28 de fevereiro
São Romano
Nascido no
ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do
Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França. No século IV, quando
nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de propiciar
elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do
progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses.
Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas
uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu por
entre os montes desertos dos arredores da cidade. Ele só foi localizado
por seu irmão Lupicino, depois de alguns anos. Romano tinha se tornado
um monge completamente solitário e vivia naquelas montanhas que fazem a
fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão como seu aluno e
seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos.
A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por
isso teve de fundar dois mosteiros masculinos, um em Condat e outro em
Lancome. Depois construiu um de clausura, feminino, em Beaume, no qual
Romano colocou como abadessa sua irmã. Os três ficaram sob as mesmas e
severas regras disciplinares, como Romano achava que seria correto para a
vida das comunidades monásticas. Romano e Lupicino se dividiam entre os
dois mosteiros masculinos na orientação espiritual, enquanto no
mosteiro de Beaume, Romano mantinha contato com a abadessa sua irmã,
orientando-a pessoalmente na vida espiritual.
Consta nos registros da Igreja que, durante uma viagem de Romano ao
túmulo de São Maurício, em Genebra, ele e um discípulo que o
acompanhava, depois também venerado pela Igreja, chamado Pelade,
tiveram de ficar hospedados numa choupana onde havia dois leprosos.
Romano os abraçou, solidarizou-se com eles e, na manhã seguinte, os dois
estavam curados.
A tradição, que a Igreja mantém, nos narra que este foi apenas o
começo de uma viagem cheia de prodígios e milagres. Depois, voltando
dessa peregrinação, Romano viveu recluso, na cela de seu mosteiro e se
reencontrou na ansiada solidão. Assim ele morreu, antes de seu irmão e
irmã, aos 73 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 463.
O culto de São Romano propagou-se velozmente na França, Suíça,
Bélgica, Itália, enfim por toda a Europa. As graças e prodígios que
ocorreram por sua intercessão são numerosos e continuam a ocorrer,
segundo os fieis que mantêm sua devoção ainda muito viva, nos nossos
dias.
Santo Osvaldo
Osvaldo
figura entre os grandes nomes católicos da Inglaterra e da Europa ao
final do primeiro milênio. De origem dinamarquesa, ele era sobrinho de
Oto, arcebispo da Cantuária e parente de Osil, arcebispo de York. Para
abraçar a religião escolheu a vida de monge beneditino e, por isso,
ingressou no convento de Fleury-sur-Lofre, na França.
Entretanto, Osvaldo foi chamado por seu tio Oscil que, desejando
fazer reformas em sua diocese, escolheu o sobrinho para encabeçá-las,
por causa de seu senso de justiça e da generosidade para com os pobres.
Assim, ele foi nomeado bispo de Worcester e uniu-se a dois outros
religiosos da mesma estirpe da região: Dunstan, arcebispo de Cantuária e
Eteluolde , bispo de Winchester. Desse modo, Osvaldo conseguiu
restabelecer a disciplina monástica que levou a diocese de seu tio a
recuperar o caminho correto dentro do cristianismo. Fundou dois
mosteiros em Westburi, perto de Bristol e o mais influente, o de Ramsei.
Por esta e muitas outras obras, o rei Edgar, o nomeou arcebispo de
York, em 972. Osvaldo fundou ainda uma abadia de beneditinos em
Worcester e desenvolveu muito o estudo científico nos mosteiros e
conventos que dirigiu.
Mas, ao mesmo tempo em que dava grande importância aos estudos
terrenos, em nenhum momento se desprendeu das obrigações e regras
espirituais, alcançando a graça de receber dons especiais e vivenciar
muitos fatos prodigiosos. Consta que ele operou diversas graças em
vida.
No dia 28 de fevereiro de 992, como de hábito o bispo Osvaldo
reproduzia durante a Quaresma a cerimônia do lava-pés e estava banhando
ele próprio os pés de doze mendigos, quando morreu. O seu corpo foi
transladado para uma nova sepultura na igreja de Santo Vulfistano, ele
também bispo de Worcester de 1062 até 1095.
Daniel Aleixo Brottier
Daniel
Aleixo Brottier nasceu no dia 7 de setembro de 1876, na diocese
francesa de Blois. Desde a infância revelou um caráter caridoso e
profunda religiosidade. Ingressou no seminário em 1890, passando com
tranqüilidade pelas ordenações menores, fazendo por um ano o serviço
militar e se consagrando sacerdote aos vinte e três anos.
Iniciou seu ministério lecionando no colégio eclesiástico, próximo de Paris, mas sentiu logo sua particular vocação para a vida missionária. Em 1902, ingressou na Congregação do Espírito Santo, na qual, emitiu seus votos perpétuos, um ano depois. Como padre espiritiano partiu para o distante Senegal, colônia francesa na África, onde deu vazão ao seu zelo missionário, de forma ímpar.
Depois de três anos, adoeceu gravemente e teve de retornar em definitivo. Mas, não abandonou sua missão. Na França, fundou a obra do "Memorial Africano" com o objetivo de construir a catedral de Dakar, capital do Senegal. Para isto, com o apoio do bispo de Dakar, outro padre espiritiano, foi nomeado vigário geral de Dakar, com residência em Paris e diretor da Catedral-Monumento.
