barcelona, Espanha, onde se estabeleceram. E ali ingressou na vida religiosa.
Na juventude, quando acompanhou a tragédia dos cristãos que caíam nas mãos dos muçulmanos, devido à invasão dos árabes sarracenos, empregou toda sua fortuna para comprar os escravos e, então, libertá-los. E também, quando seu dinheiro acabou, arregaçou as mangas e trabalhou para conseguir fundos para esta finalidade, pedindo-os às famílias nobres e ricas que conhecia. Antes que entrasse em desespero, pois nunca teria dinheiro suficiente para garantir a liberdade dos cristãos, recebeu a graça de uma visita da Virgem Maria. Ocorreu no dia 1º de agosto de 1223. Nossa Senhora lhe apareceu, sugerindo que criasse com seu grupo de leigos, uma ordem religiosa destinada a cuidar deste tipo de situação, naquele momento e para sempre.
Pedro contou esta visão a seu superior, Raimundo de Penhaforte, seu co-fundador e também Santo, e ao rei Jaime I de Aragão, ao qual servira na infância como professor e tutor. Mas, qual não foi sua surpresa ao saber que eles também tinham recebido em sonho de Maria, a mesma missão que ele que recebera. Desta forma fundou, juntamente com eles, a Ordem de Nossa Senhora das Mercês e Redenção dos Cativos, cujos religiosos são conhecidos como padres mercedários. Foi eleito superior e dirigiu a ordem por trinta e um anos, libertando milhares de cristãos das mãos dos árabes muçulmanos. Pedro Nolasco morreu no dia de Natal de 1258, feliz e plenamente realizado com sua vida de religioso, mas amargurado porque, nos últimos anos, seu corpo alquebrado não permitia mais que trabalhasse.
Foi canonizado pelo Papa Urbano VIII, em 1628. Embora seja comumente homenageado no dia 13 de maio, festa de Nossa Senhora das Mercês, e no dia 28 de janeiro pelos padres mercedários, o calendário litúrgico romano lhe decida especialmente o dia 31 de janeiro para a sua veneração.

Evangelho do Dia 31

31 de janeiro

Marcos 5, 21-43

Ele se achava à beira do mar, quando um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à sua vista, lançou-se  a seus pés, rogando-lhe com insistência:  "Minha filhinha está nas últimas.  Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva" (....).  Havia ali uma mulher que já por doze anos padecia de um fluxo de sangue (...).  Tendo ela ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto.  Dizia ela consigo:  "Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada"(...).  Mas ele lhe disse:  "Filha, a tua fé te salvou.  Vai em paz e sê curada do teu mal".  Enquanto ainda falava, chegou alguém da casa do chefe da sinagoga, anunciando:  "Tua filha morreu.  Para que ainda incomodas o Mestre?".  Ouvindo Jesus a notícia que era transmitida, dirigiu-se ao chefe da sinagoga: "Não temas; crê somente" (...).  Ao chegar à casa do chefe da sinagoga, (...).  Segurou a mão da menina e disse-lhe:  "Talita cumi", que quer dizer: "Menina, ordeno-te, levanta-te!".  E imediatamente a menina se levantou e se pôs a caminhar (...)

COMENTÁRIO
"Minha filhinha está nas últimas.  Vem, impõe-lhes as mãos."
Marcos não coloca diante da ressurreição da filha de Jairo, do epiódio da mulher hemorrágica, a mostra da fé em contrate com a compreensão dos discípulos.  As duas narrativas destacam o poder de Jesus contra a enfermidade e a morte, a causalidade instrumental de sua humanidade e a fé como condição para se abrir aos benefícios do Homem-Deus.
Aqui é acentado o poder taumatúrgico de Jesus e sublinha a necessidade da fé para ser socorrido por ele.
O evangelista Marcos apresenta Jesus vencedor, com grande poder contra as enfermidades e a morte.  Na cura da filha de Jairo, devemos ter presente esse sentido da  fé.  Jairo confia em Jesus e, pode-se dizer, com muita insistência.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Apostolisches Glaubensbekenntnis

Ich glaube an Gott, den Vater, den Allmächtigen, den Schöpfer des Himmels und der Erde.
Und an Jesus Christus, seinen eingeborenen Sohn, unsern Herrn, empfangen durch den Heiligen Geist, geboren von der Jungfrau Maria, gelitten unter Pontius Pilatus, gekreuzigt, gestorben und begraben, hinabgestiegen in das Reich des Todes, am dritten Tage auferstanden von den Toten, aufgefahren in den Himmel; er sitzt zur Rechten Gottes, des allmächtigen Vaters; von dort wird er kommen, zu richten die Lebenden und die Toten.
Ich glaube an den Heiligen Geist,die heilige christliche Kirche, Gemeinschaft der Heiligen, Vergebung der Sünden, Auferstehung der Toten und das ewige Leben. Amen.

Santos do Dia 30

30 de janeiro

         Santa Martinha
O pai de Martinha era um homem público, eleito três vezes cônsul de Roma. Ele pertencia a nobreza, era muito rico e cristão. Quando a menina nasceu, no começo do século III, o acontecimento foi amplamente divulgado na corte, entre o povo e pelos cristãos, pois a pequena logo foi batizada.
Martinha cresceu em meio à essa popularidade, muito caridosa, alegre e uma devota fiel ao amor de Jesus Cristo. Com a morte de seu pai a jovem recebeu de herança duas fortunas: uma material, composta de bens valiosos e a outra espiritual, pois foi educada dentro dos preceitos do cristianismo. A primeira, ela dividiu com os necessitados assim que tomou posse da herança. A segunda, foi empregada com humildade e disciplina, na sua rotina diária de diácona da Igreja, na sua cidade natal.
Desde o ano 222, o imperador romano era Alexandre Severo, que expediu um decreto mandando prender os cristãos para serem julgados e no caso de condenação seriam executados. Chamado para julgar o primeiro grupo de presos acusados de praticar o cristianismo, o imperador se surpreendeu ao ver que Martinha estava entre eles e tentou afastá-la dos seus irmãos em Cristo. Mas ela reafirmou sua posição de católica e exigiu ter o mesmo fim dos companheiros. A partir deste momento começaram os sucessivos fatos prodigiosos que culminaram com um grande tremor de terra.
Primeiro, Alexandre mandou que fosse açoitada. Mas a pureza e a força com que rezou, ao se entregar à execução, comoveram seus carrascos e muitos foram tocados pela fé. Tanto que, ninguém teve coragem de flagelar a jovem. O imperador mandou então que ela fosse jogada às feras, mas os leões não a atacaram. Condenada à fogueira, as chamas não a queimaram. Martinha foi então decapitada. No exato instante de sua a execução a tradição narra que um forte terremoto sacudiu toda cidade de Roma.
O relato do seu testemunho correu rápido por todas as regiões do Império, que logo atribuiu à santidade de Martinha, todos os prodígios ocorridos durante a sua tortura assim como o terremoto, ocasionando um cem número de converções.
No século IV, o papa Honório mandou erguer a conhecida igreja do Foro, em Roma, para ser dedicada à ela, dando novo impulso ao seu culto por mais quatrocentos anos. Depois, as relíquias de Santa Martinha ficaram soterradas e sua celebração um pouco abandonada, durante um certo período obscuro vivido pelo Cristianismo.
Passados mais quinhentos anos, ou melhor catorze séculos após seu martírio, quando era papa, o dinâmico Urbano VIII, muito empenhado na grande contra-reforma católica e disposto a conduzir o projeto de reconstrução das igrejas. Começou pela igreja do Foro, onde as relíquias de Santa Martinha foram reencontradas. Nesta ocasião, proclamou Santa Martinha padroeira dos romanos e ainda compôs hinos em louvor à ela, inspirado na vida imaculada, da caridade exemplar e do seu corajoso testemunho a Cristo.

Evangelho do Dia 30

30 de janeiro


Marcos 5, 1-20
Um homen possesso de espírito imundo(...). Vendo Jesus de longe, correu e prostou-se diante dele, gritando em voz alta: "Que queres tu de mim, Jesus, Filho de Deus Altíssimo?  Conjuro-te por Deus, que não me atormentes".  É que Jesus lhe dizia: "Espírito imundo, sai deste homem!" (...).  Então, os espíritos imundos, tendo saído, entraram nos porcos; e a manada, de uns dois mil, precipitou-se no mar, afogando-se.  Fugiram os pastores e narraram o fato na cidade e pelos arredores.  Então, saíram a ver o que tinha acontecido (...).  O que tinha sido possesso foi-se e começou a publicar,  na Decápole, tudo o que Jesus lhe havia feito.(...)

