24 de fevereiro
Mateus 9, 14-15
Então os discípulos de João, dirigindo-se a ele, perguntaram: "Por que jejuamos nós e os fariseus, e os teus discípulos não?". Jesus respondeu: "Podem os amigos do esposo afligir-se, enquanto o esposo está com eles? Dias virão em que lhes será tirado o esposo. Então eles jejuarão".
COMENTÁRIO
"Por que jejuamos nós e os fariseus e teus discípulos não?"
Logo após o relato da vocação de Mateus, encontramos na narrativa duas controvérsias que devem ser entendidas a partir do significado que tinham as refeições e o jejum na época de Jesus.
O texto de hoje versa sobre a segunda controvérsia, que tem como temática o jejum. O jejum era uma prática para os diversos grupos religiosos na época de Jesus. Jesus, em sua resposta, distingue entre a hora - os discípulos não jejuam, porque a alegria da presença de Jesus (o esposo) lhe impede- e o depois, reflete a prática da Igreja de Mateus.
Para conservar o mundo em constante vida nova é preciso assumir a novidade do Evangelho com todas as suas implicâncias e consequências.
O sentido do jejum de que fala o texto é, acima de tudo, uma renúncia aos velhos conceitos, às velhas estruturas sociais, às velhas mentalidades de vida que impedem a libertação daquilo que não nos faz ver Deus.
O Reino que chega não pode ser acolhidoo como uma simples reforma, mas requer uma mudança e uma renovação radical, requer a conversão. Ignoramos que a verdade é eterna, dinâmica, reveladora, jamais se esgota nas estruturas.
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