10 de fevereiro
Marcos 7, 31-37
Ele deixou de novo as fronteiras de Tito e foi por Sidônia ao mar da Galiléia, no meio do território da Decápole. Ora, apresentaram-lhe um surdo-mudo, rogando-lhe que lhe impusesse a mão. Jesus tomou-o à parte dentre o povo, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e tocou-lhe a língua com saliva. E levantou os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe: "Éfeta!", que quer dizer "abre-te!" No mesmo instante, os ouvidos se lhe abriram , a prisão da línguas se lhe desfez e ele falava perfeitamente. Proibiu-lhes que o dissessem a alguém. Mas quanto mais lhes proibia, tanto mais o publicavam. E tanto mais se admiravam, dizendo: "Ele fez bem todas as coisas. Fez ouvirem os surdos e falarem os mudos!".
COMENTÁRIO
Jesus colocou os dedos nas orelhas do surdo-mudo e, com saliva, tocou-lhe a língua e depois disse:"Éfeta!" que quer dizer "Abre-te!".
Marcos procura deixar bem claro que Jesus não é um mágico. Jesus age, toca, atua, fala. Jesus liberta-o de sua enfermidade: agora ele já pode falar. Os relatos de Marcos que se relacionam com olhos, ouvidos e língua têm um significado simbólico. O surdo-mudo é impossibilitado de relacionar-se, comunicar-se, de ouvir a Palavra de Deus e pronunciá-la.
As consequências são: carência, dependência e temores, convertendo-se em peso para a comunidade. O surdo-mudo representa todos os que têm ouvidos fechados à Palavra de Deus, é todo o que está longe da Palavra e, por isso, não está em condições de receber o dom de Deus.
Podemos ver aqui um símbolo da libertação daqueles que são oprimidos na sociedade, que não têm voz para se expressar e participar, daqueles que não são contados para nada.
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