COMENTÁRIO
Livre do espírito imundo, o homem foi-se e começou a divulgar o que Jesus fizera.
Vencido o obstáculo da tempestade acalmada (Mc 4,35-41), Jesus e os seus conseguem desembarcar no território pagão para depositar também ali a semente libertadora do Reino de Deus.
O encontro imediato com um possesso furioso e indômito e a sua morada entre os túmulos, revelam a situação do mundo em que Jesus agora se encontra.  É um mundo alienado e sob o signo da morte.  E, além disso, um mundo impuro, como é sugerido pela presença de uma manada de porcos, justamente na montanha, lugar de culto e oração.
Essa libertação realizada por Jesus suscita, como a tempestade acalmada, o estupor e o espanto de toda manifestação divina.  O povo intui o alcance da ação e talvez se sinta agradecido.  Mas teve um preço que eles consideraram excessivo e convidam a Jesus de um modo cortês que o deixem tranquila.  Não querem complicação.  Preferem a sua ausência no lugar de sua presença incômoda, porque onde ele entra as coisas não podem continuar como eram antes.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Angelus do Dia 29

29 de Janeiro de 2012 

Piazza San Pietro

Prezados irmãos e irmãs

O Evangelho deste domingo (cf. Mc 1, 21-28) apresenta-nos Jesus que, no dia de sábado, prega na sinagoga de Cafarnaum, a pequena cidade à margem do lago da Galileia, onde moravam Pedro e o seu irmão André. Ao seu ensinamento, que suscita a admiração das pessoas, segue-se a libertação de "um homem possuído por um espírito impuro" (v. 23), que reconhece em Jesus o "santo de Deus", ou seja o Messias. Em pouco tempo, a sua fama difunde-se em toda a região, que Ele percorre anunciando o Reino de Deus e curando os doentes de todos os tipos: palavra e obra. São João Crisóstomo observa como o Senhor "alterna o discurso em benefício dos ouvintes, procedendo dos prodígios às palavras e passando de novo do ensinamento da sua doutrina aos milagres" (Hom. in Matthaeum 25, 1: PG 57, 328).
A palavra que Jesus dirige aos homens abre imediatamente o acesso à vontade do Pai e à verdade de si mesmos. No entanto, não acontecia assim com os escribas, que deviam esforçar-se por interpretar as Sagradas Escrituras com inúmeras reflexões. Além disso, à eficácia da palavra Jesus acrescentava a dos sinais de libertação do mal. Santo Atanásio observa que "comandar os demónios e expulsá-los não é obra humana, mas divina"; com efeito, o Senhor "afastava dos homens todas as doenças e todas as enfermidades. Quem, vendo o seu poder... ainda duvidaria que Ele é o Filho, a Sabedoria e o Poder de Deus?" (Oratio de Incarnatione Verbi 18.19: PG 25, 128 bc.129 b). A autoridade divina não é uma força da natureza. É o poder do amor de Deus que cria o universo e, encarnando-se no Filho Unigénito, descendo à nossa humanidade, purifica o mundo corrompido pelo pecado. Romano Guardini escreve: "Toda a existência de Jesus é tradução do poder em humildade... é a soberania que se abaixa à forma de servo" (Il Potere, Brescia 1999, 141.142).
Muitas vezes, para o homem a autoridade significa posse, poder, domínio e sucesso. Para Deus, ao contrário, a autoridade significa serviço, humildade e amor; significa entrar na lógica de Jesus, que se inclina para lavar os pés aos discípulos (cf. Jo 13, 5), que procura o verdadeiro bem do homem, que cura as feridas, que é capaz de um amor tão grande que O leva a dar a sua vida, porque é Amor. Numa das suas Cartas, santa Catarina de Sena escreve: "É necessário que nós vejamos e conheçamos, na verdade, com a luz da fé, que Deus é o Amor supremo e eterno, e não pode desejar outra coisa, a não ser o nosso bem" (Ep. 13 in: Le Lettere, vol. 3, Bologna 1999, 206).
Estimados amigos, na próxima quinta-feira 2 de Fevereiro, celebraremos a festa da Apresentação do Senhor no Templo, Dia Mundial da Vida Consagrada. Invoquemos com confiança Maria Santíssima, a fim de que guie os nossos corações para haurir sempre da misericórdia divina, que liberta e purifica a nossa humanidade, enchendo-a de todas as graças e benevolências, com o poder do amor.

Depois do Angelus
Hoje em Viena é proclamada Beata Hildegard Burjan, leiga, mãe de família, que viveu entre os séculos XIX e XX, fundadora da Sociedade das Irmãs da Caritas socialis. Louvemos o Senhor por este bonito testemunho do Evangelho!
Neste domingo celebra-se o Dia mundial dos hansenianos. Ao saudar a Associação italiana dos amigos de Raoul Follereau, gostaria de dirigir o meu encorajamento a todas as pessoas que sofrem desta enfermidade, assim como a quantos as assistem e, de várias maneiras, se comprometem para eliminar a pobreza e a marginalização, verdadeiras causas da persistência do contágio.
Recordo também o Dia internacional de intercessão pela paz na Terra Santa. Em profunda comunhão com o Patriarca latino de Jerusalém e com o Guardião da Terra Santa, invoquemos o dom da paz para aquela Terra abençoada por Deus.

Santos do Dia 29

29 de janeiro

Santo Valério de Treviri
Nesta data as homenagens da Igreja estão voltadas para dois santos com o mesmo nome, Valério e ambos bispos, mas viveram em séculos bem distantes. O primeiro a ser canonizado, foi o da diocese de Treviri. O segundo foi o de Ravena.
Uma tradição muito antiga nos conta que o bispo de Treviri, chamado Valério, foi discípulo do apóstolo Pedro. Este o teria consagrado bispo e enviado para evangelizar a população da Alemanha. Mas, isto não ocorreu, São Pedro testemunhou a fé pelo menos dois séculos antes.
Entretanto, Valério realmente foi o bispo de Treviri e prestou um relevante trabalho de evangelização para a Igreja de Roma. Primeiro auxiliando Eucario, que foi o primeiro bispo desta diocese e depois colaborando com Materno, seu contemporâneo; os quais foram incluídos no Livro dos Santos, como grandes apóstolos da Alemanha.
Nos registros posteriores, revistos pelo Vaticano no final do primeiro milênio, onde foram narrados os motivos da santidade dos religiosos até então, encontramos o seguinte, sobre Valério: "converteu multidões de pagãos e operou milagres singelos e expressivos". Talvez o mais significativo, tenha sido quando Valério, trouxe de volta a vida do companheiro Materno com o simples toque do seu bastão episcopal. Depois, o outro companheiro de missão, que já havia falecido, Eucario, o teria avisado em sonho que no dia 29 de janeiro ele seria recebido no Reino de Deus. Valério morreu neste dia de um ano ignorado, no início do século IV.
A fama de sua santidade aumentou com a sua morte e os devotos procuravam a sua sepultura para agradecer ou pedir a sua intercessão. O culto se intensificou com a construção de muitas igrejas dedicadas a São Valério, principalmente entre os povos de língua germânica. Muitas cidades o elegeram como seu padroeiro. As suas relíquias, conservadas numa urna de prata, se encontram na basílica de São Matias, na cidade de Treviri, atualmente chamada de Tries, na Alemanha. A festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.


Santo Valério de Ravena
Recordamos hoje dois santos bispos com o mesmo nome, Valério. O primeiro, morreu cinco séculos antes, na sua sede episcopal em Treviri, na Alemanha. O segundo, faleceu no dia 15 de março de 810 e foi o bispo de Ravena, em Roma, na Itália.
Este Valério, bispo de Ravena, que faleceu em março, passou a ser comemorado no dia 29 de janeiro, por ser confundido com o primeiro que faleceu neste dia, o qual já tinha um culto cristalizado entre os peregrinos e devotos. O erro partiu de um copista do Vaticano, em 1286, que acreditou se tratasse de um santo só. Excluiu a festa de março e manteve no calendário da Igreja a data da comemoração mais antiga, e assim ficou.
Valério de Ravena, também sofreu fortes perseguições políticas dentro do próprio clero. Mas o pior foi que para agradar o imperador Carlos Magno, que não simpatizava com ele, o bispo foi vítima de uma sórdida intriga política. No dia 8 de abril de 808, dia de Palmas, dois nobres condes paladinos chegaram cedo na cúria, conversaram com Valério que os acolheu e deu hospedagem. Participaram de todas as celebrações pertinentes à data e depois de almoçarem com o bispo, partiram agradecidos.
Depois, em troca de favores da corte, estes nobres mandaram uma carta ao papa Leão III, informando que durante a refeição, daquele dia, o bispo Valério, havia proferido palavras tão impróprias, que não poderiam ser repetidas nem por escrito. Mais tarde quando surgiram outras divergências políticas, o papa Leão III escreveu numa carta à Carlos Magno, que ele mesmo contestava a santidade do bispo e lhe contou sobre os dois condes.
Outras fontes históricas da Santa Sé, entretanto, comprovaram que o arcebispo de Ravena era um pastor zeloso e batalhador pela causa do bem da doutrina cristã, especialmente na luta contra a heresia ariana. Valério administrou a diocese de Ravena entre 788 e 810. O arcebispo Simeão trasladou suas relíquias para a catedral, em 1222, concedendo uma indulgência especial à basílica de santo Apolinário, por "reverências ao bem-aventurado Valério".

Evangelho do Dia 29

4º Domingo do Tempo Comum
29 de janeiro

PRIMEIRA LEITURA
Deuteronômio 18, 15-20

O Senhor, teu Deus, te suscitará dentre os teus irmãos um profeta como eu: é a ele que devereis ouvir. Foi o que tu mesmo pediste ao Senhor, teu Deus, em Horeb, quando lhe disseste no dia da assembléia: Oh! Não ouça eu mais a voz do Senhor, meu Deus, nem torne a ver mais esse fogo ardente, para que eu não morra! E o Senhor disse-me: "Está muito bem o que disseram; eu lhes suscitarei um profeta como tu dentre seus irmãos: minhas palavras porei em sua boca e ele lhes fará conhecer as minhas ordens. Mas ao que recusar ouvir o que ele disser de minha parte, pedirei contas disso. O profeta que tiver a audácia de proferir em meu nome uma palavra que eu não lhe mandei dizer, ou que se atrever a falar em nome de outros deuses, será morto.

SEGUNDA LEITURA
1Coríntios 7,32-35

Quisera ver-vos livres de toda preocupação. O solteiro cuida das coisas que são do Senhor, de como agradar ao Senhor. O casado preocupa-se com as coisas do mundo, procurando agradar à sua esposa. A mesma diferença existe com a mulher solteira ou a virgem . Aquela que não é casada cuida das coisas do Senhor, para ser santa no corpo e no espírito; mas a casada cuida das coisas do mundo, procurando agradar ao marido Digo isto para vosso proveito, não para vos estender um laço, mas para vos ensinar o que melhor convém, o que vos poderá unir ao Senhor sem partilha.

