18 de janeiro
Marcos 1, 1-6
Noutra vez, entrou ele na sinagoga e achava-se ali um homem que tinha a mão seca. Ora, estavam-no observando se o curaria no dia de sábado, para o acusarem. Ele diz ao homem da mão seca: "Vem para o meio". Então, lhes pergunta: "É permitido fazer o bem ou o mal no sábado? Salvar uma vida ou matar?". Mas eles se calavam. Então, lançando um olhar indignado sobre eles, e contristado com a dureza de seus corações, diz ao homem: "Estende tua mão!". Ele estendeu-a e a mão foi curada. Saindo os fariseus dali, deliberaram logo com os herodianos como o haviam de perder.
COMENTÁRIO
"Ele estendeu-a ea mão foi curada."
Um novo episódio em dia de sábado, apenas para suscitar alguma controvérsia, aguça de tal modo o conflito entre Jesus e seus inimigos que faz vislumbrar já o seu trágico final.
A concepção da enfermidade como sinal de morte explica que Jesus pode passar, com plena coerência, da primeira parte de sua pergunta à segunda. Explica também o silêncio de seus adversários. Esse silêncio não é, no entanto, o de quem reconhece a sua própria derrota. É o de sua obstinação e cegueira, um silêncio no qual se pronuncia já a sentença de morte para Jesus. O tempo que se segue é empregado para apresentar os argumentos e provas que justificam esta sentença já emitida em seu coração.
As autorrevelações anteriores confirmam e se completam. Jesus é o médico que cura e perdoa, que se senta à mesa dos enfermos e pecadores; é o esposo que inaugura o tempo de felicidade; é o Filho do Homem que resgata o homem da escravidão do legalismo.
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