08 de fevereiro
Santo Jerônimo Emiliani
Jerônimo
Emiliani, de nobre família, nasceu em Veneza, Itália, em 1486. Sua
juventude foi bastante tumultuada, com comportamentos mundanos e
desregrados. Desde os quinze anos serviu como soldado e durante muito
tempo foi mantido como prisioneiro pelo exército imperial de Treviso.
Neste período, ele foi envolvido numa forte experiência de conversão.
Atormentado pela memória de seus pecados, reconheceu em Cristo
Crucificado o amor misericordioso do Pai.
Quando saiu em liberdade, se desfez de toda a fortuna e se consagrou
a uma missão muito especial, baseada na revelação da paternidade
divina: compartilhar e viver em comunidade com os órfãos, os pobres e os
doentes. Assim, em 1531 fundou um instituto de religiosos na cidade de
Somasca, Itália. Logo foram chamados de "padres Somascos". Jerônimo
Emiliani permaneceu leigo e dedicou sua existência a Deus e à caridade.
Seus trabalhos solidários se estendiam aos doentes e miseráveis como
também as crianças órfãs e às prostitutas.
A motivação da sua vida espiritual foi o desejo de devolver a Igreja
ao estado de santidade das primeiras comunidades cristãs. Este mesmo
ideal determinou o modo de organizar a vida das casas que acolhiam os
órfãos. O grupo religioso se destacou por proporcionar educação gratuita
aos menores abandonados e órfãos. Dos muitos colaboradores que se
aproximaram dele, alguns tomaram a decisão de seguir o seu estilo de
vida. Assim nascia a Companhia dos Servos dos Pobres.
Prestes a morrer, Jerônimo Emiliani transmitiu a seus discípulos um
testamento que sintetizava sua experiência espiritual e representava, ao
mesmo tempo, um itinerário de vida cristã: "Segui o caminho do
Crucificado, desprezai a iniqüidade, amai-vos uns aos outros e servi aos
pobres".
Jerônimo Emiliani faleceu na cidade de Somasca, Itália, no dia 8 de
fevereiro de 1537, vitimado pela peste que contraiu servindo aos doentes
durante uma epidemia que se alastrou na cidade. Apesar disso cuidou dos
enfermos até os últimos momentos de sua vida.
O papa Santo Pio V, em 1568 oficializou a Ordem dos Religiosos de
Somasca. Jerônimo Emiliani foi canonizado em 1767 e o dia 8 de Fevereiro
escolhido para a sua homenagem. Em 1928, o Papa Pio XI o declarou
Padroeiro dos órfãos e das crianças abandonadas.
Santa Josefina Bakhita
Bakhita
nasceu no Sudão, África, em 1869. Este nome, que significa
"afortunada", não recebeu de seus pais ao nascer, lhe foi imposto por
seus raptores. Esta flor africana conheceu as humilhações, os
sofrimentos físicos e morais da escravidão, sendo vendida e comprada
várias vezes. A terrível experiência e o susto, provado naquele dia,
causaram profundos danos em sua memória, inclusive o esquecimento do
próprio nome.
Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada por um cônsul italiano, que depois a levou consigo para a Itália. Durante a viagem, ele a entregou para viver com a família de um amigo, que residia em Veneza, e cuja esposa, havia se afeiçoado à ela.Depois, com o nascimento da filha do casal, Bakhita se tornou sua babá e amiga.
Os negócios desta família, na África, exigiam que retornassem. Mas, aconselhado pelo administrador, o casal confiou as duas, às irmãs da congregação de Santa Madalena de Canossa, em Schio, também em Veneza. Alí, Bakhita, conheceu o Evangelho. Era 1890 e ela tinha vinte e um anos quando foi batizada recebendo o nome de Josefina.
Após algum tempo, quando vieram buscá-las, Bakhita ficou. Queria se tornar uma irmã canossiana, para servir a Deus que lhe havia dado tantas provas do seu amor. Depois de sentir muita clareza do chamado para a vida religiosa, em 1896, Josefina Bakhita se consagrou para sempre a Deus, que ela chamava com carinho "o meu Patrão!".
Por mais de cinqüenta anos, esta humilde Filha da Caridade, se dedicou às diversas ocupações na congregação, sendo chamada por todos de "Irmã Morena". Ela foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. As irmãs a estimavam pela generosidade, bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido. "Sedes boas, amem a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".
A sua humildade, a sua simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de toda população. Com a idade, chegou a doença longa e dolorosa. Ela continuou a oferecer o seu testemunho de fé, expressando com estas simples palavras, escondidas detrás de um sorriso, a odisséia da sua vida: "Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico".
Na agonia reviveu os terríveis anos de escravidão e foi a Santa Virgem que a libertou dos sofrimentos. As suas últimas palavras foram: "Nossa Senhora!". Irmã Josefina Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, na congregação em Schio, Itália. Muitos foram os milagres alcançados por sua intercessão. Em 1992, foi beatificada pelo Papa João Paulo II e elevada à honra dos altares em 2000, pelo mesmo Sumo Pontífice. O dia para o culto de "Santa Irmã Morena" foi determinado o mesmo de sua morte.
Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada por um cônsul italiano, que depois a levou consigo para a Itália. Durante a viagem, ele a entregou para viver com a família de um amigo, que residia em Veneza, e cuja esposa, havia se afeiçoado à ela.Depois, com o nascimento da filha do casal, Bakhita se tornou sua babá e amiga.
Os negócios desta família, na África, exigiam que retornassem. Mas, aconselhado pelo administrador, o casal confiou as duas, às irmãs da congregação de Santa Madalena de Canossa, em Schio, também em Veneza. Alí, Bakhita, conheceu o Evangelho. Era 1890 e ela tinha vinte e um anos quando foi batizada recebendo o nome de Josefina.
Após algum tempo, quando vieram buscá-las, Bakhita ficou. Queria se tornar uma irmã canossiana, para servir a Deus que lhe havia dado tantas provas do seu amor. Depois de sentir muita clareza do chamado para a vida religiosa, em 1896, Josefina Bakhita se consagrou para sempre a Deus, que ela chamava com carinho "o meu Patrão!".
Por mais de cinqüenta anos, esta humilde Filha da Caridade, se dedicou às diversas ocupações na congregação, sendo chamada por todos de "Irmã Morena". Ela foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. As irmãs a estimavam pela generosidade, bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido. "Sedes boas, amem a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".
A sua humildade, a sua simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de toda população. Com a idade, chegou a doença longa e dolorosa. Ela continuou a oferecer o seu testemunho de fé, expressando com estas simples palavras, escondidas detrás de um sorriso, a odisséia da sua vida: "Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico".
Na agonia reviveu os terríveis anos de escravidão e foi a Santa Virgem que a libertou dos sofrimentos. As suas últimas palavras foram: "Nossa Senhora!". Irmã Josefina Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, na congregação em Schio, Itália. Muitos foram os milagres alcançados por sua intercessão. Em 1992, foi beatificada pelo Papa João Paulo II e elevada à honra dos altares em 2000, pelo mesmo Sumo Pontífice. O dia para o culto de "Santa Irmã Morena" foi determinado o mesmo de sua morte.
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