11 de fevereiro
Marcos 8, 1-10
Naqueles dias, como fosse novamente numerosa a multidão, e não tivessem o que comer, Jesus convocou os discípulos e lhes disse: "Tenho compaixão deste povo. Já há três dias perseveram comigo e não têm o que comer. Se os despedir em jejum para suas casas, desfalecerão no caminho; e alguns deles vieram de longe!". Seus discípulos responderam-lhe: "Como poderá alguém fartá-los de pão aqui no deserto?". Mas ele perguntou-lhes: "Quantos pãos tendes?" "Sete" -, responderam. Mandou então que o povo se assentasse no chão. Tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e entregou-os a seus discípulos, para que os distribuíssem e eles os distribuíram ao povo. Tinham também alguns peixinhos. Ele os abençoou e mandou também distribuí-los. Comeram e ficaram fartos, e dos pedaços que sobraram levantaram sete cestos. (...)
COMENTÁRIO
Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo e não tem o que comer.
O texto fala da segunda multiplicação dos pães. Observa-se que esse milagre não se trata de uma narração repetida, duplicada. Marcos narra dois milagres da multiplicação dos pães: um no Capítulo 6 e outro no texto do Evangelho de hoje.
A interpretação mais coerente é que, na realidade, trata-se do mesmo milagre, transmitido por duas tradições diferentes: o do Capítulo 6 é o da comunidade palestinense; o segundo, o do Capítulo 8, é o da comunidade grega ou tradição helenística-grega.
A narrativa do milagre de hoje procura demonstrar que a vida que Jesus traz não é privilégio para alguns (no caso, o povo de Israel, Judeus), mas para todos, inclusive para os pagãos. O que Deus quer é vida e liberdade para todos e em todos os lugares.
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