EVANGELHO
Marcos 1, 21-28

Dirigiram-se para Cafarnaum. E já no dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e pôs-se a ensinar. Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Ora, na sinagoga deles achava-se um homem possesso de um espírito imundo, que gritou: "Que tens tu conosco, Jesus de Nazaré? Vieste perder-nos? Sei quem és: o Santo de Deus!". Mas Jesus intimou-o, dizendo : "Cala-te, sai deste homem!". O espírito imundo agitou-o violentamente e, dando um grande grito, saiu. Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: "Que é isto? Eis um ensinamento novo, e feito com autoridade; além disso, ele manda até nos espíritos imundos e lhe obedecem!". A sua fama divulgou-se logo por todos os arredores da Galiléia.

COMENTÁRIO
Todos se maravilhavam de sua doutrina e ensinava como quem tem autoridade.
Iniciamos no Evangelho de Marcos um bloco literário chamado de uma longa atividade de Jesus em Cafarnaum (1,21-45). Rodeado por alguns discípulos, Jesus inicia uma intensa atividade, entrando em relação com a multidão e com os chefes religiosos. A relação de Jesus com a multidão é apresentada por meio de alguns sucessos - ensinamentos e curas - que dão razão de sua popularidade (v.28).
Claro qua a autoridade mostrada por Jesus em seu ensinamento é prova de sua autoconsciência de ser Filho de Deus.
O ensinamento de Jesus é articulado pela sua ação. Os aspectos de seu ministério levam uma marca inconfundível: autoridade. Jesus possui autoridade e o poder de quem, anunciando a chegada do Reino de Deus, se torna realidade.
Nada melhor do que a cura de um homem possuído de um espírito imundo para confirmá-lo. Por detrás dos espíritos imundos se esconde, para o evangelista, o poder alienante e opressor do maligno que, diante da presença de Jesus, "o santo de Deus", não pode fazer outra coisa senão retroceder e fugir. Trabalhando desta forma, Jesus se converte obrigatoriamente num interrogante para os homens. A expulsão do demônio mostra que as palavras de Jesus não são um puro discurso, como o dos escribas, mas a realização do desígnio de Deus.

PARA REFLETIR
Eis um ensinamento novo. Vivendo o Evangelho temos uma vida nova. Como você coloca em prática a Palavra de Deus?

sábado, 28 de janeiro de 2012

Ave Maria (Gegrüßet seist Du, Maria)

Gegrüßet seist du, Maria, voll der Gnade, der Herr ist mit dir,
Du bist gebenedeit unter den Frauen, und gebenedeit ist die Frucht deines Leibes, Jesus.
Heilige Maria, Mutter Gottes, bitte für uns Sünder jetzt,
und in der Stunde unseres Todes, Amen!

Vater Unser

Vater unser im Himmel.
Geheiligt werde dein Name.
Dein Reich komme.
Dein Wille geschehe,
wie im Himmel, so auf Erden.
Unser tägliches Brot gib uns heute.
Und vergib uns unsere Schuld,
wie auch wir vergeben unsern Schuldigern.
Und führe uns nicht in Versuchung,
sondern erlöse uns von dem Bösen.
Denn dein ist das Reich
und die Kraft und die Herrlichkeit
in Ewigkeit.
Amen.



Santos do Dia 28

28 de janeiro

    Santo Tomás D'Aquino
Doutor da Igreja, professor de teologia, filosofia e outras ciências nas principais universidades do mundo em seu tempo; frei caridoso, estudioso dos livros sagrados, sucessor na importância teórica de São Paulo e Santo Agostinho. Assim era Tomás d'Aquino, que não passou de um simples sacerdote. Muito se falou, se fala e se falará deste Santo, cuja obra perdura atualíssima ao longo dos séculos. São dezenas de escritos, poesias, cânticos e hinos até hoje lidos, recitados e cantados por cristãos de todo o mundo.
Tomás nasceu em 1225, no castelo de Roccasecca, na Campânia, da família feudal italiana dos condes de Aquino. Possuía laços de sangue com as famílias reais da Itália, França, Sicília e Alemanha, esta ligada à casa de Aragão. Ingressou no mosteiro beneditino de Montecassino aos cinco anos de idade, dando início aos estudos que não pararia nunca mais. Depois, freqüentou a Universidade de Nápoles, mas, quando decidiu entrar para a Ordem de São Domingos encontrou forte resistência da família. Seus irmãos chegaram a trancá-lo num castelo por um ano, para tentar mantê-lo afastado dos conventos, mas sua mãe acabou por libertá-lo e, finalmente, Tomás pôde se entregar à religião. Tinha então dezoito anos. Não sendo por acaso a sua escolha pela Ordem de São Domingos, que trabalha para unir Ciência e Fé em favor da Humanidade. Este sempre foi seu objetivo maior.
Foi para Colônia e Paris estudar com o grande Santo e doutor da Igreja, Alberto Magno. Por sua mansidão e silêncio foi apelidado de "boi mudo", por ser também, gordo, contemplativo e muito devoto. Depois se tornou conselheiro dos papas Urbano IV, Clemente IV e Gregório X, além do rei São Luiz da França. Também, lecionou em grandes universidades de Paris, Roma, Bologna e Nápoles e jamais se afastou da humildade de frei, da disciplina que cobrava tanto de si mesmo quanto dos outros e da caridade para com os pobres e doentes.
Grande intelectual, vivia imerso nos estudos, chegando às vezes a perder a noção do tempo e do lugar onde estava. Sua norma de vida era: "oferecer aos outros os frutos da contemplação". Sábios e políticos tentaram muitas vezes homenageá-lo com títulos, honras e dignidades, mas Tomás sempre recusou. Escrevia e publicava obras importantíssimas, frutos de seus estudos solitários desfrutados na humildade de sua cela, aliás seu local preferido. Seus escritos são um dos maiores monumentos de filosofia e teologia católica.
Tomás D'Aquino morreu muito jovem, sem completar os quarenta e nove anos de idade, no mosteiro de Fossanova, a caminho do II Concílio de Lion, em 07 de março de 1274, para o qual fora convocado pelo papa Gregório X. Imediatamente colégios e universidades lhe prestaram as mais honrosas homenagens. Suas obras, a principal, mais estudada e conhecida, a "Summa Teológica", foram a causa de sua canonização, em 1323. Disse sobre ele, nessa ocasião, o papa João XXII: "Ele fez tantos milagres, quantas proposições teológicas escreveu". É padroeiro das escolas públicas, dos estudantes e professores.
No dia 28 de janeiro de 1567, o papa São Pio V lhe deu o título de "doutor da Igreja", e logo passou a ser chamado de "doutor angélico", pelos clérigos. Em toda a sua obra filosófica e teológica tem primazia à inteligência, estudo e oração; sendo ainda a base dos estudos na maioria dos Seminários. Para isso contou, mais recentemente, com o impulso dado pelo incentivo do papa Leão XIII, que fez reflorescer os estudos tomistas.
A sua festa litúrgica é celebrada no dia 28 de janeiro ou no dia 07 de março. Seus restos mortais estão em Tolouse, na França, mas a relíquia de seu braço direito, com o qual escrevia, se encontra em Roma.

Evangelho do Dia 28

28 de janeiro

Marcos 4, 35-41
À tarde daquele dia, disse-lhes:  "Passemos para o outro lado".  Deixando o povo, levaram-no consigo na barca, assim como ele estava.  Outras embarcações o escoltavam.  Nisso, surgiu uma grande tormenta e lançava as ondas dentro da barca, de modo que ela já se enchia de água.  Jesus achava-se na popa, dormindo sobre um travesseiro.  Eles acordaram-no e disseram-lhe:  "Mestre, não te importa  que pereçamos?".  E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar:  "Silêncio!  Cala-te!".  E cessou o vento e segui-se grande bonança.  Ele disse-lhes:  "Como sois medrosos!  Ainda não tendes fé?".  Eles ficaram penetrados de grande temor e cochichavam entre si:  "Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?".

