10 de janeiro
Marcos 1,21-28
"Jesus entrou na sinagoga e pôs-se a ensinar. Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Ora, na sinagoga deles achava-se um homem possesso de um espírito imundo, que gritou: "Que tens tu conosco, Jesus de Nazaré?" Vieste perder-nos? Sei quem és: o Santo de Deus!". Mas Jesus intimou-o, dizendo: "Cala-te, sai deste homem!". O espírito imundo agitou-o violentamente e, dando um grande grito, saiu. Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: "Que é isto? Eis um ensinamento novo, e feito com autoridade; além disso, ele manda até nos espíritos imundos e lhe obedecem!". A sua fama divulgou-se logo por todos os arredores da Galiléia."
COMENTÁRIO
"Todos se maravilhavam de sua doutrina e ensinava como quem tem autoridade."
Rodeado por alguns discípulos, Jesus inicia uma intensa atividade, entrando em relação com a multidão e com chefes religiosos. A relação de Jesus com a multidão é apresentada por meio de alguns sucessos - ensinamentos e curas - que dão razão à sua popularidade (v. 28).
A atuação de Jesus caracteriza-se por uma autoridade que surpreeende. Já suscitada entre os homens, a interrogação pelo mistério de sua pessoa é uma autação que não se limita ao espaço religioso; amplia-se também ao âmbito particular e profano.
Diante do ensinamento de Jesus, o texto não diz o conteúdo da instrução. Temos como resposta do povo que todos se admiravam. Marcos lembra a impressão de admiração e estupor produzida nos ouvintes e indica o motivo. O estupor deve-se ao tom de autoridade de suas palavras: diversamente dos escribas. Claro que a autoridade mostrada por Jesus em seu ensinamento é prova de sua autoconsciência de ser o Filho de Deus.
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