Padre Daniel entrou com entusiasmo no jogo do seu bispo, e cumpriu sua tarefa. Organizou um secretariado, instalou um serviço de relações públicas, envolvendo no projeto um conjunto de personalidades, mas, sobretudo, emitiu uma alma para esta obra, de maneira que os cristãos da França não puderam ficar insensíveis. Depois de alguns meses de trabalho persistente, uma rede de amigos solidários se formou e se fixou, em todo o país.
O trabalho foi interrompido durante a Primeira Guerra Mundial, em 1914, quando ele foi voluntário e se alistou como capelão militar nas linhas de frente. Por quatros anos, assistiu os moribundos, cuidou dos feridos, dando assistência espiritual a todos, oficiais e soldados. Capelão lendário, arrojado e ponderado, corajoso e prudente, amigo e confidente, no final da Guerra, foi condecorado como "Oficial da Legião de Honra" e da "Cruz de Guerra".
A partir de 1919, padre Daniel retomou com toda energia o apostolado missionário e o projeto da Catedral de Dakar. Em 1923, decidiu fazer mais, fundou a Casa dos Órfãos Aprendizes de Autenil, passando a ser chamado "Pai dos Órfãos". Foi nomeado diretor da Casa pelo próprio Cardeal de Paris. À esta obra dedicou os últimos treze anos da sua vida. Educador nato, bondoso, conseguiu abrigar cerca de mil e quatrocentos jovens carentes e abandonados, sem nunca dispensar nenhum que batesse à sua porta. Fundou também a União Nacional dos Antigos Combatentes, tendo cerca de dois milhões de associados.
Sua fé, sua oração, sua grande capacidade inventiva e de organização fizeram dele um apóstolo e "homem de empresa", inovador, atuante e contemplativo; foi um padre moderno, um religioso inserido no seu tempo. No dia 2 de fevereiro de 1936, a Catedral de Dakar foi consagrada e entregue aos senegaleses. Ele não esteve presente, muito doente, morreu vinte e seis dias depois, em Paris. O Papa João Paulo II, em 1984, declarou Beato, Daniel Aleixo Brottier, cuja festa marcou para o dia do seu transito.
Iniciou seu ministério lecionando no colégio eclesiástico, próximo de Paris, mas sentiu logo sua particular vocação para a vida missionária. Em 1902, ingressou na Congregação do Espírito Santo, na qual, emitiu seus votos perpétuos, um ano depois. Como padre espiritiano partiu para o distante Senegal, colônia francesa na África, onde deu vazão ao seu zelo missionário, de forma ímpar.
Depois de três anos, adoeceu gravemente e teve de retornar em definitivo. Mas, não abandonou sua missão. Na França, fundou a obra do "Memorial Africano" com o objetivo de construir a catedral de Dakar, capital do Senegal. Para isto, com o apoio do bispo de Dakar, outro padre espiritiano, foi nomeado vigário geral de Dakar, com residência em Paris e diretor da Catedral-Monumento.
Padre Daniel entrou com entusiasmo no jogo do seu bispo, e cumpriu sua tarefa. Organizou um secretariado, instalou um serviço de relações públicas, envolvendo no projeto um conjunto de personalidades, mas, sobretudo, emitiu uma alma para esta obra, de maneira que os cristãos da França não puderam ficar insensíveis. Depois de alguns meses de trabalho persistente, uma rede de amigos solidários se formou e se fixou, em todo o país.
O trabalho foi interrompido durante a Primeira Guerra Mundial, em 1914, quando ele foi voluntário e se alistou como capelão militar nas linhas de frente. Por quatros anos, assistiu os moribundos, cuidou dos feridos, dando assistência espiritual a todos, oficiais e soldados. Capelão lendário, arrojado e ponderado, corajoso e prudente, amigo e confidente, no final da Guerra, foi condecorado como "Oficial da Legião de Honra" e da "Cruz de Guerra".
A partir de 1919, padre Daniel retomou com toda energia o apostolado missionário e o projeto da Catedral de Dakar. Em 1923, decidiu fazer mais, fundou a Casa dos Órfãos Aprendizes de Autenil, passando a ser chamado "Pai dos Órfãos". Foi nomeado diretor da Casa pelo próprio Cardeal de Paris. À esta obra dedicou os últimos treze anos da sua vida. Educador nato, bondoso, conseguiu abrigar cerca de mil e quatrocentos jovens carentes e abandonados, sem nunca dispensar nenhum que batesse à sua porta. Fundou também a União Nacional dos Antigos Combatentes, tendo cerca de dois milhões de associados.
Sua fé, sua oração, sua grande capacidade inventiva e de organização fizeram dele um apóstolo e "homem de empresa", inovador, atuante e contemplativo; foi um padre moderno, um religioso inserido no seu tempo. No dia 2 de fevereiro de 1936, a Catedral de Dakar foi consagrada e entregue aos senegaleses. Ele não esteve presente, muito doente, morreu vinte e seis dias depois, em Paris. O Papa João Paulo II, em 1984, declarou Beato, Daniel Aleixo Brottier, cuja festa marcou para o dia do seu transito.
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