COMENTÁRIO
Cessou o vento: a tempestade acalmada.
Há decisão de passar para a outra margem, istoé, ao território pagão da Decápole, ao domínio absoluto do demônio.  As forças do mal criam obstáculos, por todos os meios, para a difusão do Evangelho de Deus como Rei e Senhor.
Há um nova seção iniciada a partir desse milagre, composta por quatro milagres: a tempestade, o endemoninhado a mulher com influxo de sangue e a ressurreição da filha de Jairo.
A instrução catequética que o relata quer apresentar para nós gira em torno da fé.
A fé é livre para confiar e a confiança nos afasta de qualquer forma de medo.  É por isso que Jesus insiste que nos afastemos do medo e da covardia.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Santos do Dia 27

27 de janeiro

   Santa Ângela de Mérici
Ângela Mérici nasceu em 1470, na cidade de Desenzano, no norte da Itália. O período histórico era o do Renascimento e da Reforma da Igreja, provocada pela doutrina luterana. Os pais eram camponeses pobres e muito religiosos. E desde pequena, ela teve seu coração inclinado pela vida religiosa, preferindo a leitura da vida dos Santos.
De fato, sua provação começou muito cedo, na infância, quando ficou órfã de pai. Logo em seguida perdeu a mãe e a irmãzinha, com quem se identificava muito. Assim, ela foi viver na casa de um tio, que a havia adotado, mas que também veio a falecer. Voltou à terra natal. Depois de passar dias e dias chorando, com apenas treze anos, pediu para ingressar num convento, entrando para a Ordem Terceira de São Francisco de Assis.
Ângela tinha apenas o curso primário e chegou a ser "conselheira" de governadores, bispos, doutores e sacerdotes. Os seus sofrimentos, sua entrega à Deus e a vida meditativa de penitência lhe trouxeram, através do Espírito Santo, o dom do conselho, que consiste em saber ponderar as soluções adequadas para todas as situação da vida.
Ela também, percebeu que naquele momento histórico, as meninas não tinham quem as educassem e livrassem dos perigos morais, e que as novas teorias levavam as pessoas a querer organizar a vida como se Deus não existisse. Para lutar contra o paganismo, era preciso restaurar a célula familiar. Inspirada pela Virgem Maria, fundou a Comunidade das irmãs Ursulinas, em homenagem a santa Úrsula, a mártir do século IV, que dirigia o grupo das moças virgens, que morreram por defender sua religião e sua castidade.
Ângela acabou se tornando a portadora de uma mensagem inovadora para sua época. Organizou um grupo de vinte e oito moças, para ensinar catecismo em cada bairro e vila da região. As "Ursulinas" tinham como finalidade a formação das futuras mães, segundo os dogmas cristãos. Ângela teve uma concepção bastante revolucionária para sua época, quando se dizia que uma sólida educação cristã para as moças só seria possível dentro das grades de uma clausura.
Decidiu que era a hora de fazer a comunidade se tornar uma Congregação religiosa.  Consta, pela tradição, que antes de ir à Roma para dar início a esse projeto, quis fazer uma peregrinação em Jerusalém. Assim que chegou, ficou cega. Visitou os Lugares Sagrados e os viu com o espírito, não com os olhos. Só recobrou a visão, na volta, quando parou numa pequena cidade onde existia um crucifixo milagroso, foi até ele, rezou e se curou. Anos depois, foi recebida pelo papa Clemente VII, durante o Jubileu de 1525, que deu início ao processo de fundação da Congregação, que ela desejava.
Ângela a implantou na Bréscia, dez anos depois, quando saiu a aprovação definitiva. E alí, a fundadora morreu aos setenta e cinco anos, em 27 de janeiro de 1540 e foi canonizada, em 1807. Santa Ângela de Mérici, atualmente, recebe as homenagens no dia de sua morte.

Evangelho do Dia 27

27 de janeiro

Marcos 4, 26-34
Dizia também:  "O Reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra.  Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente brota e cresce, sem ele o perceber.  Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga.  Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita".  Dizia ele:  "A quem compararemos o Reino de Deus? (...).  É como o grão de mostarda que, quando é semeado, é a menor de todas as sementes.  Mas, depois de semeado, cresce, torna-se maior que todas as hortaliças e estende de tal modo os seus ramos, que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra".  Era por meio de numerosas parábolas desse gênero que ele lhes anunciava a palavra. (...)

COMENTÁRIO
Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas.
A parábola do grão de trigo que germina por si só insiste na força vital que a semente do Reino de Deus possui, já lançada na terra.  Entre a semeadura e a colheita, a semente vai crescendo e amadurecendo silenciosamente, sem que o homem perceba ou compreenda, sem que possa impedir ou acelerar o processo.  É uma parábola que convida à serenidade e à confiança do crente.  É Deus mesmo quem opera no sossego da noite ou na turbulência do dia; nenhum obstáculo frustará o seu intento.
Na outra parábola, a do grão de mostarda, o acento recai sobre a esperança em um futuro esplendoroso, e insiste no decisivo valor do momento presente, por mais insignificante que possa parecer.
A linguagem das parábolas não é uma linguagem totalmente transparente.  Dada a limitação da inteligência humana, não se chegará a compreender adequadamente, por isso deve ser seguida de uma explicação apropriada.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Evangelho do Dia 26

26 de janeiro

Marcos 4, 21-25 ou Lucas 10, 1-9

Dizia-lhes ainda:  "Traz-se porventura a candeia para ser colocada debaixo do alqueire ou debaixo da cama?  Não é para ser posta no candeeiro?  Porque nada há oculto que não deva ser descoberto, nada secreto que não deva ser publicado.  Se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça".  Ele prosseguiu:  "Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará.  Pois, ao que tem, se lhe dará; e ao que não tem, se lhe tirará até o que tem".

COMENTÁRIO
"Porque nada há oculto que não deva ser descoberto, nada secreto que não deva ser publicado."
Temos duas séries de sentenças sapienciais, formuladas sob um idêntico modelo: uma imagem (lâmpada - medida) é explicada e justificada com uma máxima de caráter geral..  As duas chamadas de atenção que separam as duas unidades sublinham a importância do dito e estimulam a sua compreensão.
As sentenças em torno da lâmpada são ao mesmo tempo uma promessa e uma exigência.  O que, todavia, permanece oculto é o mistério do Reino de Deus; ele chegará com toda a certeza para manifestar-se.
Não podem, portanto, fechar-se num gueto nem transformar-se numa seita clandestina.  A sua fé possui um dinamismo missionário e deve impulsioná-los a pregar a todo o mundo o Evangelho.
Do relato do Evangelho de hoje podemos aprender o seguinte: a perseguição e a incompreensão podem nos dar a sensação de que tudo está errado e de que nada dará certo, mas é justamente nesses momentos que se faz necessário a atitude perseverante e não fugir do compromissso com a prática de Jesus que traz vida e liberdade.  É acreditar em uma força maior que age no interior de cada um de nós.

Santos do Dia 26

26 de janeiro

        Santo Timóteo

O calendário da Igreja volta a homenagear Timóteo, agora juntamente com Tito, por terem ambos vivenciado toda a experiência de São Paulo, escolhendo por este motivo, o dia após a celebração da conversão do apóstolo. Os dois têm suas páginas individuais, destacando suas vidas.
Um santo muito antigo, venerado há muitos e muitos séculos, morreu no ano de 97. Timóteo era o "braço direito" do apóstolo Paulo, seu grande amigo e companheiro, sendo considerado, ao lado do mestre, como o primeiro e corajoso pregador do cristianismo. Quase sempre evangelizaram juntos, mas por várias vezes, Paulo o mandou como representante, em quase todos os lugares importantes daquela época, enquanto ele próprio abria novos caminhos.
Timóteo nasceu em Listra, Ásia. Seu pai era grego e pagão, a mãe se chamava Eunice e era judia. Foi educado dentro do judaísmo. Assim, quando o apóstolo Paulo esteve naquela cidade, tanto sua avó, mãe e ele próprio, então com vinte anos, se converteram. A partir daí, Timóteo decidiu que o seguiria e nunca mais se afastou do santo apóstolo.
Fiel colaborador de Paulo, o acompanhou em suas viagens a Filipos, Tessalônica, Atenas, Corinto, Éfeso e Roma. Exceto quando ele o enviava para algumas missões nas igrejas que tinham fundado, com o objetivo de corrigir erros e manter a paz. Como fez em Tessalônica, com o seu aspecto de rapaz frágil. Porém "que ninguém despreze a tua jovem idade", lhe escreveu Paulo na primeira das duas cartas pessoais. E aos cristãos de Corinto o apresenta assim: "Estou lhes mandando Timóteo, meu filho dileto e fiel no Senhor: manterá em suas memórias os caminhos que lhes ensinei".
Na Palestina, o apóstolo ficou preso durante dois anos e tudo indica que Timóteo foi seu companheiro nessa situação também. Mas ao final deste período, ele foi colocado em liberdade, enquanto Paulo era levado para Roma.
Quando Paulo retornou, por volta do ano 66, Timóteo era o bispo de Éfeso e, com este cargo, foi nomeado pelo apóstolo para liderar a Igreja da Ásia Menor. As epístolas de Paulo, à ele endereçadas, viraram pura literatura cristã e se tornaram documentos preciosos de todos os tempos, como leme e bússola para a Igreja.
Mas, a sua morte nos ilustra muito bem o que era ser cristão e apóstolo naquela época. Durante uma grande festa onde era adorada a deusa Diana, Timóteo se colocou no centro dos pagãos e, tentando convertê-los, iniciou um severo discurso criticando e repreendendo o culto herege. Como resposta, os pagãos o mataram a pedradas e pauladas.
O apóstolo Paulo, escreveu a segunda carta a Timóteo estando de novo na prisão, a espera de sua morte: "Procure vir para junto de mim". Muitos, de fato, o haviam abandonado; o fiel Tito estava na Dalmácia; o frio o fazia sofrer e ele recomenda a Timóteo; "Traga-me o manto que deixei em Troadi".

