29 de abril
Santa Catarina de Sena

Desejando seguir o caminho da perfeição, aos sete anos de idade
consagrou sua virgindade a Deus. Tinha visões durante as orações
contemplativas e fazia rigorosas penitências, mesmo contra a oposição
familiar. Aos quinze anos, Catarina ingressou na Ordem Terceira de São
Domingos. Durante as orações contemplativas, envolvia-se em êxtase, de
tal forma que só esse fato possibilitou que convertesse centenas de
almas durante a juventude. Já adulta e atuante, começou por ditar cartas
ao povo, orientando suas atitudes, convocando para a caridade, o
entendimento e a paz. Foi então que enfrentou a primeira dificuldade que
muitos achariam impossível de ser vencida: o cisma católico.
Dois papas disputavam o trono de Pedro, dividindo a Igreja e fazendo
sofrer a população católica em todo o mundo. Ela viajou por toda a
Itália e outros países, ditou cartas a reis, príncipes e governantes
católicos, cardeais e bispos, e conseguiu que o papa legítimo, Urbano
VI, retomasse sua posição e voltasse para Roma. Fazia setenta anos que o
papado estava em Avignon e não em Roma, e a Cúria sofria influências
francesas.
Outra dificuldade, intransponível para muitos, que enfrentou
serenamente e com firmeza, foi a peste, que matou pelo menos um terço da
população européia. Ela tanto lutou pelos doentes, tantos curou com as
próprias mãos e orações, que converteu mais algumas centenas de pagãos.
Suas atitudes não deixaram de causar perplexidade em seus
contemporâneos. Estava à frente, muitos séculos, dos padrões de sua
época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou
inexistente.
Em meio a tudo isso, deixou obras literárias ditadas e editadas de
alto valor histórico, místico e religioso, como o livro "Diálogo sobre a
Divina Providência", lido, estudado e respeitado até hoje. Catarina de
Sena morreu no dia 29 de abril de 1380, após sofrer um derrame aos
trinta e três anos de idade. Sua cabeça está em Sena, onde se mantém sua
casa, e seu corpo está em Roma, na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva.
Foi declarada "doutora da Igreja" pelo papa Paulo VI em 1970.
São Pedro de Verona

Entretanto, o único colégio que havia no local era católico e lá o
menino não só aprendeu as ciências da vida como os caminhos da alma.
Pedro se converteu e se separou da família, indo para Bolonha para
terminar os estudos. Ali acabava de ser fundada a Ordem dos Dominicanos,
onde ele logo foi aceito, recebendo a missão de evangelizar. Foi o que
fez, viajando por toda a Itália, espalhando suas palavras fortes e um
discurso de fé que convertiam as massas. Todas as suas pregações eram
acompanhadas de graças, que impressionavam toda comunidade por onde
passava. E isso logo despertou a ira dos hereges.
Primeiro inventaram uma calúnia contra ele. Achando que aquilo era
uma prova de Deus, Pedro não tentou provar inocência. Aguardou que Jesus
achasse a hora certa de revelar a verdade. Foi afastado da pregação por
um bom tempo, até que a mentira se desfez sozinha, e ele foi chamado de
volta e aclamado pela comunidade.
Voltando às viagens evangelizadoras, seus inimigos o afrontaram de
novo tentando provar que suas graças não passavam de um embuste. Um
homem fingiu estar doente, e outro foi buscar Pedro. Este, percebendo
logo o que se passava, rezou e pediu a Deus que, se o homem estivesse
mesmo doente, ficasse curado. Mas, se a doença fosse falsa, então que
ficasse doente de verdade. O maniqueu foi tomado por uma febre
violentíssima, que só passou quando a armadilha foi confessada
publicamente. Perdoado por Pedro, o homem se converteu na mesma hora.
Pedro anunciou, ainda, não só o dia de sua morte, como as circunstâncias
em que ela ocorreria. E, mesmo tendo esse conhecimento, não deixou de
fazer a viagem que seria fatal.
No dia 29 de abril de 1252, indo da cidade de Como para Milão, foi
morto com uma machadada por um maniqueu que o emboscou. O nome do
assassino era Carin, que, mais tarde, confessou o crime e, cheio de
remorso, se internou como penitente no convento dominicano de Forli.
Imediatamente, o seu culto se difundiu em meio a comoção e espanto
dos fiéis, que passaram a visitar o seu túmulo, onde as graças
aconteciam em profusão. Apenas onze meses depois, o papa Inocente IV
canonizou-o, fixando a festa de são Pedro de Verona para o dia de sua
morte.
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