30 de janeiro
Marcos 5, 1-20
Um homen possesso de espírito imundo(...). Vendo Jesus de longe, correu e prostou-se diante dele, gritando em voz alta: "Que queres tu de mim, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus, que não me atormentes". É que Jesus lhe dizia: "Espírito imundo, sai deste homem!" (...). Então, os espíritos imundos, tendo saído, entraram nos porcos; e a manada, de uns dois mil, precipitou-se no mar, afogando-se. Fugiram os pastores e narraram o fato na cidade e pelos arredores. Então, saíram a ver o que tinha acontecido (...). O que tinha sido possesso foi-se e começou a publicar, na Decápole, tudo o que Jesus lhe havia feito.(...)
COMENTÁRIO
Livre do espírito imundo, o homem foi-se e começou a divulgar o que Jesus fizera.
Vencido o obstáculo da tempestade acalmada (Mc 4,35-41), Jesus e os seus conseguem desembarcar no território pagão para depositar também ali a semente libertadora do Reino de Deus.
O encontro imediato com um possesso furioso e indômito e a sua morada entre os túmulos, revelam a situação do mundo em que Jesus agora se encontra. É um mundo alienado e sob o signo da morte. E, além disso, um mundo impuro, como é sugerido pela presença de uma manada de porcos, justamente na montanha, lugar de culto e oração.
Essa libertação realizada por Jesus suscita, como a tempestade acalmada, o estupor e o espanto de toda manifestação divina. O povo intui o alcance da ação e talvez se sinta agradecido. Mas teve um preço que eles consideraram excessivo e convidam a Jesus de um modo cortês que o deixem tranquila. Não querem complicação. Preferem a sua ausência no lugar de sua presença incômoda, porque onde ele entra as coisas não podem continuar como eram antes.
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