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Audiência Papal do Dia 25

25 de janeiro de 2012

Sala Paulo VI 
Queridos irmãos e irmãs,
Na Catequese de hoje concentramos a nossa atenção sobre a oração que Jesus dirige ao Pai na "Hora" da sua elevação e da sua glorificação (cf. Jo 17, 1-26). Como afirma o Catecismo da Igreja Católica: "A tradição cristã chama-lhe, a justo título, a oração “sacerdotal” de Jesus. Ela é, de facto, a oração de nosso Sumo Sacerdote, inseparável do seu sacrifício, da sua “passagem” [páscoa] deste mundo para o Pai, em que é inteiramente “consagrado” ao Pai" (n. 2.747).
Esta oração de Jesus é compreensível na sua riqueza extrema, sobretudo se a inserirmos no cenário da festa judaica da expiação, o Yom kippur. Naquele dia, o Sumo Sacerdote cumpre a expiação primeiro para si mesmo, depois para a classe sacerdotal e finalmente para toda a comunidade do povo. A finalidade é restituir ao povo de Israel, após as transgressões de um ano, a consciência da reconciliação com Deus, a consciência de ser povo eleito, «povo santo» no meio dos outros povos. A oração de Jesus, apresentada no capítulo 17 do Evangelho segundo João, retoma a estrutura desta festa. Nessa noite, Jesus dirige-se ao Pai no momento em que se oferece a Si mesmo. Sacerdote e vítima, Ele ora por Si próprio, pelos apóstolos e por todos aqueles que acreditam nele, pela Igreja de todos os tempos (cf. Jo 17, 20).
A oração que Jesus recita por Si mesmo é o pedido da sua glorificação, da própria "elevação" na sua "Hora". Na realidade, é mais do que um pedido e a declaração de plena disponibilidade a entrar, livre e generosamente, no desígnio de Deus Pai que se cumpre no ser entregue e na morte e ressurreição. Esta "Hora" começou com a traição de Judas (cf. Jo 13, 31) e culminará com a elevação de Jesus ressuscitado para o Pai (cf. Jo 20, 17). A saída de Judas do cenáculo é comentada por Jesus com as seguintes palavras: "Agora o Filho do homem foi glorificado, e Deus foi glorificado nele" (Jo 13, 31). Não é por acaso que Ele começa a prece sacerdotal, dizendo: "Pai, chegou a hora: glorifica o teu Filho, para que o Filho te glorifique" (Jo 17, 1). A glorificação que Jesus pede para Si mesmo, como Sumo Sacerdote, é o ingresso na obediência mais plena ao Pai, uma obediência que o leva à sua condição filial mais completa: "E agora, Pai, glorifica-me diante de ti com aquela glória que Eu tinha em Ti antes da criação do mundo" (Jo 17, 5). Esta disponibilidade e este pedido são o primeiro acto do novo sacerdócio de Jesus, que é um doar-se totalmente na cruz, e precisamente na cruz — o supremo gesto de amor — Ele é glorificado, porque o amor é a glória autêntica, a glória divina.
O segundo momento desta oração é a intercessão que Jesus faz pelos seus discípulos, que permaneceram com Ele. Eles são aqueles sobre os quais Jesus pode dizer ao Pai: "Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus e Tu deste-mos, e eles observaram a tua palavra" (Jo 17, 6). "Manifestar o nome de Deus aos homens" é a realização de uma nova presença do Pai no meio do povo, da humanidade. Este "manifestar" não é só uma palavra, mas é realidade em Jesus; Deus está connosco, e assim o nome — a sua presença connosco, o ser um de nós — «realizou-se». Portanto, esta manifestação realiza-se na encarnação do Verbo. Em Jesus, Deus entra na carne humana, faz-se próximo de modo único e novo. E esta presença tem o seu ápice no sacrifício que Jesus realiza na sua Páscoa de morte e ressurreição.
No centro desta prece de intercessão e de expiação a favor dos discípulos encontra-se o pedido de consagração; Jesus diz ao Pai: "Eles não são do mundo, como Eu não sou do mundo. Consagra-os na verdade. A tua palavra é verdade. Como Tu me mandaste para o mundo, também Eu os enviei para o mundo; por eles consagro-me a mim mesmo, a fim de que também eles sejam consagrados na verdade" (Jo 17, 16-19). Pergunto: o que significa "consagrar" neste caso? Antes de tudo, é necessário dizer que só Deus é propriamente "Consagrado", ou "Santo". Portanto, consagrar quer dizer transferir uma realidade — uma pessoa ou coisa — para a propriedade de Deus. E nisto estão presentes dois aspectos complementares: por um lado, tirar das coisas comuns, segregar, "pôr de lado" do ambiente da vida pessoal do homem, para ser doado totalmente a Deus; e por outro, esta segregação, esta transferência para a esfera de Deus tem o significado próprio de «envio», de missão: precisamente porque é doada a Deus, a realidade, a pessoa consagrada existe «para» os outros, é doada ao próximo. Doar a Deus quer dizer não existir mais para si mesmo, mas para todos. É consagrado aquele que, como Jesus, é segregado do mundo e posto à parte para Deus, em vista de uma tarefa e precisamente por isso está plenamente à disposição de todos. Para os discípulos, consistirá em continuar a missão de Jesus, ser doados a Deus para estarem assim em missão para todos. Na noite de Páscoa, o Ressuscitado, aparecendo aos seus discípulos, dir-lhes-á: "A paz esteja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio" (Jo 20, 21).
O terceiro acto desta oração sacerdotal amplia o olhar até ao fim dos tempos. Nela, Jesus dirige-se ao Pai para interceder a favor de todos aqueles que forem levados à fé mediante a missão inaugurada pelos apóstolos e continuada na história: "Não oro só por estes, mas também por aqueles que acreditarem em mim mediante a sua palavra". Jesus reza pela Igreja de todos os tempos, ora também por nós (cf. Jo 17, 20). O Catecismo da Igreja Católica comenta: "Jesus cumpriu perfeitamente a obra do Pai e a sua oração, assim como o seu sacrifício se estende até à consumação dos tempos. A oração da “Hora” preenche os últimos tempos e leva-os à sua consumação" (n. 2.749).
O pedido central da oração sacerdotal de Jesus, dedicada aos seus discípulos de todos os tempos, é o da unidade futura de quantos acreditarem nele. Esta unidade não é um produto mundano. Ela provém exclusivamente da unidade divina e chega até nós do Pai, mediante o Filho e no Espírito Santo. Jesus invoca um dom que provém do Céu, e que tem o seu efeito — real e perceptível — na terra. Ele reza "a fim de que todos sejam um só: assim como Tu, ó Pai, estás em mim e Eu em ti, que também eles estejam em Nós, para que o mundo creia que Tu me enviaste" (Jo 17, 21). A unidade dos cristãos, por um lado, é uma realidade secreta que está no coração das pessoas crentes. Mas, ao mesmo tempo, ela deve aparecer com toda a clareza na história, deve aparecer para que o mundo creia, tem uma finalidade muito prática e concreta, deve aparecer para que todos sejam realmente um só. A unidade dos discípulos futuros, sendo unidade com Jesus — que o Pai enviou ao mundo — é também a fonte originária da eficácia da missão cristã no mundo.
"Podemos dizer que na oração sacerdotal de Jesus se cumpre a instituição da Igreja... Precisamente aqui, no acto da última Ceia, Jesus cria a Igreja. Porque, o que é a Igreja, a não ser a comunidade dos discípulos que, mediante a fé em Jesus Cristo como enviado do Pai, recebe a sua unidade e é envolvida na missão de Jesus de salvar o mundo, conduzindo-o ao conhecimento de Deus? Aqui encontramos realmente uma verdadeira definição da Igreja. A Igreja nasce da oração de Jesus. E esta prece não é apenas palavra: é o gesto em que Ele se “consagra” a Si mesmo, ou seja, se “sacrifica” pela vida do mundo" (cf. Jesus de Nazaré, II, 117 s.).
Jesus reza a fim de que os seus discípulos sejam um só. Em virtude desta unidade, recebida e conservada, a Igreja pode caminhar "no mundo" sem ser "do mundo" (cf. Jo 17, 16) e viver a missão que lhe foi confiada para que o mundo creia no Filho e no Pai que O enviou. A Igreja torna-se, então, o lugar em que continua a própria missão de Cristo: conduzir o "mundo" para fora da alienação do homem em relação a Deus e a si mesmo, para fora do pecado, a fim de que ele volte a ser o mundo de Deus.
Caros irmãos e irmãs, apreendemos alguns elementos da grande riqueza da oração sacerdotal de Jesus, que vos convido a ler e meditar, para que nos oriente no diálogo com o Senhor, a fim de que nos ensine a rezar. Então, também nós na nossa oração peçamos a Deus que nos ajude a entrar, de modo mais completo, no desígnio que tem para cada um de nós; peçamos-lhe para ser "consagrados" a Ele, para lhe pertencer cada vez mais, para poder amar sempre mais os outros, próximos e distantes; peçamos-lhe para sermos capazes de abrir a nossa oração às dimensões do mundo, sem a limitar ao pedido de ajuda para os nossos problemas, mas recordando diante do Senhor o nosso próximo, apreendendo a beleza de interceder pelos outros; peçamos-lhe o dom da unidade visível entre todos os crentes em Cristo — invocámo-lo com vigor nesta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos — orando para estarmos sempre prontos a explicar a razão da nossa esperança a quantos no-la perguntarem (cf. 1 Pd 3, 15). Obrigado!

