13 de janeiro
Marcos 2, 1-12
Jesus entrou novamente em Cafarnaum e souberam que ele estava em casa. Reuniu-se uma tal multidão, que não podiam encontrar lugar nem mesmo junto à porta. E ele os instruía. Trouxeram-lhe um paralítico, carregado por quatro homens. Como não pudessem apresentar-lho por causa da multidão, descobriram o teto por cima do lugar onde Jesus se achava e, por uma abertura, desceram o leito em que jazia o paralítico. Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: "Filho, perdoados te são os pecados". Ora, estavam ali sentados alguns escribas, que diziam uns aos outros: "Como pode este homem falar assim? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão Deus?". Mas Jesus, penetrando logo com seu espírito nos seus íntimos pensamentos, disse-lhes: "Por que pensais isto nos vossos corações? Que é mais fácil dizer ao paralítico: "Os pecados te são perdoados" ou dizer: "Levanta-te, toma o teu leito e anda?". Ora, para que conheçais o poder concedido ao Filho do Homem sobre a terra (disse ao paralítico), eu te ordeno: "Levanta-te, toma o teu leito e vai para casa". No mesmo instante, ele se levantou e, tomando o leite, foi-se embora à vista de todos (...)
COMENTÁRIO
"Quem pode perdoar pecados senão somente Deus?"
Na mentalidade judaica da época, o enfermo só seria curado quando Deus perdoasse os seus pecados. Era este raciocínio dos Escribas, perfeito, mas a dedução desta lógica é precipitada.
E Jesus se arroga sem rodeios o perdão divino. Diante disso, os mestres da Lei ficam escandalizados e imediatamente o qualificam de blasfemo.
Jesus não procura oferecer-lhe prova incontrolável e irrefutável, a prova dos fatos, colocando em pé o paralítico. Perdão e cura revelam a potestade divina de Jesus, não pretende respaldar a conexão casual que o judaísmo estabelecia entre pecado e enfermidade.
O texto salienta a fé, "vendo-lhes a fé". É a "fé nos milagres", ou seja, a absoluta confiança no poder e bondade de Jesus.
0 comentários:
Postar um comentário