Festa da Conversão de São Paulo

25 de Janeiro de 2012
 
HOMILIA DO PAPA BENTO XVI
Basílica de São Paulo fora dos Muros
 
Amados irmãos e irmãs
É com grande alegria que dirijo a minha calorosa saudação a todos vós, que vos congregastes nesta Basílica, na Festa litúrgica da Conversão de São Paulo, para encerrar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, neste ano durante o qual nós celebraremos o quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, que o beato João XXIII anunciou precisamente nesta Basílica, no dia 25 de janeiro de 1959. O tema oferecido à nossa meditação na Semana de oração, que hoje concluímos, é: «Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo» (cf. 1 Cor 15, 51-58).
O significado desta transformação misteriosa, da qual nos fala a breve segunda leitura desta tarde, é demonstrado admiravelmente na vicissitude pessoal de são Paulo. A seguir ao acontecimento extraordinário ocorrido ao longo do caminho de Damasco, Saulo, que se distinguia pela diligência com que perseguia a Igreja nascente, foi transformado num apóstolo incansável do Evangelho de Jesus Cristo. Na vicissitude deste evangelizador extraordinário vê-se claramente que essa transformação não é o resultado de uma longa reflexão interior, nem sequer o fruto de um esforço pessoal. Ela é, antes de tudo, obra da graça de Deus que agiu em conformidade com as suas modalidades imperscrutáveis. É por isso que Paulo, escrevendo à comunidade de Corinto alguns anos depois da sua conversão afirma, como ouvimos na primeira leitura destas Vésperas: «Mas pela graça de Deus sou aquele que sou, e a graça que Ele me concedeu não foi inútil» (1 Cor 15, 10). Além disso, considerando com atenção a vicissitude de são Paulo, compreende-se como a transformação que ele experimentou na sua existência não se limita ao plano ético — como conversão da imoralidade para a moralidade — nem sequer ao plano intelectual — como mudança do próprio modo de compreender a realidade — mas trata-se sobretudo de uma renovação radical do próprio ser, sob muitos aspectos semelhante a um renascimento. Tal transformação encontra o seu fundamento na participação no mistério da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, e delineia-se como um caminho gradual de conformação a Ele. À luz desta consciência são Paulo, quando sucessivamente é chamado a defender a legitimidade da sua vocação apostólica e do Evangelho por ele anunciado, diz: «Já não sou eu que vivo. É Cristo que vive em mim. E esta vida, que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a Si mesmo por mim» (Gl 2, 20).
A experiência pessoal vivida por são Paulo permite-lhe aguardar com esperança fundada o cumprimento deste mistério de transformação, que dirá respeito a todos aqueles que acreditaram em Jesus Cristo e também a toda a humanidade e à criação inteira. Na breve segunda leitura que foi proclamada esta tarde são Paulo, depois de ter desenvolvido uma longa argumentação destinada a fortalecer nos fiéis a esperança da ressurreição, utilizando as imagens tradicionais da literatura apocalíptica que lhe é contemporânea, descreve em poucas linhas o grande dia do juízo final, em que se cumpre o destino da humanidade: «Num instante, num abrir e fechar de olhos, ao som da trombeta final... os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados» (1 Cor 15, 52). Nesse dia, todos os crentes serão transformados em conformidade com Cristo e tudo o que é corruptível será transformado pela sua glória: «Com efeito, é necessário — diz são Paulo — que este corpo corruptível se revista de incorruptibilidade, que este corpo mortal se revista de imortalidade» (v. 53). Então, o triunfo de Cristo será finalmente completo porque, diz-nos ainda são Paulo demonstrando como as antigas profecias das Escrituras se realizam, a morte será vencida definitivamente e, com ela, o pecado que a fez entrar no mundo e a lei que fixa o pecado sem dar a força de o derrotar: «A morte foi tragada pela vitória. / Onde está, ó morte, a tua vitória? / Onde está, ó morte, o teu aguilhão? / O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei» (vv. 54-56). Por conseguinte, são Paulo diz-nos que cada homem, mediante o baptismo na morte e ressurreição de Cristo, participa na vitória daquele que foi o primeiro a derrotar a morte, dando início a um caminho de transformação que se manifesta desde já numa novidade de vida e que alcançará a sua plenitude no fim dos tempos.
É muito significativo que este trecho se conclua com uma acção de graças: «Sejam dadas graças a Deus, que nos concede a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo!» (v. 57). O cântico de vitória sobre a morte transforma-se em canto de acção de graças, elevado ao Vencedor. Também nós esta tarde, celebrando os louvores vespertinos de Deus, queremos unir as nossas vozes, as nossas mentes e os nossos corações a este hino de acção de graças por aquilo que a graça divina realizou no Apóstolo das nações e pelo admirável desígnio salvífico que Deus Pai cumpre em nós por meio do Senhor Jesus Cristo. Enquanto elevamos a nossa oração, tenhamos confiança de que seremos transformados, também nós, e conformados à imagem de Cristo. Isto é particularmente verdadeiro na prece pela unidade dos cristãos. Com efeito, quando imploramos o dom da unidade dos discípulos de Cristo, façamos nosso o desejo expresso por Jesus Cristo na vigília da sua paixão e morte na oração dirigida ao Pai: «Para que todos sejam um» (Jo 17, 21). Por este motivo, a oração pela unidade dos cristãos mais não é do que participação na realização do desígnio divino para a Igreja, e o compromisso diligente em prol do restabelecimento da unidade é um dever e uma grande responsabilidade para todos.
Mesmo experimentando nos nossos dias a situação dolorosa da divisão, nós cristãos podemos e devemos olhar para o futuro com esperança, enquanto a vitória de Cristo significa a superação de tudo o que nos impede de compartilhar a plenitude de vida com Ele e com o próximo. A ressurreição de Jesus Cristo confirma que a bondade de Deus vence o mal, o amor supera a morte. Ele acompanha-nos na luta contra a força destruidora do pecado que prejudica a humanidade e toda a criação de Deus. A presença de Cristo ressuscitado exorta todos nós, cristãos, a agir juntos na causa do bem. Unidos em Cristo, somos chamados a compartilhar a sua missão, que consiste em levar a esperança onde predominam a injustiça, o ódio e o desespero. As nossas divisões tornam menos luminoso o nosso testemunho de Cristo. A meta da unidade plena, que aguardamos em esperança diligente, e pela qual oramos com confiança, é uma vitória não secundária, mas importante para o bem da família humana.
Na cultura hoje predominante, a ideia de vitória anda muitas vezes associada a um sucesso imediato. Na perspectiva cristã, ao contrário, a vitória é um longo e, aos nossos olhos, nem sempre linear processo de transformação e de crescimento no bem. Ela verifica-se segundo os tempos de Deus, não segundo os nossos, e exige de nós fé profunda e perseverança paciente. Embora o Reino de Deus tenha irrompido definitivamente na história com a Ressurreição de Jesus, ele ainda não se cumpriu plenamente. A vitória final terá lugar com a segunda vinda do Senhor, que nós aguardamos com esperança paciente. Também a nossa expectativa pela unidade visível da Igreja deve ser paciente e confiante. Só em tal disposição encontram o seu significado completo a nossa oração e o nosso compromisso quotidiano em prol da unidade dos cristãos. A atitude de expectativa paciente não significa passividade nem resignação, mas resposta pronta e atenta a cada possibilidade de comunhão e fraternidade, que o Senhor nos concede.
Neste clima espiritual, gostaria de dirigir algumas saudações particulares, em primeiro lugar ao Cardeal Monterisi, Arcipreste desta Basílica, ao Abade e à Comunidade dos monges beneditinos que nos hospedam. Saúdo o Cardeal Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e todos os colaboradores deste Dicastério. Dirijo as minhas saudações cordiais e fraternas a Sua Eminência o Metropolita Gennadios, representante do Patriarcado ecuménico, e ao Reverendo Cónego Richardson, representante pessoal em Roma do Arcebispo de Canterbury, e a todos os representantes das várias Igrejas e Comunidades eclesiais, aqui reunidos esta tarde. Além disso, é-me particularmente grato saudar alguns membros do Grupo de trabalho composto por representantes de diversas Igrejas e Comunidades eclesiais presentes na Polónia, que prepararam os subsídios para a Semana de Oração deste ano, aos quais gostaria de manifestar a minha gratidão e os meus bons votos para que continuem ao longo do caminho da reconciliação e da colaboração fecunda, como também os membros do Global Christian Forum que nestes dias estão em Roma para meditar a respeito da abertura da participação no movimento ecuménico de novos elementos. E saúdo inclusive o grupo de estudantes do Instituto Ecuménico de Bossey, do Conselho Ecuménico das Igrejas.
À intercessão de são Paulo desejo confiar todos aqueles que, com a sua oração e o seu compromisso, se prodigalizam pela causa da unidade dos cristãos. Embora às vezes possamos ter a impressão de que o caminho rumo ao pleno restabelecimento da comunhão ainda seja muito longo e cheio de obstáculos, convido todos a renovar a própria determinação na busca, com coragem e generosidade, a unidade que é a vontade de Deus, seguindo o exemplo de são Paulo, que diante de dificuldades de todos os tipos conservou sempre firme a confiança no Deus que completa a sua obra. De resto, neste caminho não faltam sinais positivos de uma renovada fraternidade e de um sentido comum de responsabilidade perante as grandes problemáticas que afligem o nosso mundo. Tudo isto é motivo de alegria e de grande esperança, e deve encorajar-nos a continuar o nosso compromisso para chegarmos todos juntos à meta final, conscientes de que o nosso trabalho não é em vão no Senhor (cf. 1 Cor 15, 58). Amém!


Evangelho do Dia 25

Conversão de São Paulo
25 de janeiro

Marcos 16, 15-18
E disse-lhes:  "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.  Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.  Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados".

COMENTÁRIO
"Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura."
Jesus ressuscitado aparece a Paulo a caminho de Damasco.  O encontro com Cristo mudou completamente a vida de Paulo, e também pode mudar a vida de qualquer um de nós.  Paulo, ao converter-se, se transforma em proclamador do Evangelho.
O texto bíblico refere-se à grande missãoe há um esquema bem claro: envio, julgamento e sinais.
O envio é universal (como aparece em Mt 28, 16-20).  Estamos aqui num contexto universal, do tipo cósmico.  Desaparecem os povos enquanto disitntos e surge uma nova humanidade, emerge o cosmos como campo aberto à palavra dos missionários.  
Depois do envio vem o julgamento.   A referência a Jesus (fé) e a identificação eclesial (batismo) são agora meios fundamentais  da salvação.  Opôem-se, assim, dois caminhos que devemos matizar.  A salvação está ligada à fé/batismo; a condenação acontece por falta de fé.
E, por fim, os sinais eclesiais e, de um modo especial, o poder dos missionários.

Santos do Dia 25

25 de janeiro

   Conversão de São Paulo
O martírio de São Paulo é celebrado junto com o de São Pedro, em 29 de junho, mas sua conversão tem tanta importância para a história da Igreja que merece uma data à parte. Neste dia, no ano 1554, deu-se também a fundação da que seria a maior cidade do Brasil, São Paulo, que ganhou seu nome em homenagem a tão importante acontecimento.
Saulo, seu nome original, nasceu no ano 10 na cidade de Tarso, na Cilícia, atual Turquia. À época era um pólo de desenvolvimento financeiro e comercial, um populoso centro de cultura e diversões mundanas, pouco comum nas províncias romanas do Oriente. Seu pai Eliasar era fariseu e judeu descendente da tribo de Benjamim, e, também, um homem forte, instruído, tecelão, comerciante e legionário do imperador Augusto. Pelo mérito de seus serviços recebeu o título de Cidadão Romano, que por tradição era legado aos filhos. Sua mãe uma dona de casa muito ocupada com a formação e educação do filho.
Portanto, Saulo era um cidadão romano, fariseu de linhagem nobre, bem situado financeiramente, religioso, inteligente, estudioso e culto. Aos quinze anos foi para Jerusalém dar continuidade aos estudos de latim, grego e hebraico, na conhecida Escola de Gamaliel, onde recebia séria educação religiosa fundamentada na doutrina dos fariseus, pois seus pais o queriam um grande Rabi, no futuro.
Parece que era mesmo esse o anseio daquele jovem baixo, magro, de nariz aquilino, feições morenas de olhos negros, vivos e expressivos. Saulo já nessa idade se destacava pela oratória fluente e cativante marcada pela voz forte e agradável, ganhando as atenções dos colegas e não passando despercebido ao exigente professor Gamaliel.
Saulo era totalmente contrário ao cristianismo, combatia-o ferozmente, por isso tinha muitos adversários. Foi com ele que Estêvão travou acirrado debate no templo judeu, chamado Sinédrio. Ele tanto clamou contra Estevão que este acabou apedrejado e morto, iniciando-se então uma incansável perseguição aos cristãos, com Saulo à frente com total apoio dos sacerdotes do Sinédrio.
Um dia, às portas da cidade de Damasco, uma luz, descrita nas Sagradas Escrituras como "mais forte e mais brilhante que a luz do Sol", desceu dos céus, assustando o cavalo e lançando ao chão Saulo , ao mesmo tempo em que ouviu a voz de Jesus pedindo para que parasse de persegui-Lo e aos seus e, ao contrário, se juntasse aos apóstolos que pregavam as revelações de Sua vinda à Terra. Os acompanhantes que também tudo ouviram, mas não viram quem falava, quando a luz desapareceu ajudaram Saulo a levantar pois não conseguia mais enxergar. Saulo foi levado pela mão até a cidade de Damasco, onde recebeu outra "visita" de Jesus que lhe disse que nessa cidade deveria ficar alguns dias pois receberia uma revelação importante. A experiência o transformou profundamente e ele permaneceu em Damasco por três dias sem enxergar, e à seu pedido também sem comer e sem beber.
Depois Saulo teve uma visão com Ananias, um velho e respeitado cristão da cidade, na qual ele o curava. Enquanto no mesmo instante Ananias tinha a mesma visão em sua casa. Compreendendo sua missão, o velho cristão foi ao seu encontro colocando as mãos sobre sua cabeça fez Saulo voltar a enxergar, curando-o. A conversão se deu no mesmo instante pois ele pediu para ser Batizado por Ananias. De Damasco saiu a pregar a palavra de Deus, já com o nome de Paulo, como lhe ordenara Jesus, tornando-se Seu grande apóstolo.
Sua conversão chamou a atenção de vários círculos de cidadãos importantes e Paulo passou a viajar pelo mundo, evangelizando e realizando centenas de conversões. Perseguido incansavelmente, foi preso várias vezes e sofreu muito, sendo martirizado no ano 67, em Roma. Suas relíquias se encontram na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, na Itália, festejada no dia de sua consagração em 18 de novembro.
O Senhor fez de Paulo seu grande apóstolo, o apóstolo dos gentios, isto é, o evangelizador dos pagãos. Ele escreveu 14 cartas, expondo a mensagem de Jesus, que se transformaram numa verdadeira "Teologia do Novo Testamento". Também é o patrono das Congregações Paulinas que continuam a sua obra de apóstolo, levando a mensagem do Cristianismo a todas as partes do mundo, através dos meios de comunicação.

L'Angelus

L'Ange du Seigneur apporta l'annonce à Marie,
Et elle conçut du Saint-Esprit.
  • Je vous salue, Marie, pleine de grâce; le Seigneur est avec vous; vous êtes bénie entre toutes les femmes et Jesus, le fruit de vos entrailles est béni.  Sainte Marie, mère de Dieu, priez pour nous, pauvres pécheurs, maintenant et à l'heure de notre mort. Amen
Voici la servante du Seigneur,
Qu'il me soit fait selon votre parole.
  • Je vous salue, Marie...
Et le Verbe s'est fait chair,
Et il a habité parmi nous.
  • Je vous salue, Marie...
Priez pour nous, sainte Mère de Dieu, afin que nous soyons rendus dignes des promesses du Christ.

Prions
  • Daigne, Seigneur, répandre ta grâce dans nos âmes, afin qu'ayant connu par le message de l'Ange, l'Incarnation du Christ, ton Fils, nous arrivions, par sa Passion et par sa Croix, à la gloire de sa Résurrection.  Par le Christ notre Seigneur. Amen

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Oração para implorar a Deus nas dificuldades e aflições por intermédio do Padre José Kentenich

Deus Pai, todo-poderoso, és o amor e a misericórdia.  Somente Tu, como Pai onisciente, compreendes tudo o que se passa em mim.  Ajuda-me, Pai de bondade, nesta minha grande aflição.  Atende-me por intermédio do Padre José Kentenich.  Como fiel sacerdote, ele amou tanto a Tua Igreja peregrina e procurou conduzir todos os que dele se aproximavam a um amor pessoal a Ti.  Foi sábio e humilde conselheiro para todos os que dele precisaram.  Concede-me, Pai eterno, por intercessão do Padre José Kentenich, especialmente a graça (...).  Em sinal de gratidão, eu te ofereço o precioso sangue de Cristo nas intenções da Santa Igreja e por todos os que se encontram em grandes aflições.  Querida Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, roga ao Pai eterno que conceda ao Padre José Kentenich a honra dos altares como recompensa por todo o bem que fez à Igreja, para teu louvor e a glória da Santísssima Trindade.  Amém.
Reze três Glória ao Pai.

Oração pela glorificação do Bem-Aventurado José Timóteo Giaccardo

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, que concedeste ao bem-aventurado José Timóteo Giaccardo o dom de viver o Evangelho de forma heróica, buscando acima de tudo o reino de Deus, an alegria da castidade, pobreza e obediência, inteiramente dedicado à comunicação de Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, nas pegadas de São Paulo e do Bem-Aventurado Tiago Alberione: vos peço para glorificá-lo concedendo-me esta graça...
Bem-aventurado Timóteo, confio na sua intercessão.  Amém.

Oração da Noite III

Adoro-vos, meu Deus, amo-vos de todo o coração.  Agradeço-vos porque me criastes, me fizestes cristão, me conservastes neste dia.  Perdoai-me as faltas que hoje cometi e, se fiz algum bem aceitai-o.  Protegei-me durante o repouso e livrai-me dos perigos.  A vossa graça esteja sempre comigo e com todos aqueles que amo.
Amém.

Rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria, um Glória ao Pai, um Salve Rainha e um Anjo de Deus.
Faz-se o exame de consciência.
Após o Ato de Contrição, recitam-se as seguintes invocações:

Jesus, José e Maria, dou-vos o meu coração e a minha alma.
Jesus, José e Maria, assisti-me na última agonia.
Jesus, José e Maria, expire em paz convosco a minha alma.

Angelus

Angelus Dómini nuntiávit Mariae:
Et concépit de Spíritu Sancto.
  • Ave,  Maria gratia plena; Dominum tecum; benedicta tu in mulieribus, et benedictus fructus ventris tui Iesus.  Sancta Maria, Mater Dei,ora pro nobis peccatoribus, nunc et in hora mortis nostrae. Amen.
Ecce ancilla Dómini:
Fiat mihi secúndum verbum tuum.
  • Ave, Maria..
Et verbum caro factum est:
Et habitávit in nobis.
  • Ave, Maria...
Ora pro nobis, sancta Dei Génitrix; Ut digni efficiámur promissiónibus Christi.
Orémus:
  • Gratiám tuam, quaésumus, Dómine, méntibus nostris infúnde, ut qui, Angelo nuntiánte, Christi Filii tui incarnatiónem cognóvimus per passiónem ejus et crucem ad ressurrectiónis glóriam perducámur.  Per eúndem Christum Dóminum nostrum. Amen.

Angelus

O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
E ela concebeu do Espírito Santo.
  • Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.  Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores agora e na hora de nossa morte.  Amém.
Eis aqui a escrava do Senhor.
Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
  • Ave Maria,...
E o Verbo divino se fez homem.
E habitou entre nós.
  • Ave Maria,...
Rogai por nós, Santa mãe de Deus, para que sejamos dignos da promessas de Cristo.
Oremos:
  • Infundi, Senhor, em nossos corações a vossa graça, a fim de que, conhecendo pelo an[uncio do Anjo a encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, cheguemos pela sua paixão e morte à glória da ressurreição.  Pelo mesmo Cristo, nosso Senhor. Amém

Oração da Manhã IV

Ó Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tende piedade de nós.
Rainha dos Apóstolos, rogai por nós.
São Paulo Apóstolo, rogai por nós.
De todo pecado, livrai-nos, Senhor.

O divino Mestre afirmou:  "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6).  Isto é:  "Eu sou o Caminho que deves seguir, a Verdade que deves crer, a Vida que deves esperar" (Imitação 3, 56).  Ele vive na pessoa em estado de graça e a pessoa em estado de graça vive nele para a glória de Deus e a paz dos homens.

Pequeno Ato de Contrição

Meu Deus, eu me arrependo de todo o coração de vos ter ofendido, porque sois tão bom e amável.  Prometo, com a vossa graça. nunca mais pecar.  Meu Jesus, misericórdia!

Ato de Contrição

Senhor, eu me arrependo sinceramente de todo mal que pratiquei e do bem que deixei de fazer.  Pecando, eu vos ofendi, meu Deus e sumo bem, digno de ser amado sobre todas as coisas.  Prometo firmemente, ajudado com a vossa graça. fazer penitência e fugir às ocasiões de pecar.  Senhor tende piedade de mim, pelos méritos da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, nosso Salvador.

Ato de Caridade

Eu vos amo meu Deus, de todo coração e sobre todas as coisas, porque sois infinitamente bom e amável e antes quero perder tudo que vos ofender.  Por vosso amor, amo o meu próximo como a mim mesmo.

Ato de Esperança

Eu espero, meu Deus, com firme confiança que pelos merecimentos de nosso Senhor Jesus Cristo me dareis a lvação eterna e as graças necessárias para consegui-la, porque sois sumamente bom e poderoso e o prometestes a quem observar o Evangelho de Jesus, como eu proponho fazer com o vosso auxílio.

Ato de Fé

Eu creio firmemente que há um só Deus, em três pessoas realmente distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.
Creio que o Filho de Deus se fez homem, padeceu e morreu na cruz para nos salvar e que ao terceiro dia ressuscitou.
Creio tudo mais que crê e ensina a Igreja de Cristo, porque Deus, verdade infalível, lho revelou.  E nesta crença quero viver e morrer.  Senhor, aumentai a minha fé!

Para passar bem o dia

Ó Maria, minha querida e terna Mãe, colocai vossa mão sobre minha cabeça.  Guardai minha mente, meu coração e meus sentidos, para que eu não cometa o pecado. 
Santificai os meus pensamentos, sentimentos, palavras e ações, para que eu possa agradar a vós e ao vossso Jesus e meu Deus.  E assim, possa parttilhar da vossa felicidade no céu.  Jesus e Maria, dai-me vossa benção: em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo.
Amém.

Ó meu Jesus

Ó meu Jesus!  Perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno.  Levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem.

Anjo da Guarda

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou a ipedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina.
amém.

Anjo de Deus

Anjo de Deus, que sois a minha guarda, e a quem fui confiado por celestial piedade, iluminai-me, guardai-me, protegei-me, governai-me.
Amém.

Oferecimento do Dia

Adoro-vos, meu Deus, amo-vos de todo o meu coração.  Agradeço-vos porque me criastes, me fizestes cristão, me conservastes a vida e a saúde.
Ofereço-vos o meu dia: que todas as minhas ações correspondam à vossa vontade.  E que eu faça tudo para a vossa glória e a paz dos homens.  Livrai-me do pecado, do perigo e de todo o mal.  Que a vossa graça, benção, luz e presença permaneçam sempre comigo e com todos aqueles que eu amo.
Amém.

Orações pelas intenções do Santo Padre o Papa

Neste mês de janeiro, junto com as Irmãs Adoradoras do Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt, unamos diariamente nossas orações com toda a Igreja:
  • Para que as vítimas dos desastres naturais recebam o conforto espiritual e material necessário para reconstruir a sua vida;
  • Para que o compromisso dos cristãos em favor da paz seja ocasião para testemunhar o nome de Cristo a todos os homens de boa vontade.

Evangelho do Dia 24

24 de janeiro

Marcos 3, 31-35
Chegaram sua mãe e seus irmãos e estando do lado de fora, mandaram chamá-lo.  Ora a mutidão estava sentada ao redor dele; e disseram-lhe:  "Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e te procuram".  Ele respondeu-lhes:  "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?". E, correndo o olhar sobre a multidão, que estava sentada ao redor dele, disse:  "Eis aqui minha mãe e meus irmãos.  Aquele que faz a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe".

COMENTÁRIO
'Aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe."
Os familiares de Jesus já haviam manifestado sobre ele o seu parecer e o seu propósito, mas ainda não haviam recebido de seus lábios nenhuma resposta.
As palavras de Jesus não revelam indiferença de sentimentos ou desprezo dos vínculos familiares, tão estreitos na Palestina.  Revelam melhor as exigências que levam consigo ao chamado divino, pelo qual , se via constituindo a nova e a verdadeira família de Jesus.
Trata-se, portanto, de uma exortação àqueles que estão ali sentados, e por meio deles, à comunidade cristã de todos os tempos.  A escuta atenta de sua palavra e cumprimento da vontade de Deus serão os aspectos que caracterizam sempre o antêntico cristão.
O que nos identifica e nos une é muito mais que o sangue, o parentesco, é a amizade.  Há um outro plano de vida que se estabelece por um aspecto novo:  fazer a vontade de Deus.  Não se faz a vontade de Deus sendo passivos coniventes e conformistas com tudo o que nos cerca.

Santos do Dia 24

24 de janeiro 

  Santo Francisco de Sales
Francisco de Sales, primogênito dos treze filhos dos Barões de Boisy, nasceu no castelo de Sales, na Sabóia, em 21 de agosto de 1567. A família devota de São Francisco de Assis, escolheu esse para ele, que posteriormente o assumiu como exemplo de vida. A mãe se ocupava pessoalmente da educação de seus filhos. Para cada um escolheu um preceptor. O de Francisco era o padre Deage, que o acompanhou até sua morte, inclusive em Paris, onde o jovem barão fez os estudos universitários no Colégio dos jesuítas.
Francisco estudou retórica, filosofia e teologia que lhe permitiu ser depois o grande teólogo, pregador, polemista e diretor espiritual que caracterizaram seu trabalho apostólico. Por ser o herdeiro direto do nome e da tradição de sua família, recebeu também lições de esgrima, dança e equitação, para complementar sua já apurada formação. Mas se sentia chamado para servir inteiramente a Deus, por isso fez voto de castidade e se colocou sob a proteção da Virgem Maria.
Aos 24 anos, Francisco, doutor em leis, voltou para junto da família, que já lhe havia escolhido uma jovem nobre e rica herdeira para noiva e conseguido um cargo de membro do Senado saboiano. Ao vê-lo recusar tudo, seu pai soube do seu desejo de ser sacerdote, através do tio, cônego da catedral de Genebra, com quem Francisco havia conversado antes. Nessa mesma ocasião faleceu o capelão da catedral de Chamberi, e, o cônego seu tio, imediatamente obteve do Papa a nomeação de seu sobrinho para esse posto.
Só então seu pai, o Barão de Boisy, consentiu que seu primogênito se dedicasse inteiramente ao serviço de Deus. Sem poder prever que ele estava destinado a ser elevado à honra dos altares; e, muito mais, como Doutor da Igreja!
Durante os cinco primeiros anos de sua ordenação, o então padre Francisco, se ocupou com a evangelização do Chablais, cidade situada às margens do lago de Genebra, convertendo, com o risco da própria vida, os calvinistas. Para isso, divulgava folhetos nos quais refutava suas heresias, mediante as verdades católicas. Conseguindo reconduzir ao seio da verdadeira Igreja milhares de almas que seguiam o herege Calvino. O nome do padre Francisco começava a emergir como grande confessor e diretor espiritual.
Em 1599, foi nomeado Bispo auxiliar de Genebra; e, três anos depois, assumiu a titularidade da diocese. Seu campo de ação aumentou muito. Assim, Dom Francisco de Sales fundou escolas, ensinou catecismo às crianças e adultos, dirigiu e conduziu à santidade grandes almas da nobreza, que desempenharam papel preponderante na reforma religiosa empreendida na época com madre Joana de Chantal, depois Santa, que se tornou sua co-fundadora da Ordem da Visitação, em 1610.
Todos queriam ouvir a palavra do Bispo, que era convidado a pregar em toda parte. Até a família real da Sabóia não resistia ao Bispo-Príncipe de Genebra, que era sempre convidado para pregar também na Corte.
Publicou o livro que se tornaria imortal: "Introdução à vida devota". Francisco de Sales também escreveu para suas filhas da Visitação, o célebre "Tratado do Amor de Deus", onde desenvolveu o lema : "a medida de amar a Deus é amá-lo sem medida". Os contemporâneos do Bispo-Príncipe de Genebra não tinham dúvidas a respeito de sua santidade, dentre eles Santa Joana de Chantal e São Vicente de Paulo, dos quais foi diretor espiritual.
Francisco de Sales faleceu no dia 28 de dezembro de 1622, em Lion, França. O culto ao Santo começou no próprio momento de sua morte. Ele é celebrado no dia 24 de janeiro porque neste dia, do ano de 1623, as suas relíquias mortais foram trasladadas para a sepultura definitiva em Anneci. Sua beatificação, em 1661, foi a primeira a ocorrer na basílica de São Pedro em Roma. Foi canonizado quatro anos depois. Pio IX declarou-o Doutor da Igreja e Pio XI proclamou-o o Padroeiro dos jornalistas e dos escritores católicos. Dom Bosco admirava tanto São Francisco de Sales que deu o nome de Congregação Salesiana à Obra que fundou para a educação dos jovens.